Em entrevista concedida à revista Veja desta semana, o sociólogo Cláudio Beato, um dos maiores especialistas brasileiros em segurança pública, ao comentar o problema do recrudescimento da violência na região Nordeste, elogia o trabalho desenvolvido pelo Pacto pela Vida, como uma excepcionalidade e um exemplo a ser seguido.De fato, o Pacto pela Vida foi, possivelmente a única política pública eficaz no enfrentamento da violência surgida na região nos últimos anos, constituindo-se numa vitrine para o Governo de Eduardo Campos e uma referência para a região e para o país. Trata-se, efetivamente, de uma política pública, orientada por estatísticas, mapeamento de delitos, açõe planejadas e integradas da polícia, incentivos aos servidores da área e intervenções estratégicas quando necessárias, com monitoramento sistemático, inclusive pelo próprio governador. Tornou-se um programa exitoso, com o reconhecimento de todos quanto se dedicam a esta área, como é o caso do sociólogo Cláudio Beato, ouvido por Veja. No entanto, com os últimos números divulgados, acendeu a luz amarela no Palácio do Campo das Princesas. Esses dados indicam um aumento no número de homicídios por causas violentas, a maior referência do Pacto pela Vida. Em 2010 ocorreram 3.195 homicídios, e em 2011, foram registrados 3.232. O que preocupa ainda mais o Governo Eduardo Campos é que, além dos números, o crescimento da sensação de insegurança, motivada por assaltos, furtos e roubos, dados sempre negligenciados pelo Pacto pela Vida, um dos seus pontos fracos. Acendeu o sinal amarelo na Secretaria de Defesa Social, obrigando o secretário Wilson Damázio a tomar medidas emergenciais. Aliado ao desenvolvimento econômico, o êxito no enfrentamento do problema da violência constituem-se na catapulta dos planos nacionais do "moleque" da Fundação Joaquim Nabuco.
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