Quando a FADE – Fundação de apoio ao desenvolvimento da UFPE – foi criada ainda éramos estudante da graduação da Universidade, saboreando os famosos “tropicais” da Cantina do Daniel, no térreo do CFCH, abraçado com os livros de estratificação social, um tema sempre muito fascinante. Havia setores que se posicionavam contra a criação da fundação, alegando que estava em curso um incipiente processo de privatização da universidade. Embora otimizem os processos de realização de convênios celebrados pelas universidades – desburocratizando a tramitação da papelada, um grande problema no setor público – no geral, a avaliação dessas fundações agregadas às universidades é a pior possível quando está em jogo o emprego de recursos públicos. A julgar pelos inúmeros escândalos ocorridos – há 16 instituições federais sob investigação, inclusive a UFPE. Algumas até interditadas, sem funcionamento. Diante do exposto, como diriam os advogados, não seria exagero afirmar que essas fundações estão sendo criadas exatamente para facilitar o desvio de recursos na máquina pública. Na UFPE, o rolo é grande. Além do desvio de recursos, há suspeita de favorecimento de parentes, obras não concretizadas etc.
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