Jarbas Vasconcelos não foi ao forró da Fazenda Macambira.
Muito
antes dos calejados cronistas de política, já antenciávamos que a
Fazenda Macambira, em Caruaru, de propriedade dos Lyras, transformara-se
num verdadeiro termômetro político do Estado. Sem nenhum exagero,
macielistas de carteirinha já dançaram forró no seu arraial e, depois
das tradicionais iguarias de época ali servidas, saíram do ambiente
professando sua fé eduardista. Fernando Lyra, quando vivo, saboreou
grandes churrascos políticos naquele espaço particular da Princesa do
Agreste. Sem qualquer exagero, dizia-se que o homem era capaz de dar nó
em água nas articulações políticas. Dia 24, o candidato Aécio Neves deve
chegar ao Recife para um almoço com o governador de Pernambuco, Eduardo
Campos. Não fosse o compromisso de Eduardo Campos com a Copa das
Confederações, certamente, eles estariam juntos no rala-bucho de
Caruaru. Se Lyra estivesse vivo, seria uma boa oportunidade de
encontrarem aquele que já afirmou que os dois políticos formam as duas
maiores lideranças surgidas no país nos útlimos anos. Em seus
comentários políticos aqui na rede, no dia de hoje, a jornalista Ana
Lúcia Andrade comentou sobre as ausências sentidas no Forró da Fazenda
Macambira deste ano. Não marcaram presença nem o senador Jarbas
Vasconcelos e nem o seu fiel escudeiro, Raul Henry. Mesmo diante da
possibilidade de o partido lançar candidatura própria ao Governo do
Estado, próceres peemedebistas já reafirmaram que a prioridade da
agremiação no Estado é reconduzir Jarbas Vasconcelos ao Senado Federal.
Caso se viabilizasse a candidatura presidencial de Eduardo Campos, tudo
seria mais simples para acomodar Jarbas na vaga de senador. Ocorre,
entretanto, que a candidatura de Eduardo à Presidência das República
passa por tenebroso inverno, com resistências dentro das próprias hostes
socialistas e sistematicamente afetada pelas manobras do Planalto. Em
suposta confidência ao jornalista da Época - que recentemente assinou
uma matéria sobre o esfriamento do entusiasmo de Eduardo Campos com a
sua candidatura - Jarbas Vasconcelos teria afirmado que Eduardo havia
acusado os reflexos do jogo duro infringido pelo PT. Diante do exposto,
como diria os bacharéis sem registro na OAB, começaram as especulações
em torno das alternativas que se apresentam para o governador Eduardo
Campos. O Senado Federal seria uma delas, confrontando-se diretamente
com os planos de Jarbas Vasconcelos, daí começarem as indigestões
políticas entre ambos e os "compromissos familiares" que afastaram
Jarbas do rala-bucho da Fazenda Macambira. Já dizia uma velha raposa da
política mineira que política é como as nuvens...Quem, quando criança,
costumava tentar decifrar as nuvens que se formavam no Céu sabe do que
estamos falando.
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