pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: As pesquisas qualitativas e as eleições de 2022.
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segunda-feira, 31 de janeiro de 2022

Editorial: As pesquisas qualitativas e as eleições de 2022.


Nos últimos anos, as pesquisas qualitativas assumiram  um status de grande importância nas eleições e mesmo antes delas, como ocorreu aqui em Pernambuco, quando o ex-governador Eduardo Campos as utilizou, por exemplo, para definir o nome do candidato que concorreu pelo PSB para a Prefeitura da Cidade do Recife. Assim, aqui na província, naquela época, se chegou à conclusão de que os reficenses, naquele momento, estavam à procura de um candidato com o perfil de gerente, um técnico capacitado a tocar a administração da cidade. À época, o nome de Geraldo Júlio, hoje Secretário de Desenvolvimento Econômico do Governo do  Estado de Pernambuco, caiu como uma luva para disputar o comando do Palácio Antonio Farias, num contexto de profundo desgaste para o Partido dos Trabalhadores, que vinha de experiências ruins. 

Depois de duas gestões, o nome de Geraldo Júlio(PSB-PE) seria o nome "natural' para disputar o Governo nas próximas eleições de 2022, mas, a rigor - e considerando-se os burburinhos dos bastidores da política local- já se trata de uma carta fora do baralho da sucessão na Frente Popular. Curioso que, nas falas do ex-presidente Lula sobre a sucessão no Estado, ele sempre observa que, já que não seria o candidato "natural', poderia ser qualquer um, de preferência alguém do PT. 

Essa é uma discussão que tem rendido muitas postagens da crônica política pernambucana, inclusive por aqui. Assim, não se constitui surpresa o fato de saber que alguns pré-candidatos estão recorrendo ao expediente das pesquisas qualitativas para afinar a orquestra e melhorar seu desempenho nas próximas eleições presidenciais. Um deles é o ex-juiz da Lava-Jato, Sérgio Moro(Podemos), que parece ainda não ter encontrado o mote certo para comunicar-se com seus eventuais eleitores. Anda um pouco perdido, imprensado entre os dois principais postulantes, sem emitir sinais seguros de que reúne as condições necesssárias para quebrar essa polarização. 

Possivelmente, ele irá descobrir que o tema da corrupção - que nunca deixou de ser relevante num pais como o nosso - hoje perde espaço de importância para as questões da economia, que atormenta os brasileiros com seus índices de desemprego, inflação alta e custo de vida. Mais do que isso, ele precisará fazer a autocrítica de compreender que são temas que ele não domina. Foge como o diabo da cruz quando convidado pelo candidato Ciro Gomes(PDT-CE) para tratar destes assuntos. 

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