SOLERTE MANOBRA DO DR. SILVANA
Por Carlos ChagasA partir da denúncia formulada pelo Globo, no fim de semana, a imprensa inteira começou a investigar e a divulgar supostos malfeitos praticados pelo ministro Fernando Pimentel. Além das notas explicativas que pouco explicam, o ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior saiu-se com os dois clássicos chavões a que apelaram seis ex-ministros acusados de corrupção: trata-se de um complô da mídia contra o governo Dilma, além de fogo-amigo, ou seja, denúncias inventadas por companheiros empenhados em conflitos políticos.
Assim como Antônio Palocci, Alfredo Nascimento, Wagner Rossi, Pedro Novais, Orlando Silva e Carlos Lupi, agora é a vez de Fernando Pimentel tentar sair pela tangente, evitando pronunciar-se sobre o conteúdo das acusações. Houve ou não tráfico de influência em suas atividades de consultor de empresas? Foram celebrados contratos de consultoria com entidades e empresas beneficiadas durante seu período de prefeito de Belo Horizonte, configurando retribuição pouco ética, que lhe rendeu pelo menos dois milhões de reais em dois anos?
Noves fora a economia interna do PT mineiro, em luta de foice em quarto escuro por conta das eleições para prefeito da capital, em 2012, a defesa do ministro visa o mesmo alvo de sempre, a imprensa.
Estaria o governo sofrendo os efeitos de pérfida e solerte manobra do dr. Silvana? O inimigo número 1 da Humanidade teria outra vez montado seu laboratório secreto nos porões da Esplanada dos Ministérios, para atormentar a presidente Dilma e deixar em frangalhos as instituições nacionais? Dele partiu o desmonte do ministério e a desmoralização dos partidos políticos? Ao investir contra mais um ministro do PT, depois ver arcabuzado um do PDT, pretenderia esse cientista louco acabar com o pouco que resta do trabalhismo brasileiro?
Essa parece a conclusão não só de Pimentel, mas de quantos deixam de perceber que tudo acontece porque a natureza das coisas é implacável. Denúncias de corrupção devem ser apuradas como imperativo da liberdade de informação e de expressão do pensamento. Fosse na ditadura e nada seria publicado. Só falta botarem a culpa na democracia.
Nota do Editor: Em 2012, a cúpula do Partido dos Trabalhadores elegeu como prioridade número um a "regulação da mídia", entendida por eles como não censura. Os caciques do partido estão sensivelmente preocupados com as revelações que derrubaram 06 ministros no primeiro ano do Governo Dilma Rousseff.
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