quarta-feira, 2 de outubro de 2024
terça-feira, 1 de outubro de 2024
Editorial: O debate do Sistema Jornal do Commércio de Comunicação.
O SJCC anuncia o seu debate entre os candidatos que concorrem à Prefeitura da Cidade do Recife. João Campos, que foi muito cobrado em razão de sua ausência no debate da Adufepe, a associação que reúne os docentes da UFPE, já confirmou sua presença e, provavelmente, também não deixará de comparecer ao debate da Rede Globo, no próximo dia 03, quinta-feira. No dia de ontem, saiu mais uma pesquisa do Instituto Quaest apontando que ele mantém os seus escores anteriores, algo em torno de 75% das intenções de voto.
É curioso como, mesmo diante do endurecimento das regras - até cadeiras foram parafusadas, dando a dimensão dos problemas que tivemos nessas eleições municipais - dialeticamente, os debates foram evoluindo para permitir a possibilidade de confrontos diretos entre os candidatos. O formato da Rede Record ficou muito bem e o melhor de todos foi o formato concebido pelo UOL\Folha, realizado no dia de ontem, onde os concorrentes tinha um banco de tempo para administrarem. Até a questão da gestão deste tempo pesou contra os postulantes, a exemplo do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes, que, aliás, não esteve bem no debate como um todo.
Assim como ocorreu com o debate do grupo UOl\Folha, é realmente uma pena que o SJCC tenha optado por seguir as regras de representação da Justiça Eleitoral e não tenha convidado todos os postulantes que concorrem à cadeira do Palácio Capibaribe. Gostaríamos também de ouvir Simone Fontana, Ludmilla Outtes, Victor Assis. O debate está programado para logo mais, às 18:30.
Editorial: Situação indefinida na quadra paulista.
Preferimos concluir por uma situação indefinida na quadra paulista. As últimas pesquisas de intenção de voto, tanto a divulgada pelo Instituto Atlas\Intel quanto a do Instituto Quaest apenas reforçam esta nossa convicção. Há três candidatos rigorosamente empatadas dentro da margem de erro com a qual os institutos trabalham, que vão de 2.2 a 3.5 percentuais. Quinta, dia 03, sai a pesquisa do Instituto Datafolha, apresentada como uma espécie de tira-teima ou síntese dos demais institutos. A partir do dia 04 não mais teremos as propagandas pelo rádio e pela televisão. Neste mesmo dia 03 teremos um último debate entre os candidatos que concorrem à cadeira do Edifício Matarazzo, que será apresentado pelo Rede Globo.
Um intervalo de três dias, onde tudo pode acontecer, inclusive nada. Todos os cenários estão sendo cogitados neste momento. Um percalço da candidatura de Ricardo Nunes, nesta reta final, principalmente depois da repercussão negativa de uma pergunta sem resposta, envolvendo um tema delicado, algo que deverá voltar a ser replicado no debate da Rede Globo. Uma fala infeliz do candidato Pablo Marçal sobre o voto das mulheres inteligentes, afirmando que elas não costumam votar em candidatas mulheres. É curioso, mas Tabata Amaral, ainda muito longe do pelotão da frente, vem crescendo nas pesquisas acima da margem de erro.
A possibilidade de mais fake news disseminadas contra o candidato Guilherme Boulos, que não reuniria mais condições de respondê-las, em razão da exiguidade de tempo. Um dos candidatos já afirmou que teríamos mais novidades nesta reta final de campanha. Pelo seu perfil de franco-atirador, tudo é possível. Um segundo turno é certo, mas, hoje, apostar na absoluta certeza de quem, entre os concorrentes, seguirá em frente passou a ser uma aposta temerária.
segunda-feira, 30 de setembro de 2024
Editorial: Atlas\Intel aponta liderança de Guilherme Boulos.
No debate promovido no dia de hoje, 30, organizado pelo UOL\Folha, a despeito dos elogios recebidos, tivemos alguns momentos tensos, protagonizados entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo. Pablo Marçal fez uma pergunta capciosa ao candidato Guilherme Boulos, que respondeu-a, apesar das eventuais repercussões negativas. O psolista admitiu que já experimentou maconha e não gostou, pois sentiu uma dor de cabeça enorme. Dor de cabeça menor foi saber que se tratava de uma pergunta maliciosa, com o propósito de emparedá-lo e atiçar as redes sociais com os famosos cortes.
Nunes, por sua vez, não soube lidar com o assunto, complicando-se nesta reta final da campanha. Marçal insistiu quatorze vezes para que ele respondesse porque sua esposa fez um boletim de ocorrência relativo à suposta violência doméstica. Na medida em que ele não respondia, Marçal insistia, tornando o tema ainda mais delicado. No final, o empresário transferiu a missão de perguntar aos internautas, através suas redes sociais, onde ele ainda é hegemônico. Hoje, 30, o Instituto Atlas\Intel divulgou sua pesquisa sobre a competição em São Paulo. Ainda persiste o empate técnico entre eles, mas com uma novidade. Numericamente Marçal cresceu e, hoje, pelos escores, seria quem disputaria o segundo turno com o psolista, apeando Nunes do páreo.
