Ela informa que não irá porque sabe que será a vidraça dos demais candidatos. Independentemente da orientação dos seus marqueteiros, Marília, gostaríamos, como eleitor, de poder ouví-la, candidata. Creio que a sociedade pernambucana igualmente. Comparecer aos debates trata-se de uma obrigação do candidato - e um direito do eleitor. Mas, o assunto que iremos abordar já o fizemos em inúmeras oportunidades, ou seja, os grandes equívocos de avaliação cometidos pelo ex-juiz da Lava-Jato, o senhor Sérgio Moro.
Sabe-se que ele encontra dificuldades de se eleger Senador pelo Estado do Paraná, a sua mais recente opção política, depois de uma série de embaraços de candidaturas. Penso que, em sua avaliação, a sua eleição estaria garantida, mas o andar da carruagem política pode revelar algumas surpresas. Pelas últimas pesquisas de intenção de voto, o seu oponente, Álvaro Dias, do Podemos, lidera e abre 10 pontos de diferença em relação ao seu adversário. Já foram bons amigos no passado, mas hoje a trinca tem dificuldade de se fechar, pois há alguns rumores de sabres envolvendo a tumultuada saída de Sérgio Moro da legenda.
O mais curioso, no entanto, é um novo flerte entre Sérgio Moro e o presidente Jair Bolsonaro, sob o argumento de que há um inimigo em comum, que seria o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Surpreende o empenho do ex-juiz em demonstrar essa costura de reaproximação, tornando-se bastante ativo nas redes sociais em suas críticas ao ex-presidente. Ficamos aqui tentando entender qual é o cálculo político do ex-juiz. Aposta numa derrota de Lula nas eleições? A reaproximação com Bolsonaro poderia ajudá-lo a se eleger senador pelo Paraná? Um retorno ao Governo numa eventual vitória de Jair Bolsonaro? A impressão deste editor é que ele poderá estar cometendo aqui mais um dos seus erros de avaliação.
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