Muito
mais do que os discursos, o que realmente atiça os possíveis apoiadores ou
adversários de uma candidatura presidencial do governador de Pernambuco,
Eduardo Campos, são seus movimentos. O Planalto, de orelha em pé, passou
a monitorá-lo sistematicamente, inclusive definindo sua estratégia de
enfrentamento no tabuleiro da sucessão de 2014, conforme já expusemos aqui no
blog. A estratégia do Planalto é matá-lo de inanição - pelo menos até 2014 - aplicando-lhes um
torniquete político onde suas resistência seriam minguadas gradativamente. Na
semana anterior, ante o assédio do Governo Dilma sobre o prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab, o governador o procurou para uma conversa, certamente, para fazer
as ponderações de praxe. Embora no colo de Dilma, seu pupilo, fez juras de amor
eterno, inclusive admitindo que o governador era o seu grande líder. Eduardo equilibra-se em duas canoas. Acende uma
vela a Deus e outra ao Diabo, numa espécie de equilíbrio instável. Permanece na
base aliada, inclusive, dizem, pleiteando uma maior participação no condomínio
governista, mas articula-se como pode para consolidar a alternativa de poder
criada em torno de si, o que já atrai os conhecidos “adesistas” de plantão e os
holofotes da imprensa. Não seria preciso uma reportagem da The Economist para
se concluir que o bom desempenho da economia seria fundamental para o projeto
de reeleição de Dilma Rousseff. Observa-se aqui uma feliz coincidência, ou
sintonia, entre as matérias do semanário inglês e o Palácio do Campo das
Princesas. Embora com algumas considerações críticas, a matéria do semanário
sobre o governador de Pernambuco, enaltece o bom desempenho da economia do
Estado, inflando uma possível candidatura presidencial do “Moleque” dos Jardins
da Fundação Joaquim Nabuco. Agora, a The Economist advoga que, nesse diapasão
econômico, Dilma pode esquecer seu projeto de reeleição em 2014, aconselhando-a
a demitir o ministro da Fazenda, Guido Mantega. O Corinthias, em décadas
passadas, tinha um diretor que se tornou famoso por seus bordões, figurinha
carimbada no folclore político. Uma de suas tiradas era: "Quem está na chuva é
para se queimar." Seu nome: Vicente Mateus. Em sua trajetória, Eduardo Campos vai
deixando pelo caminho alguns desafetos, como já seria esperado. Comenta-se que alguns desses desafetos estariam subsidiando os repórteres da revista Época, que estão
realizando uma grande matéria sobre o governador de Pernambuco. Segundo se
informa, com o propósito de “desconstruir imagem”, uma prática muito comum dos
adversários, apresetando-o como um coronelzinho de feudo familiar. Todos os
homens do governador estariam envolvidos em investigações pela revista, que
despachou seus repórteres para fuçarem tudo, sempre com os préstimos de
próceres petistas locais e, a exemplo do escândalo Watergate, também uma fonte
que estamos denominando de “garganta profunda”. O editor do blog conhece-a
muito bem, mas, em nenhuma hipótese revelaria o seu nome. Se algum dia o nosso Mark Felt resolver abrir o bico, prometo uma artigo aqui no blog tratando do assunto.
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