pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Congresso veta aumento do IOF e impõe derrota ao Governo.
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quinta-feira, 26 de junho de 2025

Editorial: Congresso veta aumento do IOF e impõe derrota ao Governo.


Há alguns dias especulou-se que próceres figuras do Centrão teriam procurado o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, com a missão de informá-lo que já seria o momento de deixar o Governo Lula sangrar até as eleições de outubro de 2026, facilitando a vida dos seus opositores, já articulados com este grupo político. Por outro lado, a discussão em torno das tarifas de energia, quando o governo deseja ampliar a tarifa social, teria incomodado bastante o presidente Hugo Motta. Talvez como resultado dessas situações relatadas, sem avisar o Governo, através de votação remota, o Congresso infligiu uma fragorosa derrota ao Governo Lula, rejeitando o aumento do IOF, procedimento já referendado pelo Senado Federal, numa articulação entre as duas instâncias do Poder Legislativo. 

Um duro recado ao Governo, pego de surpresa, e já com ameaças de retaliações, através da retenção de emendas. O Ministro Fernando Haddad pode até ter razão em seus argumentos de que o aumento do IOF atingiria aqueles que moram em cobertura, no andar de cima. Mas, por outro lado, ninguém aguenta mais esta sanha de aumentos de impostos, principalmente quando não se oferece uma contrapartida em relação ao controle do gastos públicos, traduzido pelo próprio Hugo Motta como a ausência de um gesto. É essa a questão. Segundo matéria da coluna do jornalista Cláudio Humberto, 26, Lula já teria liberado seus emissários para estabelecerem conversas com o MDB, de olho numa composição de chapa para 2026. O curioso é que o nome mais vistoso desse assanhamento é o da Ministra do Planejamento, Simone Tebet, justamente a pessoa que nunca contou efetivamente com a simpatia das oligarquias regionais da legenda, que sempre estiveram com Lula em momentos anteriores, a exemplo da família Barbalho, no Pará, e Renan Calheiros, em Alagoas. 

A movimentação preocupa bastante o PSB que, na última convenção partidária, sugeriu um estreitamento ainda maior do Governo Lula 3 com a legenda, quem sabe ampliando os espaço no Governo e, principalmente, mantendo o nome de Geraldo Alckmin como vice na chapa presidencial do Planalto para 2026. Política tem uns lances curiosíssimos. Setores mais autênticos do PT, hoje mais próximos de Lula, rejeitam completamente a proposta, em razão da experiência pretérita desagradável com o MDB, que se articulou para a queda da ex-presidente Dilma Rousseff. Hoje, um dos próceres integrantes da legenda, Michel Temer, articula-se exatamente na construção de um nome antipetista para 2026. Por outro lado, o MDB vem sendo sondado para formação dessas tais federações, que partem de um princípio de oposição a Lula em 2026. 

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