Não se de pode concluir nada sobre a repercussão do debate de hoje. Ainda não poderia se refletir, naturalmente, numa pesquisa de intenção de voto realizada dias antes. Na quinta-feira, dia 03, sai a pesquisa final, promovida pela Instituto Datafolha. Também neste dia, será realizado o debate da Rede Globo de Televisão, o último neste primeiro turno. Num eventual segundo turno, Ricardo Nunes venceria ambos, sendo uma grande vitória do prefeito assegurar uma das vagas no segundo turno.
Editorial: O debate da UOL\Folha entre os candidatos à Prefeitura de São Paulo.
A UOL\Folha realizou o seu debate no dia de hoje, 30\09. Sem sombra de dúvidas, um dos melhores realizados até este momento da campanha. Na realidade, há algum tempo esperávamos um debate como este, capaz de proporcionar uma discussão mais efetiva entre os candidatos, embora, recheadas de acusações e provocações. Ricardo Nunes caiu na armadilha orquestrada pelo candidato Pablo Marçal, que tirou o prefeito do sério, com perguntas nevrálgicas formuladas pelo empresário, principalmente sobre um suposto boletim de ocorrência registrado por sua esposa. Perguntado durante quatorze vezes sobre o assunto por Pablo Marçal, o prefeito não respondeu. Se saiu mal no debate, uma vez que se criou uma onda em torno do assunto, possivelmente explorada nas redes sociais.
O debate organizada pela Rede Record, um pouco antes, já sinalizava neste sentido, principalmente o realizado pelas afiliadas, onde sugere-se que tais afiliadas tiveram a liberdade de promoverem mudanças no formato, como o que ocorreu na TV Correio, em João Pessoa, onde os candidatos também tiveram um certo tempo para administrar, organizado por cada bloco. Um tempo bem além do engessamento de um minuto ou trinta segundos, coisas do gênero. Em debates com esta dinâmica, que ganha, na realidade, é o eleitorado. A grande expectativa é sobre se esses últimos debates poderiam mudar a dinâmica competitiva do pleito.
Há, na realidade, um rigoroso empate técnico entre os principais competidores neste momento, a exemplo, de Pablo Marçal(PRTB), Guilherme Boulos(PSOL) e Ricardo Nunes(MDB). Marçal estagnou, principalmente nas últimas pesquisas, entre 19% ou 21% das intenções de voto, consoante o instituto. Guilherme Boulos aparece na liderança em algumas delas, ao passo que tal hegemonia é assegurada ao candidato Ricardo Nunes. Para alguns analistas, o primeiro turno já está definido. Esta semana, mesmo antes do debate da Globo, teremos as pesquisas do Paraná Pesquisas, do Quaest e talvez do Atlas\Intel.
domingo, 29 de setembro de 2024
Editorial: João Pessoa - Como os eleitores reagirão ao escândalo da Operação Território Livre?
A Polícia Federal, o Gaeco e o Ministério Público Estadual, isoladamente ou em conjunto, realizam operações regulares no estado da Paraíba, com o propósito de combater desmandos do poder público, envolvendo agentes públicos e privados. Numa dessas operações mais recentes, o primeira-dama de João Pessoa, Lauremília Lucena, esposa do atual gestor, Cícero Lucena, que concorre à reeleição, foi detida depois de uma ação de busca e apreensão em sua residência. Cícero, que integra os quadros do partido Progressista, lidera todas as pesquisas de intenção de voto até este momento da campanha. O fulcro da Operação Território Livre é a eventual relação promíscua estabelecida entre a administração do município e o crime organizado.
Faccionados teriam espaço na gestão mediante apoio em redutos por eles controlados na periferia da capital. Situações assim, infelizmente, já são verificadas em outra praças do país, mas ainda não haviam sido registradas em capitais nordestinas. Pelo menos com tamanha especificidade. Acompanhamos, atentamente, o debate organizado pela TV Record no dia de ontem, 28, transmitido pela afiliada no estado, a TV Correio. O debate foi profundamente esclarecedor, inclusive porque o tema foi solenemente debatido, o que seria obviamente natural, trazendo à luz procedimentos igualmente menos condizentes de alguns dos demais concorrentes à prefeitura da capital.
Cícero Lucena se diz vítima de armação, de manobras politicas, uma vez que a pedra da operação Território Livre, segundo ele, fora cantada semanas antes pelos seus adversários. Por outro lado, as evidências de irregularidades estão sensivelmente expostas. A questão agora é saber como o eleitorado reagirá a esta situação, a praticamente uma semana das eleições. Uma grande incógnita, na realidade, mas acreditamos que teremos surpresas no dia 06 de outubro. Não é possível que o eleitorado mais consciente possa se mostrar indiferente a esses fatos.
sábado, 28 de setembro de 2024
Editorial: Polícia Federal e Gaeco prendem Lauremília Lucena no curso da operação Território Livre.
