O Governo Dilma Rousseff, realmente, vai muito mal de articulação.
Dilma além de não gostar desse meio-de-campo, escolheu as pessoas erradas
para assumirem essas funções. Apesar do alento do apoio do PP e do PTB,
o PMDB, maior partido do condomínio governista, continua em pé de
guerra, profundamente ressentido, com feridas de difícil cicratização.
Na avaliação dos morubixabas da legenda, muito mais do que Gleise
Hoffmann e Ideli Salvatti, Dilma Rousseff - sim, ela mesma - seria a
maior responsável pelo estouro da boiada. Recentemente convidada pela
bancada ruralista à Comissão de Constituição e Justiça da Câmara, a
Ministra da Casa Civil, Gleise Hoffmann, na tantativa de fazer média com
os representantes dos latifundiários, tentou desqualificar os laudos
antropológicos emitidos pela FUNAI como referências únicas para a
demarcação de terras indígenas. Propôs que outros órgãos pudessem ser
ouvidos, como a EMBRAPA, o Ministério da Agricultura e o Ministério do
Desenvolvimento Agrário. A fala da ministra soou como música sertaneja
aos ouvidos dos ruralistas, mas criou um grave problema junto às
entidades que atuam na defesa dos grupos indígenas, que qualificaram a
proposta como um retorno ao Grupão do MIRAD, comandado pelo General
Venturini, durante o regime militar, criado com o propósito de
"disciplinar" a FUNAI e "avaliar" as demandas indígenas. De fato, um
retrocesso.
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