Quando mais jovem - bem mais, por sinal - este editor tinha o hábito de recortar e guardar informações sobre determinados temas. Não eram poucos os nossos interesses, daí se entender o acúmulo de pastas reunidas, com abordagens sobre o Triângulo das Bermudas, O assassinato do presidente John Kennedy, o Escândalo Watergate. Sobre este último tema, então, a pasta era imensa, até mesmo com uma fita VHS com o filme: "Todos os Homens do Presidente", que conservo até hoje. Aliado ao fato de ser, à época, um bom letrista, esta condição de ter os melhores materiais sobre os mais diversos temas nos facultavam a condição de realizar os melhores trabalhos exigidos pelos professores no colégio.
Já àquela época, nos impressionava o fato de a sociedade norte-americana não suportar certas violações empreendidas por alguns homens públicos. No caso do Escândalo Watergate, o presidente Richard Nixon, que concorria à reeleição, foi obrigado a renunciar o mandato. Era isso ou a deposição sumária, através de um processo de impeachment, este perfeitamente justificado e ancorado nas regras de respeito às instituições da democracia. No próximo dia primeiro, quinta-feira, inicio um curso sobre O Que Ler Para Entender o Brasil.
Quem sabe, no final, possamos entender melhor o país, ou o suficiente para compreender porque tudo aqui se resolve com um tapinha nas costas. Isso vem a propósito de uma notícia que está alcançando grande repercussão nas redes sociais, onde a Polícia Federal sugere uma suposta ajuda da ABIN quando da investigação do filho do presidente. Desta vez, é uma foto da ex-esposa do presidente com um ministro da Suprema Corte que será o relator de um pedido de investigação sobre aquisição de imóveis. Num país sério, ele se declararia suspeito. Quem leu o texto até aqui sabe o que pensamos a esse respeito.
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