O governador de Pernambuco, Eduardo Campos, vem fazendo uma ginástica
linguística medonha para disfarçar o choque sentido com as manobras do
PT para enfraquecer sua candidatura. Em entrevista recente, publicada
no nosso blog, ele faz analogia aos ditados nordestinos, afirmando que
"cabrito bom não berra", um simples jogo de retórica, uma vez que até
recentemente ele berrava bastante. Interlocutores próximos ao governador
ja admitem, em reserva, de acordo com matéria da Época dessa semana,
que ele acusou os efeitos das manobras. Tal qual aquele filho pródigo,
interlocutores petistas, nos últimos momentos antes do aperto do
torniquete, prometeram ao governador um vitelo cevado, como nos bons
tempos das orgias gastronômicas na sua residência no Bairro de Dois
Irmãos. Pragmaticamente, do pornto de vista da realpolitik, a proposta é
interessante: teria uma dor de cabeça a menos, seria recebido de volta
com todas as pompas, ampliaria o naco de poder socialista na Esplanada
dos Ministérios e "poderia" ser o nome da base aliada para 2018, num
consenso difícil de ser construído em qualquer circunstância. De quebra,
arrumaria a situação dos governadores socialistas que tentarão a
reeleição em 2014. Se persistir com essa idéia fixa de uma candidatura presidencial ainda em 2014,quem sabe, nem o
vitelo gordo ele terá assegurado.
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