pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: PMDB: Quem vai colocar o guizo no pescoço do gato?
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quarta-feira, 19 de dezembro de 2012

PMDB: Quem vai colocar o guizo no pescoço do gato?


Como naquela situação da fábula de Jean de La Fontaine, o PMDB se encontra num dilema em relação a sua renovação.Tornou-se fundamentalmente importante colocar o guizo no pescoço do gato, mas ninguém se propõe a fazê-lo, sob pena de enfrentar a fúria de Dorany Sampaio, que parece lembrar, assim como na fábula, a distância entre as palavras e as ações. Até mesmo o principal ator político identificado com essa renovação, Raul Henry, não tem dado muitas demonstrações de estar disposto a fazê-lo. São em situações como essas onde se observa que o princípio do “rodízio do poder” é fundamental para a saúde das instituições. Alguém que passa tanto tempo no comando de uma organização desenvolve uma série de vícios bastante perniciosos, inclusive se sentindo o dono da mesma, criando em torno de si uma burocracia servil, reificada, fechada, "cevada" com casca de abacaxi, cuscuz e dendê - como guaiamuns - única detentora do “azeite da máquina”, impedindo que novos atores sejam capacitados para tocá-la. Isso é tão complexo que, mesmo que o PMDB de Pernambuco proceda essa renovação, o novo grupo hegemônico ainda terá que contar com o residual refratário e conservador. Já teriam oferecido a Dorany Sampaio qualquer cargo na agremiação. Não vai aqui nenhuma avaliação de natureza pessoa, mas, do ponto de vista da agremiação política, ninguém tem dúvida que ela carece de um processo de oxigenação, sobretudo em razão de começar a ganhar um peso político relevante, reflexo da reaproximação política entre Jarbas Vasconcelos e o governador Eduardo Campos. O Brasil, como diria o ex-presidente Jânio Quadros, é um hímem complacente. Não é um país afeito à rupturas radicais. Residualmente o grupo de Dorany continuará tendo um peso no PMDB local, mas será necessário que essa nova geração peemedebista conduza a máquina partidária no contexto dessa nova conjuntura política, bastante auspiciosa à agremiação. Assim como Jânio – que no último mandato público que exerceu pendurou uma chuteira na porta de seu gabinete - com todo respeito ao soldado Dorany Sampaio, talvez seja o momento dele pendurar a sua. Ele já deu sua contribuição ao partido.

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