Há alguns meses, o Ministério Público de São Paulo, juntamente como o GAECO - Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado - desencadeou uma megaoperação, onde ficou evidenciado a participação de integrantes do crime organizado na administração pública de São Paulo capital, atuando junto ao sistema de transporte público. Os caras eram dono de empresa, com CNPJ e tudo, vencedores de licitações, onde o poder público repassava quantias regulares de verbas, todos os meses, dando a dimensão exata dessa relação promíscua. Em relação à gestão das creches e distribuição da merenda escolar sugere-se a possibilidade de problemas semelhantes, desta vez com o agravante de beneficiamento de gestores públicos, algo que está sob investigação.
Estávamos agora ouvindo uma entrevista do Ciro Gomes e as coisas também não são alvissareiras pelas terras cearenses, hoje um dos estados mais violentos do país, sobretudo em razão da atuação do crime organizado. Há alguns anos se descobriu que um coronel que comandava a Chefia da Casa Militar era o comandante da logística de uma organização criminosa com atuação no estado. Geralmente são convidados para esses cargos os nomes da elite dessas corporações militares. Hoje, dia 28, no curso da terceira fase da operação Território Livre, a Policia Federal e o Gaeco prenderam Leuremília Lucena. Lauremília Lucena é a esposa do atual gestor da capital João Pessoa, Cícero Lucena, que lidera todas as pesquisas de intenções de voto realizadas até este momento, com possibilidade de vencer as eleições ainda no primeiro turno.
É preocupante como estamos enfrentando tantos problemas relativos àquele estado da federação nessas eleições. Esta operação Território Livre já teve várias etapas e investiga a possibilidade de um conluio entre faccionados e o poder público, em algo que depõe contra a boas práticas republicanas e o processo democrático. Estamos tratando aqui de compra e aliciamento violento de votos, assim como o liberação de atuação de agentes públicos em comunidades controladas por determinados grupos, mediante vantagens obtidas na máquina pública. Uma vereadora da capital também foi detida recentemente. Candidato a prefeito da capital também já foi ameaçado se viesse a fazer comício em determinados "redutos" e hoje anda com escolta da Polícia Federal. Isso corrói o edifício democrático, conforme já enfatizamos por aqui, uma vez o candidato foi simplesmente impedido de apresentar suas propostas de gestão da pólis para o eleitorado. Ali são os chefes do crime organizado quem determina o candidato que pode ser votado. Entende-se o nome da operação Território Livre. Cidades como São Bento e Paulista terão a presença de forças federais para assegurar a tranquilidade das próximas eleições municipais.
Salvo melhor juízo, o fio condutor dessas investigações está relacionado a um telefone inusitado, de um chefe de facção, de dentro do sistema prisional, para uma secretária municipal, cobrando acordos eventualmente celebrados. A presença desses grupos na periferia da capital e em cidades da região metropolitana de João Pessoa, a exemplo de Bayeux, Cabedelo e Conde, estão contribuindo enormemente para a elevação dos índices de violência no estado. No Conde, um jovem foi arrastado de sua casa e morto com cinquenta disparos de bala. Ontem a Polícia Civil prendeu uma jovem promissora, ex-campeã de caratê, hoje chefe de uma facção, que havia matado e esquartejado dois desafetos.
Nota do Prefeito Cícero Lucena:
sexta-feira, 27 de setembro de 2024
Editorial: Que cadeirada cara, Marçal!
A experiência vai nos ensinando a se posicionar sobre determinados assuntos. Alguns deles, por mais interessantes que sejam, deixamos de lado para não melindrar as corporações. A questão não é apenas ideológica, pois essa gente sequer está preocupada com este tema. O grande problema é mexer em vespeiros corporativos, núcleos de interesses de caráter não republicano, alguns encastelados no aparelho de Estado, quase sempre agindo de forma ilegal, em conluio com os de fora. Lamento que os leitores tenham que fazer um esforço maior para entender o que estamos, na realidade, tentando dizer.
Ontem o GAECO do Rio de Janeiro desbaratou uma quadrilha de milicianos que recebiam apoios de integrantes da Polícia Militar. Um deles com a patente de coronel, conhecido entre esses milicianos como "painho". Aqui na província, a sugestão de um nome ligado aos militares de perfil golpista para assumir uma provável secretaria de segurança pública municipal na eventualidade de um dos postulantes chegar ao Palácio Capibaribe. Dizem que na época da vigência da ditatura militar o grande cronista, Sérgio Porto, também conhecido como Stanislaw Ponte Preta, não largava seu caderninho de anotações nem quando ia à praia com a família. O objetivo era o de anotar aqueles assuntos que merecessem uma de suas crônicas, que se tornariam famosas.
