Melhor falar de liberdade do que de prisão. A prisão do ex-Ministro do Turismo do Governo Bolsonaro, Gilson Machado, decretada pelo STF e logo depois revogada, ainda está envolta em muitos mistérios. Segundo as explicações do ex-ministro, seus contatos com o Consulado Português foram no sentido de renovar o passaporte de seu genitor, com 85 anos de idade. Nunca teria ido pessoalmente ao consulado e uma investigação sobre esses contatos provariam exatamente isso. Gilson Machado é amigo do ex-presidente Jair Bolsonaro, acompanhando suas movimentações políticas sempre que possível, como nesta última incursão pelo estado do Rio Grande do Norte.
Em princípio, nada se sabe sobre uma eventual proximidade entre ele e o ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o tenente-coronel Mauro Cid. Como cogitou-se, essa suposta trama ou uma articulação entre ambos, com o suposto propósito de favorecer uma eventual proposta de fuga de Mauro Cid é um fato desconhecido. Mauro Cid negou veementemente qualquer tentativa de deixar o país. Como as prisões foram revogadas, supõe-se que não haveria provas indicando o contrário. A princípio, não estamos diante de mais um elemento que poderia complicar a vida do ex-ajudante de ordens da Presidência da República . A revogação do acordo de delação premiada, certamente, seria o maior desses complicadores.
Diante do que ocorreu recentemente com a deputada Carla Zambelli, que fugiu do país, possivelmente tanto a Polícia Federal quanto o próprio STF tenham redobrado os cuidados em relação ao assunto. Possivelmente é neste contexto que se pode entender, em princípio, caso não surjam fatos novos, a decretação da prisão do ex-ministro Gilson Machado, que já voltou ao convívio dos familiares, criando musculatura para uma nova batalha pela frente: habilitar-se a uma candidatura ao Senado Federal por Pernambuco, em 2026.
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