pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O que revela a nova pesquisa IPESPE?
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quinta-feira, 27 de janeiro de 2022

Editorial: O que revela a nova pesquisa IPESPE?

 


Li, com muita atenção, a análise do cientista político pernambucano Antonio Lavareda sobre a nova pesquisa de intenção de voto realizada pelo IPESPE, divulgada nesta quinta-feira. Ao longo de sua carreira acadêmica, Lavareda tornou-se um dos maiores especialistas brasileiros em pesquisas de intenção de voto, tornando-se uma referência mundial no assunto, daí se entender a atenção deste humilde editor em adentrar nas entrelinhas ou nuances dessa nova rodada de pesquisa, guiado pela lupa do guru. 

No geral, a pesquisa não traz grandes novidades, exceto pelos indicadores que podem provocar urticárias no staff de campanha do presidente Jair Bolsonaro(PL), como, por exemplo, o quadro inalterado da percepção da economia depois de dois meses de pagamento do Auxílio Brasil, uma das apostas do governo para reverter a situação desfavorável nas pesquisas, principalmente entre os estratos menos favorecidos, geograficamente localizados nas regiões Norte e Nordeste do país.

O favoritismo do pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva permanece inalterado, cravando 44% das intenções de voto, ao passo em que o presidente Jair Bolsonaro crava os seus 24%. Uma outra novidade é o empate entre o ex-juiz Sérgio Moro(Podemos) e o ex-ministro Ciro Gomes(PDT-CE),ambos com 8% das intenções de voto, o que representa uma alento para o cearense, que trava uma briga feroz com o ex-ministro Sérgio Moro para assegurar essa terceira posição, que ele vinha mantendo antes do ex-juiz entrar no jogo.

Pelo andar da carruagem política, entretanto, a polarização ainda não emite sinais de que será quebrada, ou seja, a terceira via ainda não disse a que veio. Os índices de avaliação do Governo continuam ruins, o que se constitui num grande obstáculo num processo de se tentar uma reeleição, conforme já informamos por aqui. Salvo melhor juízo, em outro momento, o próprio Lavareda observa que mandatários com índices de desaprovação acima de 40% dificilmente conseguem se reeleger. Ainda temos muito chão para percorrer até outubro de 2022. Por enquanto, esta é a radiografia do momento, o que não significa dizer que não podemos ter mudanças deste cenário até lá. 

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