Hoje acreditamos que ele teria dificuldades, na realidade, em selecionar estes assuntos, dada a profusão com que eles ocorrem. Soubemos agora que o candidato do PRTB à Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, acionou a justiça para processar o apresentador José Luiz Datena pela cadeirada sofrida no debate da TV Cultura. Pede uma indenização de cem mil reais. Que cadeirada cara, Datena!!!
Editorial: Primeiro turno definido em São Paulo?
De acordo com as últimas pesquisas e pelo andar da carruagem política, tudo levar a crer que o cientista político Antônio Lavareda estava certo em seu prognóstico quanto a um primeiro turno já definido na quadra paulista, envolvendo os nomes de Ricardo Nunes e Guilherme Boulos. Ontem o Instituto Datafolha divulgou mais uma pesquisa de intenção de voto onde esta tendência parece se consolidar. Ainda teremos mais três debates até o dia 06 de outubro, mas, a julgar pelas taxas de rejeição ao nome de Pablo Marçal, não haverá condições de mudança deste cenário. Nem com novas cadeiradas. No que concerne a um segundo turno entre Nunes e Boulos, algumas ponderações precisam ser feitas.
Nada menos do que 32% dos eleitores ainda admitem mudar de voto, o que significa concluir pelas incertezas inerentes às últimas horas que antecedem ao dia 06 de outubro. Todas as simulações até este momento indicam uma vitória de Ricardo Nunes, confirmando-se uma tendência antiga do eleitorado paulista em refenderam nas urnas nomes com perfis menos radicais. Exceções existem, mas o passado de Guilherme Boulos como ativista de movimentos sociais será magistralmente explorado pelos marqueteiros do adversário. O mais curioso é que a estratégia de atrair o eleitorado periférico e empobrecido para as hostes do socialista Boulos sugere-se que também não foi bem-sucedida. Lá no inicio da campanha um cientista político chegou a sugerir que talvez tivesse sido mais importante para Boulos atrair a Farias Lima para a sua chapa. Quem sabe ele não tivesse razão? Ficou uma chapa esquerda demais.
Esta é uma das campanhas mais equilibradas na quadra paulista. O PT não vai bem em todo o país, mas uma vitória em São Paulo faria toda a diferença. Ali o partido aposta todas as suas fichas na tentativa de infligir uma derrota ao bolsonarismo, identificado com a candidatura de Ricardo Nunes. A espiral de baixarias, desencadeadas desde o início da campanha, permanece produzindo seus efeitos abomináveis, a despeito dos apelos e das medidas adotadas pelo TSE. Profundamente lamentável esses vídeos que estão sendo disseminados envolvendo a candidata Tabata Amaral.
quinta-feira, 26 de setembro de 2024
Editorial: Assédio eleitoral.
Ao longo dos anos, o edifício democrático vem sendo corroído sistematicamente. No dia de ontem, na condição de Presidente do Tribunal Superior Eleitoral, a Ministra Cármen Lúcia recomendou aos órgãos competentes da república que adotassem medidas efetivas para impedir que o processo democrático fugisse ao escopo de um procedimento republicano e civilizado, onde o eleitor tivesse plena liberdade em sufragar o seu voto, sem os constrangimentos que alguns postulantes tentam infligir, como o de tumultuar os debates, aliciar eleitores ou obrigá-los a votar neste ou naquele nome que não corresponda à sua vontade. É o mínimo que se espera numa eleição dentro de uma quadra democrática.
O assédio eleitoral, no passado, já teve outros nomes como o voto de cabresto ou voto de curral, onde os coronéis interioranos literalmente prendiam o seu rebanho de eleitores, contingenciando-os a votarem nos seus apaniguados indicados. Na semana passada ocorreu uma grande operação da Polícia Federal na Paraíba, onde ficou constatado o aliciamento de eleitores, culminando com a prisão de uma das pessoas envolvidas. A justiça daquele estado, inclusive, resolveu manter a sua prisão. A cidadã já exerce mandato como vereadora de João Pessoa.
Hoje, dia 26, na cidade de São Bento, outra mega operação denominada de COACTUM, foi realizada na cidade de São Bento, Sertão do Estado, onde foram cumpridos 22 mandados de busca e apreensão, motivada pela compra de voto e aliciamento violento contra eleitores. Há rumores de rachadinhas, onde funcionários poderiam estar sendo obrigados a reservar parte dos seus salários para alimentar determinados esquemas, daí o nome COACTUM, designando algo compulsório. Sugere-se que a operação tenha sido realizada em escala nacional, pois também foram registradas ocorrências no estado do Rio Grande do Sul. Duas pessoas foram presas na Paraíba e até uma metralhadora foi apreendida.
Editorial: Eleição na Câmara dos Deputados não é para amadores.
