pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Os ajustes políticos antes da receita para sair da crise econômica
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quinta-feira, 6 de janeiro de 2022

Editorial: Os ajustes políticos antes da receita para sair da crise econômica



A rigor, diferentemente das receitas de bolo, não existe uma receita pronta e definitiva para superar uma crise econômica da dimensão desta que estamos vivendo no país. O que se aplica  a uma determinada realidade, pode não se aplicar a outra,em razão de algumas variáveis sobre as quais pode-se não se ter o controle absoluto. Até mesmo as receitas de bolo - tudo certinho e muito bem anotadas por nossas avós - podem sofrer variações em função da qualidade de alguns ingredientes, do gosto do freguês ou das variações climáticas. Nunca esqueço de um comerciante americano, radicado no Nordeste brasileiro, que informava que, se o nosso bolo de leite fosse produzido no seu Estado de origem nos Estados Unidos, ele poderia ficar rico. Ocorre que lá, ele não chegaria ao "ponto' em função de questões ambientais ou climáticas. 

No Governo de Sarney, os pecuaristas - insatisfeito com os preços da carne no mercado - esconderam o boi no pasto, provocando grandes transtornos à população, sabotando, portanto, ações do próprio Estado. Isso vem a propósito de um oportuno debate que está sendo promovido pelo jornal Folha de São Paulo, com o propósito de publicar artigos dos assessores econômicos dos pré-candidatos presidenciais. Este assunto tornou-se tão premente que os pré-candidatos, quando lançam suas plataformas, de imediato, apresentam seus assossores econômicos, antecipando as políticas - e possíveis nomes - que deverão adotar para aquela área nevrálgica. Claro que, em sua maioria, eles estão mais preocupados com as reações do mercado do que com o sofrimento do povo, infelizmente. 

O pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva indicou o seu ex-homem forte da economia, o econimista Guido Mantega, para escrever o seu artigo, mas há quem esteja sugerindo que não se pode concluir que ele seria prestigiado num eventual terceiro mandato do petista. No geral, Lula, neste momento,estaria mais preocupado com as costuras políticas de sua candidatura, enfrentando um cenário bem mais complexo do que o das eleições anteriores. Somete para se ter uma ideia desses complicadores, Pernambuco aparece como uma situação onde os ajustes já estariam consolidados. 

Ou há algum equívoco aqui, ou estamos muito mal informados, pois o PSB continua indefinido no tocante à escolha do candidato que disputará as eleições ao  Governo do Estado e que deverá contar com o apoio do petista, um cabo eleitoral de grande prestígio. O governador Paulo Câmara(PSB-PE), que deverá comandar o processo sucessório, teria preferência por um nome, enquanto os familiares do ex-governador Eduardo Campos e a cúpula política da legenda sugerem um outro nome, escudeiro fiel do eduardismo desde longas datas.      

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