pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O avanço da Ômicron impõe a adoção de novas medidas preventivas
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Editorial: O avanço da Ômicron impõe a adoção de novas medidas preventivas

 


É bastante preocupante o avanço dessa nova variante da Covid-19, denominada de Ômicron, responsável pelo aumento sensível de novos casos no Brasil e no mundo. No país, em nove dias seguidos, registrou-se a evolução do índice de contaminações e de mortes, a despeito da curva ascendente do número de vacinados, assim como a adoção de medidas protocolares para evitar o contágio, como a exigência do passaporte de vacinação em alguns estabelecimentos. No shopping center Manaíra, em João Pessoa, a atendente da praça de alimentação o exigiu, mas para apenas uma das pessoas. Estávamos em quatro. 

É correto afirmar que a vacinação vem cumprindo um papel importantíssimo neste processo, evitando que os vacinados evoluam para quadros mais graves da doença quando contaminados. Mesmo assim, como os índices de contaminação estão nas alturas, os leitos de UTIs dos hospitais estão abarrotados, em alguns casos, na iminência de um colapso. Hoje, pelo andar da carruagem sanitária, seria precipitado concluir pela menor gravidade dessa nova variável. 

Registro aqui uma advertência do médico Miguel Nicolelis de que não se poderia negligenciar quanto à gravidade da ômicron, sempre apresentada como de menor poder ofensivo em relação à variante Delta. Para o especialista, este é o pior momento da pandemia.Há vários Estados da federação com mais de 80% dos leitos de UTIs ocupados, em alguns casos, como afirmamos, em vias de estrangulamento. Ontem o mapa apresentado pelo consórcio de imprensa estava todo em vermelho, com duas honrosas exceções de estabilidade e redução.Nem nos piores momentos da primeira onda tivemos tantos contaminados diariamente. Ontem, dia 26, superamos os 200 mil.  

Diante de tais circunstâncias, torna-se urgente a retomada de protocolos preventivos adotados no início da pandemia,sob pena de repetimos aqui, aquelas cenas pavorosas dos EUA, cujos contágios atingiam cifras aterradoras de milhões de pessoas num único dia. Algumas prefeituras já estão adotando a medida de adiar as aulas presenciais do início do ano letivo, o que parece-nos bastante sensato. Órgãos públicos como o STF, a Câmara dos Deputados e o Senado Federal pretendem retomar as atividades remotas. Pernambuco é um desses Estados que se encontram em estabilidade, mas já seria o caso de se pensar, com a prudência necessária, em torno deste assunto.  

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