A eleição para a Presidência da Câmara dos Deputados, definitivamente, não é um jogo para amadores. As artimanhas, as armadilhas, as barganhas, os blefes, as escaramuças estão na ordem do dia. Dependendo dos arranjos internos, de uma hora para para outra azarões como Hugo Mota, do Progressistas da Paraíba, despontam como francos favoritos ao cargo, desbancando nomes até então mais azeitados, como era o caso de Elmar Nascimento, do União Brasil da Bahia. Conhecedores da dinâmica do jogo, os caciques das legendas com voto negociam à exaustão, procurando obter os melhores dividendos. Lira, que hoje se inclina para apoiar o nome de Hugo Mota, já anda cobrando do governo um posicionamento mais objetivo.
O PL tem a maior bancada e negocia questões nevrálgicas, como uma anistia aos envolvidos no 08 de janeiro, assim como a restituição dos direitos políticos do capitão. Mesmo sem muitas chances, o PSD de Kassab mantém a candidatura de Antônio Brito, quem sabe com o propósito de barganhar um melhor posicionamento num eventual segundo turno daquelas eleições. O Governo não tem esses votos todos, mas contar com eles ajuda bastante num jogo tão intrincado, como é aquela eleição. Assim, Elmar Nascimento, depois de tomar um susto do azarão, saiu de sua zona de conforto e resolveu se movimentar, procurando o governo para negociar o apoio.
Nos escaninhos da política sugere-se que o que estaria em jogo é um eventual apoio - imaginem - a um provável projeto de reeleição de Lula em 2026. Aqui temos que admitir. Os caras sabem negociar. As espumas que se formaram com as batidas da água do mar sobre as pedras dizem exatamente o contrário, ou seja, que o União Brasil deve apoiar um nome do partido às eleições presidenciais de 2026. Até outubro de 2026 as nuvens políticas terão mudado sensivelmente.
quarta-feira, 25 de setembro de 2024
Editorial: Beneficiários do Bolsa Família estuporam 3 bilhões em jogos bets.
Alguém já afirmou que este país não pode ser levado muito sério. A cada dia ficamos mais convencidos disso. Outro dia um governador foi execrado nas redes sociais ao afirmar que considerava preocupante o fato de uma parcela cada vez mais significativa da sociedade, principalmente em regiões como o Nordeste, tivesse como única fonte de renda o Bolsa Família. Em inúmeras cidades brasileiras o montante de beneficiários, de fato, ultrapassam aqueles trabalhadores que estão efetivamente inseridos, de alguma forma, no processo produtivo. Sugere-se que tenha sido esta a preocupação do governador, embora ele tivesse pecado ao estabelecer parâmetros comparativos regionais nessa discussão.
Pois bem. Agora vem uma noticia ainda mais chocante. No mês de agosto o Governo teria liberado algo em torno de 20 bilhões com o programa, beneficiando milhares de pessoas por todo o Brasil. Como as regiões Norte e Nordeste do país são as mais fragilizadas socialmente, naturalmente, um número expressivo desses beneficiários se concentram nestas regiões. Cruzando os dados desses beneficiários, o Governo descobriu através do Banco Central, algo preocupante. Nada menos do que 3 bilhões desses recursos foram estuporados pelos beneficiários em jogos bets, ou seja, o tigrinho levou a sua parte. São transações financeiras realizadas através do Pix.
Os beneficiários passam por um cadastro rigoroso, sistematicamente acompanhado, sempre com o intuito de evitar os tradicionais desvios de finalidade. Não há como responsabilizar o Governo pelas atitudes equivocadas dos beneficiários, mas não há, igualmente, como deixar conceber a necessidade da adoção de medidas que possam minimizar este uso irregular dos recursos públicos, destinados a atender necessidades elementares da população.
Editorial: Ministra Cármen Lúcia aciona órgãos da república para manterem níveis civilizados de campanha.
A Ministra do Tribunal Superior Eleitoral, Cármen Lúcia, acionou órgãos da república, como a Polícia Federal, o Ministério Público Federal e os Tribunais Regionais no sentido de apurarem abusos, desvios de finalidades, assim como garantir a integridade civilizatória, republicana e democrática nessas eleições municipais. A medida vem no bojo dos últimos episódios observados durante os debates dos candidatos em São Paulo, onde as agressões verbais e físicas se tornaram recorrentes. Diante desses e outros fatos, tais medidas se tornaram absolutamente necessárias.
Em despacho contundente em defesa das instituições democráticas e do eleitorado - que não sintoniza sua tv numa eleição para acompanhar luta de ringue durante um debate eleitoral - a Ministra, que preside o TSE, não abdica de apontar possíveis sanções aos descumpridores das normas, sugerindo, segundo alguns observadores, a disposição, em última análise, da adoção de medidas radicais, como a inelegibilidade. Na realidade, embora absolutamente oportunas, essas brigas e agressões se constituem na ponta do iceberg, naquilo onde a Polícia Federal, o Ministério Público e os Tribunais Regionais podem intervir de forma eficiente, evitando ou inibindo tais ocorrências.
