Voltar a falar nesse assunto, conforme advoga o próprio
governador, seria precipitar os fatos e deixar de focar os problemas reais da
gestão da máquina, que estão exigindo uma concentração exclusiva dos
governantes nesses momentos de turbulências. Pelo menos é esse o discurso que
se sobressai na série de entrevistas concedidas pelo chefe do Executivo
Estadual. Vamos ajudar a presidente Dilma a ganhar 2013 foi repetido
exaustivamente, como um mantra. A economia será um tema crucial nas eleições de
2014. Sempre foi um tema importante, mas, sobretudo nesses momentos de
turbulências, parece assumir uma dimensão ainda maior. Até semanários
internacionais como o The Economist
já andou demitindo o nosso Ministro da Fazenda, provocando a ira do Palácio do
Planalto. Ao mesmo tempo em que reforça o discurso de apoio incondicional a
presidente Dilma, Eduardo a expõe em seus pontos mais vulneráveis, numa
tática que vem sendo balizada desde o início de construção de sua trajetória nacional.
Aqui e ali, doura a pílula ou demarca sua diferença: o Estado cresce num ritmo
maior que o país. Seus apoiadores, por sua vez, replicam o discurso do novo
pacto federativo, como o senador Armando Monteiro. Se algum dia o rei ficar nu,
apenas de cueca, a marca de baton será indisfarçável. Pay attention, Dilma.
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