Algumas maldades são praticadas exatamente neste período do
ano para infelicitar ainda mais a vida dos infelizes. Um colega professor foi
comunicado de sua demissão no dia de réveillon, quando preparava a ceia com a
esposa. Nuca vi tanta maldade. Certamente não foram os sentimentos cristãos que levaram o presidente
do Supremo Tribunal Federal, ministro Joaquim Barbosa, a determinar que as
prisões dos condenados durante o julgamento do Mensalão apenas deve ocorrer
após o julgamento dos recursos apresentados pela defesa. A Procuradoria Geral
da República pedia a prisão imediata dos condenados. Com o prestígio nas
alturas – hoje ele aparece até mesmo nas sondagens de opinião sobre candidatos à Presidência da República – a expectativa de muita gente é que Joaquim
mandasse encarcerar imediatamente os condenados. Neste caso, prevaleceu o bom o
senso e, sobretudo, uma avaliação meramente jurídica dos fatos. Joaquim não
teria nenhum constrangimento de determinar as prisões movido por outros
sentimentos, embora seja um cidadão com profunda sensibilidade.
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