Nossa grande preocupação é que o edifício democrático está sendo corroído sistematicamente, através da ocupação de espaços públicos pelo crime organizado, por grupos milicianos, que, em casos mais graves, permitem apenas que determinados atores possam externar suas ideias e propostas para a população. No Rio de Janeiro, por exemplo, já não se faz política sem algum padrão de interlocução com grupos milicianos, fenômeno que, infelizmente, já se verifica em outras praças do país. No Guarujá uma candidata sofreu um atentado recentemente, em circunstâncias que podem ser enquadradas nesta discussão acima. Outro fator que está minando o edifício democrático são os chamados "cortes", alimentados pela economia da atenção, desvirtuando o eleitorado da real discussão sobre os destinos da pólis. Brigas e agressões integram este arsenal pernicioso para os interesses da democracia. Elas são provocados por alguns candidatos, segundo sugere-se, para a produção dos "cortes".
Editorial: Amanhã será divulgada mais uma rodada de pesquisas do Datafolha.
Amanhã, 26, deverá ser divulgada mais uma rodada de pesquisas do Instituto Datafolha, envolvendo a disputa de capitais por todo o país. A expertise adquirida pelo Instituto ao longo dos anos, conferiram ao órgão a condição de referenciar ou não os escores apresentados pelos demais institutos. Daí a grande expectativa em torno dos números que serão apresentados pelo Instituto. Conforme antecipamos no dia de ontem, 25, a dinâmica competitiva do pleito apresentou mudanças importantes em algumas capitais, a exemplo do Recife, Fortaleza, São Paulo e Rio de Janeiro. Em, São Paulo, por exemplo, há uma gangorra entre os candidatos Guilherme Boulos(PSOL) e Ricardo Nunes(MDB), que se revezam na dianteira, conforme o instituto que realiza a pesquisa.
Em todo caso, naquela praça, o consenso dos números indicam hoje uma segundo turno entre os dois, uma vez que o candidato Pablo Marçal(PRTB) sugere que estacionou na casa dos 20% das intenções de voto. Ainda se pode falar em empate técnico entre os três postulantes, sobretudo se considerarmos os índices de margem de erro dos institutos, mas, reiteradamente, Boulos e Nunes lideram o pelotão, o que deve significar alguma coisa, já que tem sido assim entre os vários institutos. Em alguns casos, como Salvador e Macapá, a toalha já foi jogada pelos adversários. Bruno Reis e Dr. Furlan já encomendaram o terno da posse.
No Rio de Janeiro e no Recife ocorreram uma significativa reação dos candidatos bolsonaristas Alexandre Ramagem e Gilson Machado, de acordo com o Instituto Atlas\Intel. Conforme afirmamos no início, aguarda-se os dados do Instituto Datafolha para confirmar ou não esta tendência. Aqui no Recife, a reação de Gilson Machado é isolada, o que dificulta bastante na difícil missão de abalar a montanha. Os demais postulantes que concorrem como oposição a João Campos ou estacionaram ou caíram nos seus escores, a exemplo de Daniel Coelho. No Rio, se Ramagem continuar neste céu de brigadeiro nas pesquisas, poderemos ter um segundo turno.
terça-feira, 24 de setembro de 2024
Editorial: Bolsonaristas que reagem nesta reta final de campanha.
Embora tecnicamente empatado com o candidato Guilherme Boulos na disputa pala Prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, ao menos numericamente, na média, aparece à frente de psolista e é um dos nomes que deverão disputar o segundo turno na capital paulista. Suas perspectivas são boas na disputa do segundo turno, conforme aponta os próprios institutos de pesquisa. Nunes chegou a enfrentar um momento difícil na campanha, mas hoje está no jogo. Guilherme Boulos sabe que tem um trabalho hercúleo pela frente para superar o ponto de corte conservador, que sempre atrapalha as pretensões da esquerda em São Paulo.
No Rio de Janeiro, o delegado Alexandre Ramagem também viu a ampliação sensível dos seus índices na disputa pela capital. Uma reação nas duas últimas semanas. Se continuar crescendo nesses níveis, até mesmo uma improvável decisão em segundo turno passa a surgir no horizonte, revivendo o fantasma de eleições anteriores, onde candidaturas conservadoras mostram um fôlego incomum na reta final da campanha, jogando uma ducha fria em candidaturas mais identificadas com segmentos progressistas.
Em Fortaleza, o deputado federal André Fernandes comemora a ultrapassagem ao candidato Capitão Wagner na disputa pela prefeitura da capital. Já esteve em situação bem menos confortável no início da campanha. No Recife, Gilson Machado deve está comemorando seus índices, que se ampliaram bastante segundo o levantamento do Instituto Atlas\Intel, onde ele aparece com 20% das intenções de voto, embora ainda muito aquém de ameaçar a hegemonia do prefeito João Campos, que concorre à reeleição.
