Depois de um longo e tenebroso processo de preocupações com os rumos das eleições presidenciais de 2022, a equipe do candidato Luiz Inácio Lula da Silva parece estar mais aliviada. É que o seu principal adversário, o presidente Jair Bolsonaro, parece ter atingido seu limite de crescimento nas pesquisas de intenção de voto, a despeito de todos os esforços de seu staff político. Como prognosticou o consultor Thomas Traumann, em artigo na revista Veja, não se trata de uma questão de estratégia, mas algo que está relacionado ao seus índices de rejeição ou de desaprovação do seu Governo.
Numa linguagem mais objetiva, o problema de Bolsonaro é o próprio Bolsonaro. Avaliações ruins, acima de 40%, dificilmente estimulam o eleitor a renovar o contrato de locação do mandatário. Suas taxas de rejeição ainda são altas e isso se constitue num obstáculo ou numa variável sobre a qual existe pouco controle por parte de sua assessoria política. No monento, ele tenta adotar um estilo "paz e amor", mas talvez seja um pouco tarde. Segundo foi noticiado, no dia ontem,por um grande jornal, lideranças do Centrão já estariam entabulando algumas conversas com o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT).
Como se sabe, a questão do Centrão não é nomes - menos ainda ideologia ou compromissos programáticos - mas o poder. Eles jogam a boia - mediante, claro, algumas condições - mas estão dispostos a atirarem o mandatário aos tuburões na primeira oportunidade que sentirem que ele está deixando de ser útil aos seus interesses. Daí se entender que a formação de uma boa bancada, para os interesses de suas lideranças, seria mais importante do que as eleições presidenciais.
Outro colírio para os olhos do petista é o comportamento do eleitorado indefinido, que acaba se definindo nesta reta final de campanha. A terceira-via esboçou uma eventual reação, mas, pelo andar da carruagem política, o eleitorado indefinido, está com uma tendência maior em não perder o seu voto, ou seja, adotando a estratégia do voto útil e, neste caso, Lula, então na liderança desde o início da campanha, leva vantagem sobre o seu principal adversário, Jair Bolsonaro. Na pesquisa do Instituto FSB, publicada nesta segunda-feira e repercutida na blog de Matheus Leitão, de Veja, Lula agrega três pontinhos em relação à pesquisa anterior do mesmo Instituto.
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