pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Merenda escolar sem reajuste
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segunda-feira, 19 de setembro de 2022

Editorial: Merenda escolar sem reajuste



O Brasil ostenta hoje alguns indicadores sociais extremamente preocupantes. 33 milhões de pessoas encontram-se numa situação de insegurança alimentar, fato agravado depois da Pandemia da Covid-19. Na semana passada, também vieram a público os resultados dos danos produzidos na educação por este momento difícil que o país atravessou, ainda não completamente superado. A gravidade torna-se gigantesca se considerarmos que os problemas das desigualdades educacionais entre nós é histórico, perpassando governos conservadores e progressistas. 

Como diria o educador pernambucano Paulo Freire, trata-se de um projeto de nossa elite insana e insensível, que foi forjada num longo processo de escravização. Até o Governo de Fernando Henrique Cardoso a universalização da educação infantil ainda não havia sido assegurada. Os problemas da pandemia atingiu a todos, mas, com certeza, em maior proporção aquele alunado da rede pública de ensino, empobrecido, sem acesso a um sinal de internet ou a um aparelho e celuçar atualizado para acompanhar as aulas online. 

O Brasil sempre enfrentou alguns problemas relativos à merenda escolar. Há inuméros casos de gestores públicos irresponsáveis que desviam verbas destinadas a esta finalidade. Em razão do grave problema de insegurança alimentar, nos meses de recesso alguns alunos simplesmente deixam de assegurar as refeições regulares, salvo nos casos de alguns municípios que permitem o acesso a este benefício mesmo no período de recesso. Mesmo depois do pacote de bondades, a aprovação do governo do presidente Bolsonaro continua aquém das expectativas de sua assessoria, podendo significar sua derrota nas urnas. 

A nossa conclusão é que o eleitor talvez tenha percebido que ele não tem "pegada social". Logo depois do pacote de bondades - com fins eleitoreiros - vieram os cortes em relação aos beneficíos do Programa Farmácia Popular e a devasagem do ajuste da merenda escolar, contingenciando milhões de estudandes a limitarem a ingestão de calorias necessárias, seja dividindo um ovo para quatro alunos, substituindo o feijão e o arroz por bolachas quebra-queixo ou através de uma fiscalização "rigorosa' para não repetirem o prato.   

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