Na disputa pela prefeitura de Fortaleza, o Instituto Paraná Pesquisas aponta um empate triplo entre os candidatos André Fernandes(PL-CE), Capitão Wagner(UB-CE) e Evandro Leitão(PT-CE). Durante a campanha, naquela praça, observou-se alguns aspectos curiosos na dinâmica competitiva do pleito. As ascendência da candidatura do PL, representada pelo deputado André Fernandes, assim como a de Evandro Leitão, do PT, que esboça uma reação nesta reta final de campanha. Um outro dado curioso é o declínio do Capitão Wagner, que, durante muito tempo, liderou as pesquisas de intenções de voto, mas hoje cede este espaço para o jovem parlamentar André Fernandes. Ambos bebem na mesma fonte do bolsonarismo. Capitão Wagner tem uma identificação maior com o estamento militar, enquanto André Fernandes tem expressiva penetração junto ao eleitorado evangélico.
A esta altura do campeonato, existem algumas candidaturas que estão sendo solenemente abandonadas pelos partidos que as patrocinam, em razão da absoluta incapacidade de reação. O candidato do PT em Salvador é um desses exemplos. Bruno Reis, do União Brasil, atual gestor, deve ser reconduzido ao cargo sem maiores dificuldades. Em Fortaleza, a candidatura de Evandro Leitão emite sinais de que pode ir para o segundo turno, principalmente considerando-se a improbabilidade de uma disputa entre dois bolsonaristas. Há uma queixa dos petistas locais no sentido de pleitear um apoio mais efetivo das estrelas nacionais da legenda em prol do candidato Evandro.
Nesta pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas o candidato do PDT, José Sarto, atual gestor da cidade, pontua com 15,6% das intenções de voto. Sarto conta com o apoio irrestrito do ex-governador Ciro Gomes, cuja liderança e o capital político hoje pode não ser suficiente para alavancar uma candidatura. Ciro é um poço até aqui de mágoa com o PT, que, prioritariamente, seria, na sua concepção, o grande inimigo do cearense neste momento. Num eventual duelo de segundo turno entre petistas e bolsonaristas alguém tem dúvidas para onde ele caminha? Coisa das contingências políticas. A pesquisa do Instituto Paraná Pesquisas foi realizada entre os dias 19 e 22 setembro e está registrada no TSE-CE sob o número 07574\2024. Eis os números:
André Fernandes(PL) - 25,3%
Evandro Leitão(PT) - 22,1%
Capitão Wagner(UB) - 20,8%
José Sarto(PDT) - 15,6%
Eduardo Girão(Novo) - 3,1%
Editorial: Marçal é expulso do debate da FlowNews.
Depois das novas confusões protagonizadas no debate de ontem, organizado pela FlowNews, onde assessores do candidato Pablo Marçal(PRTB) agrediram o marqueteiro do candidato Ricardo Nunes(MDB), no próximo domingo, 28, está programado o debate organizado pela Rede Record, onde se espera que os ânimos já tenham sido serenados ou arrefecidos. Na realidade, o problema já ocorreu no finalzinho do debate, onde o ex-coach havia se segurado ao limite. No momento das considerações finais, no entanto, apesar de advertido pelo moderador, ele se referiu de forma desrespeitosa contra Ricardo Nunes. Foi expulso do encontro, o que acarretou uma confusão generalizada entre seus assessores e o marqueteiro do prefeito, culminando com agressões físicas. Ao invés de programa de governo tivemos um Boletim de Ocorrência.
Logo após os problemas gerados durante o debate da Band, já havíamos previsto que a situação caminhava para um quadro irreversível de insultos e agressões durante a campanha. Curioso que, ao não atingir seus objetivos desta forma, o candidato Pablo Marçal dobra a aposta, entrando numa espiral complicada, uma vez que não conhece outra estratégia. Não tem proposta para debater com os concorrentes, de forma republicana e civilizada, os problemas e as soluções de uma metrópoles com a complexidade de São Paulo. Sugere-se que ele conceba a hipótese de, em sendo cada vez mais agressivo, tal atitude possa melhorar os seus índices, quando as últimas pesquisas mostram exatamente o contrário. Conforme resumiu o jornalista Josias de Souza, Marçal só faz "M", entendam os leitores como desejarem.
O debate transcorreu num clima bastante propositivo. Uma pena que, no final, tenha descampado para este episódio. Segundo algumas análises, tratou-se de um dos melhores debates até aqui organizado. Nunes esboçou a possibilidade de não comparecer, mas voltou atrás. O quadro ainda está rigorosamente indefino, sugerindo-se, na média, um segundo turno entre Guilherme Boulos e Ricardo Nunes. Para o cientista político Antônio Lavareda, o primeiro turno já está definido. A pesquisa do Atlas\Intel injetou um alento novo à candidatura de Boulos, pois ali ele aparece descolado de Ricardo Nunes, pontuando com 28% das intenções de voto.
segunda-feira, 23 de setembro de 2024
Editorial: Uma notícia boa para Boulos.
