Como se diz por aqui, o pré-candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva(PT-SP), já prepara o espinhaço para as chibatadas que deverá sofrer daqui para frente. Não há hipótese, nas tais circunstâncias que enfrentamos neste momento, de termos uma campanha presidencial civilizada em 2022. A corda está bastante esticada e os ânimos estão exaltados. Como disse por aqui, tal eleição representará um grande trabalho para o Superior Tribunal Eleitoral, que tem a difícil missão de assegurar que tudo ocorra na legalidade, dentro das regras definidas e consoante os princípios que regem uma democracia política.
O ministro do STF, Alexandre de Moraes, já alertou que não seria tolerante com as violações dessas regras. Liderando com folga todas as pesquisas de intenção de voto realizadas até este momento, Lula será o alvo principal, aquele a ser batido. A experiência política informa que os ataques podem ter um efeito contrário, ou seja, assim como um bumerangue, voltar e atingir quem lançou o petardo. Couraça para suportar as chibatadas o candidato do PT já demonstrou possuir. Se vier o sal grosso também, pois ele vem do pelourinho profundo. Adversidade não é uma palavra dos dicionários de língua portuguesa de sua estante, mas de sua vida.
O time de Jair Bolsonaro(PL) ainda não entrou em "campo", mas o do ex-juiz da Lava Jato, Sérgio Moro(Podemos), já iniciou a campanha de ataques mais incisivos, atirando para os dois polos principais da contenda, disputando o seu lugar ao sol, ou seja, algum "deslocamento". Sérgio Moro vem assumindo um discurso "salvacionista", populista, do tipo que vai livrar o Brasil de duas grandes pragas - como se dizia antigamente - os "pelegos" e os "milicianos". Faço aqui o registro de que os termos usados são do próprio pré-candidato Sérgio Moro, que iniciou seu périplo pelo Nordeste, em viagem ao Estado da Paraíba.
Ele tem contas a ajustar com os dois lados e, no momento certo, receberá a resposta por tais afirmações.Isso se ele resolver acatar as regras do jogo, comparecendo aos debates, concedendo entrevistas, conforme recomenda os bons manuais da democracia. Em alguns momentos ele parece esquecer que já foi integrante do Governo, exercendo o cargo de Ministro da Justiça e Segurança Pública. O eleitor já demonstrou que não tem memória curta. Eles ainda sabem o que vocês fizeram no verão passado.
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