sexta-feira, 28 de junho de 2013
Hábeis, raposas políticas se antecipam ao clamor das ruas.
Curioso o contorcionismo desses políticos diante das mobilizações de ruas. Como naquela frase célebre do dramaturgo Nelson Rodrigues, apesar das últimas declarações pontuais, Lula mantém um silêncio ensurdecedor. O comportamento de Lula vem estranhando muitos caciques da legenda. com obserevou o jornalista Josias de Souza, Lula já veio à boca do palco para defender José Sarney, afirmando que o morubixaba era uma pessoa especial e que, portanto, não poderia ser tratado como um cidadão comum, susceptível aos rigores da lei. Padrinho político de Dilma Rousseff, atacada pelas ruas, por setores da base aliada e da oposição, inusitadamente, Lula silenciou. Alguns sugerem que o seu comportamento denota a velha manha de sobrevivência dos animais políticos. Diante dos fatos, estaria esperando a poeira assentar para definir qual seria a melhor estratégia para o discurso que pretende formatar e as forças que precisam arregimentar quando precisar subir novamente no banquinho. No calor das manifestações, Dilma o teria procurado para pedir conselhos. Segundo consta, Lula não teria acrescentado muita coisa. Aproveitou a oportunidade para pedir a cabeça de Guido Mantega, que hoje está com o prestígio mais baixo do que poleiro de pato. Uma outra razão da discórdia poderiam ser os erros gerenciais de Dilma Rousseff e seu diálogo com o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso sobre uma Constituinte exclusiva. Lideranças do partido teriam ficado bastante magoados com a atitude. Afora essas questões de varejo, no grosso, o que vem ocorrendo é que os políticos estão procurando mecanismos de sobrevivência diante das manifestações populares. Ontem o senador José Sarney ocupou a tribuna daquela Casa para fazer um discurso anti-corrupção, no calor do debate que torna essa prática uma crime hediondo. Sarney, certamente, estaria naquela lista negra, que pretendo publicar no blog, dos fichas-sujas achados nas manifestações de rua. Não é suficiente, imaginem que o projeto de lei que trata da questão da gratuidade do transporta coletivo para os estudantes é do presidente daquela Casa, Renan Calheiros.
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