quarta-feira, 26 de junho de 2013
Os fichas-sujas achados nas ruas.
Começam a surgir o nome dos políticos com ficha-suja a partir não da legislação que trata do assunto, mas pelo clamor das manifestações de rua. A lista é grande, mas pelo menos dois deles foram cabalmente identificados. Um é o governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, que, através de decreto, legalizou uma propriedade do apresentador Luciano Huck, construída de forma irregular, numa praia paradisíaca do Estado. O enredo envolve uma situação clara de tráfico de influência. A advogada do apresentador teria fortes ligações com Sérgio Cabral. Não é a primeira vez que o governador Sérgio Cabral pisa na bola. Nas outras ocasiões, felizmente para ele, não havia a consciência política forjada nas manifestações de rua. Grupo de manifestantes resolveram acampar bem próximo à sua residência. Em pernambuco, um outro Sérgio, que votou a favor da PEC 37. Conhecedor do poder de mobilização das redes sociais, pelo seu perfil no microblog Twitter, andou se "explicando" que teria errado de voto, mas não convenceu a rapaziada, que continua emitindo suas insatisfações pela rede, algumas de forma bastante agressiva. Fico pensando como é que seria o comportamento do cidadão residente nos grotões, durante as próximas eleições. Currais eleitorais e votos de cabresto ou de porteira fechada ainda existem no país, ainda ao estilo das narrativas do clássico de Victor Nunes Leal. Possivelmente alguns eleitores ainda não tem acesso às redes sociais ou sequer conhecem o teor da PEC 37. Como eles se comportariam diante da atitude equivocada de alguns políticos? O otimismo, mais uma vez, vem das ruas. Até bem pouco tempo, num país de população cordial, ordeira e pacífica, ninguém poderia imaginar as demonstrações de tanta indignação diante do descaso do Estado no que concerne aos serviços essenciais de saúde, educação, mobilidade urbana etc. Esses políticos precisam ser apeados da vida pública. Não duvido que encontraremos os mecanismos capazes de superar os tradicionais currais eleitorais. As mobilizações continuam por todo o país, numa pressão popular jamais vista no país. Se foi possível acordar o gigante, a médio e a longo prazo, certamernte, formataremos os dispositivos institucionais capazes de construir um país melhor.
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