pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Crise de representação e sociedade em rede: Manuel Castells em alta.
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quarta-feira, 19 de junho de 2013

Crise de representação e sociedade em rede: Manuel Castells em alta.

 

Percebo que está em curso uma longa peregrinação de jornalistas às universidades à procura de uma explicação sobre as últimas mobilizações de rua que estão pipocando em todo o país. Conforme afirmamos pelo blog, tanto o sistema político quanto a academia foram pegos, literalmente, de calças curtas. Salvo algumas ponderações sobre as origens do MPL, sua agenda de reinvidicações, a condenação aos históricos problemas estruturais do país, no mais, nenhuma teoria mais explicativa sobre o que vem ocorrendo no país. Atônita, a classe política já começou a sinalizar com a necessidade de reorientar suas ações com o objetivo de atender a algumas dessas demandas, equivocadamente focadas apaenas na ponta do iceberg, ou seja, a tarifa do transporte coletivo. Vários Estados e capitais já sinalizaram nessa direção e os ecos da rua já atingiram o Poder Legislativo, em Brasília, onde já se discute uma redução de impostos que poderiam diminuir o valor das tarifas praticadas. Neste contexto, por dois motivos, ganha evidência o sociólogo catalão Manuel Castells, uma espécie de guru do grupo político que gira em torno da Marina Silva. Entusiasta de suas teorias, sabidamente, até o nome "partido" foi abolido pela acreana ao fundar sua "Rede Solidariedade". Faz algum tempo, escrevemos um longo artigo sobre o pensamento de Manuel Castells. Nada mais atual para entendermos a força das redes sociais do que o seu livro, que já se tornou um clássco, "Sociedade em Rede". Um outro aspecto que deve ser observado na teoria do catalão diz respeito ao esfacelamento do modelo de representação das democracias burguesas, onde os políticos passam a representar, unicamente, demandas do capital, envolvem-se em falcatruas, se locupletam da função, desviam recursos públicos, fraudam, celebram acordos espúrios, tornam o chefe do executivo reféns de chantagens etc. No caso brasileiro, nada mais emblemático do que o PMDB - que teve seu site invadido - para constituir-se como síntese desses desmandos. Os assessores da Presidência da República e do Estado de São Paulo - que demonstraram tanta preocupação sobre a força das redes sociais - deveriam, na realidade, fazer uma leitura correta sobre o que se passa com elas. Nos útlimos dias que antecederam às mobilizações, nunca vi tanta gente estabelecer comparações sobre os investimentos que estavam sendo feito para a realização da Copa em contrapartida aos gravíssimos problemas sociais do país na área de educação, saúde, infraestrura de transporte, degradação dos centros urbanos etc. Antes, essas "comparações" eram solenimente ignoradas, não mereciam curtições ou compartilhamentos. Nos últimos dias, "fermetou" e jogou a rapaziada nas ruas. Pay Attention, governantes!!! Gradativamente, vamos procurando outra aproximações teóricas para entender o fenômenos das ruas.

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