Em entrevista recente, o morubixaba petista informou que não pretende ser o candidato do PT, mas de um conjunto de forças políticas, ou, para ser mais preciso, de um "movimento". A rigor, a bem da verdade, Lula nunca foi um candidato genuinamente do PT. No Brasil, como observa os analistas da política nacional, para viabilizar-se como candidato, o sujeito precisa ter um pé no Beco da Fome e outro na Rua Oscar Freire. Sem acordos com a elite econômica e política, nada feito. Outro dia um membro do Centrão fez algumas advertâncias dirigidas a Lula sobre o controle do "orçamento' - algo que deve estar entre as preocupações de qualquer mandatário - antes mesmo de ele ser eleito, como sugeram as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento, quem sabe até no primeiro turno.
É um jogo perverso este do nosso presidencialismo de coalizão, para não usarmos outras expressões mais duras, embora não menos adequadas ou apropriadas. Daí se entender porque uma reforma política profunda se torna tão imprescindível. Qualquer presidente, em tais circunstâncias, torna-se refém dessa gente, tendo que liberar bilhões em emendas parlamentares e inchar a máquina com seus apaniguados, apenas para reunir as condições mínimas de governabilidade. Hoje, através de uma postagem nas redes sociais, Lula emite mais um indicador de que o ex-governador Geraldo Alckmin(Sem Partido) poderá mesmo compor a sua chapa na condição de vice.
Nos Estados, realiza as costuras políticas necessárias para assegurar o apoio de setores oligárquicos regionais do velho MDB, principalmente nas regiões Norte e Nordeste do país. Renan Calheiros, Jáder Barbalho, José Sarney estão entre esses representantes ilustres. No Maranhão, apesar do apoio ostensivo do governador Flávio Dino(PSB-MA), aguarda as sinalizações da família do ex-presidente José Sarney. Almoça com Dino e janta na ilha dos Sarney, para desespero dos petistas raízes.
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