Acompanhado as movimentações políticas no estado vizinho, o Presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta, protagonizou dois momentos cruciais em sua visita recente a Paraíba. Um desses momentos está relacionado aos arranjos políticos locais em relação às eleições estaduais de 2026, onde ele deixou claro para os atores políticos envolvidos nessas negociações que o seu partido, o Republicanos, terá um papel de protagonista e não de coadjuvante naquelas negociações. O partido tem força política para isso no estado. Num outro momento, deixou claro que já está com sua paciência esgotada em relação ao Governo Lula 3 com relação à irresponsabilidade fiscal. O Governo não tem controle das contas públicas e atira ao Legislativo uma proposta como a do aumento da alíquota do IOF(Imposto sobre Transações Financeiras), uma proposta amplamente rejeitada pelo setor produtivo, pelo mercado e pelo Poder Legislativo. A solução aqui é gastar menos, algo que tem sido dito desde o início do Governo, quando eles começaram a estuporar. Mantida tais circunstâncias, Hugo Motta sugere que o Legislativo tome medidas drásticas para impedir essa farra.
É curioso como entramos numa seara de esquizofrenia governamental, pois setores do próprio Governo Lula 3 se contrapõem à proposta. Alguém observou que o próprio presidente Lula não disse uma única palavra sobre o assunto. Estávamos acompanhando um debate melancólico na Globo News, onde os comentaristas observaram as fissuras no Governo Lula 3 acerca do aumento da alíquota do IOF. Haddad tem dado declarações emblemáticas sobre "servir" ao Governo Lula. Não cai porque Lula teria enormes dificuldades em encontrar alguém disposto a cumprir a Via Crucis daquele marido que fica em casa, com uma calculadora na mão, tentando ajustar as contas do mês, enquanto a madame esbanja nas compras no shopping center. É exatamente esta a situação de Fernando Haddad.
Politicamente Haddad já deve ter entendido que esta situação não muda até o final do Governo Lula 3, o que significa dizer que os seus projetos políticos iniciais estão igualmente comprometidos. Mesmo que, remotamente, os ventos sejam favoráveis até lá, ainda assim, há outros nomes no Governo disputando a unção do morubixaba. Segundo um comentarista da Globo News ele teria declarado que, mesmo se tudo ocorrer conforme o Planalto deseja, com uma reeleição de Lula em 2026, nem assim ele pretende continuar no cargo. Realmente é um fardo muito pesado.
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