Já comentamos aqui no blog que o grande projeto de José Serra continua sendo tornar-se presidente da República. Mesmo fragilizado na máquina do PSDB, Serra não perde a esperança de uma reviravolta entre os grãos-tucanos – FHC já disse que ele se movimenta melhor do que Aécio - ou, em última análise, uma outra alternativa partidária pela qual possa continuar sua obstinada trajetória rumo ao Palácio do Planalto, sonho que acalenta desde muito cedo. Com a máquina tucana trabalhando em prol de Aécio Neves, seria bastante condizente que Serra saísse das coxias e fosse para a boca do palco, fundamental para as sua ambições. E exatamente o que ele vem fazendo. Num recente encontro no apartamento do senador Jarbas Vasconcelos, em Brasília, o senador Pedro Taques, do PDT, conhecido por quem acompanha o http://blogdojolugue.blogspot.com como o touro indomável, perguntou se ele seria candidato em São Paulo , onde, certamente, ganharia as eleições. Serra desconversou, afirmando que era cedo. Não é bem isso o que pensam os mandarins da política paulista, abrigados no condomínio governista. Na capital, Serra consegue galvanizar as forças situacionistas em torno do seu nome. Até os nomes mais reticentes a Serra, caso do governador Geraldo Alckmin, diante das circunstâncias, estaria disposto a chegar a um acordo, posto que Serra, naquela praça, conforme já afirmamos em outras ocasiões, é um grande agregador. O DEM, por exemplo, que antecipou o lançamento de uma candidatura própria, poderia rever sua posição caso Serra aceita a disputa. Kassab, seu pupilo, já afirmou apoio incondicional do PSD ao seu nome. Os postulantes do PSDB também já afirmaram que não iriam para a disputa com Serra, isolando a posição de Alckmin na agremiação. Situação difícil a de Geraldo Alckmin, que vem se movimentando como mais um postulante ao Palácio do Planalto, tendo que "engolir" a candidatura de José Serra, sabidamente um grande adversário.
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