Hoje saiu mais uma pesquisa sobre a disputa eleitoral em São Paulo, a realizada pelo Instituto Atlas\Intel. Apresenta novidades em relação às pesquisas anteriores, cujos dados foram divulgados recentemente. Ou seja, a pesquisa divulgada no dia de hoje, 23, não apenas confirma um renitente empate técnico entre os candidatos Ricardo Nunes(MDB-SP), e Pablo Marçal(PRTB-SP), mas mostra um deslocamento do candidato Guilherme Boulos, do PSOL, que aparece com 28% das intenções de voto, escore acima da margem de erro do instituto, que trabalha com 3.3 percentuais. Marçal anda fazendo uma esforço hercúleo para recuperar terreno, depois que suas taxas de rejeição desmoronavam em razão de suas posturas durante a campanha.
Na realidade, o processo democrático agradece o lampejo de lucidez que tomou conta do eleitorado paulista, ao repelir, veementemente, atitudes não condizentes do candidato. A cada dia ele se atrapalha mais, ao afirmar que a campanha teve duas etapas e, somente agora, ele se propõe a apresentar propostas concretas para gerir a maior metrópoles do país. Pelo andar da carruagem política, um tarde demais. Apesar de um ligeiro escorrego durante a campanha, hoje, a situação mais confortável é a do psolista Guilherme Boulos, com vaga assegurada no segundo turno.
A notícia ruim é que, até aqui, todas as projeções de segundo turno apresenta o gestor Ricardo Nunes como favorito. Ele derrotaria Guilherme Boulos, assim como Pablo Marçal, hoje uma hipótese menos provável. A candidata Tabata Amaral esboça uma reação nesta reta final da campanha, mas ainda muito distante de alcançar o pelotão da frente. Aparece com 11% das intenções de voto. O apresentador José Luiz Datena, também não tirou alguma vantagem da cadeirada, mantendo seus índices históricos. A situação de Datena está praticamente definida, mantendo-se agora o trabalho no sentido de assegurar votos para eleger eventuais vereadores tucanos. O instituto Atlas\Intel ouviu 2.218 eleitores, entre os dias 17 e 22 de setembro e está registrada no TSE\SP-03546\2024. Eis os números:
Guilherme Boulos(PSOL) - 28, 4%
Pablo Marçal (PRTB) - 20,9%
Ricardo Nunes(MDB) - 20,9%
Tabata Amaral(PSB) - 10,8%
José Luiz Datena(PSDB) - 6,9%
Marina Helena(Novo) - 3,8%
Editorial: Intensificam-se os conflitos entre Israel e o Hezbollah.
A escalada da guerra no Líbano é hoje uma das maiores preocupações da humanidade. Até recentemente, através de uma ação supostamente das forças de inteligência de Israel, vários pagers explodiram no Líbano, alguns dos quais na posse de pessoas sabidamente vinculadas ao grupo radical Hezbollah. Há o registro, no entanto, de mais de uma dezena de mortos, além de milhares de feridos graves, entre os quais crianças sem nenhuma vinculação ao grupo. Logo em seguida, através de bombardeio, Israel afirma ter eliminado fisicamente lideranças militares do grupo, produzindo baixas consideráveis na organização.
Em represália, o grupo Hezbollah acionou milhares de foguetes contra o território judeu, produzindo, sobretudo, danos materiais. É muito complicado este conflito estabelecido entre Israel e seus inimigos naquela região. Talvez sem solução, como chegou a sugerir o historiador britânico Eric Hobsbawm. Hoje, através de uma investida de Israel, estima-se mais de cem mortos em território libanês. Basta o indivíduo se posicionar contra a morte da população civil, que não tem nada a ver com o conflito entre o Estado Judeu e o grupo radical islâmico, para atrair a ira divina.
O jornal O Estado de São Paulo produziu uma excelente matéria sobre a atuação do serviço de inteligência de Israel, o Mossad. Especula-se que eles poderiam ter engendrado a operação responsável pela explosão dos pagers. Caso isso se confirme, o pessoal do Mossad está se tornando especialista neste assunto. Há alguns anos atrás, este atentado eles assumem, ocorreu o assassinato de um membro do Setembro Negro, em Paris, em circunstâncias semelhantes. O Setembro Negro, anos antes, durante a Olimpíada de Munique, na Alemanha, sequestraram e mataram atletas israelenses que participariam daquela competição esportiva. Os terroristas foram literalmente "caçados" pelo Mossad.
domingo, 22 de setembro de 2024
Editorial: João Campos vai ao debate da TV Jornal?
Há algum tempo, quando ainda esquentávamos os bancos universitário, era frequente a queixa dos professores quanto à dificuldade de levar os políticos para debaterem suas propostas de governo no circuito acadêmico. Exista, no entanto, uma raríssima exceção, um político de perfil conservador, que não vamos citá-lo por aqui, que sempre se dispunha a discutir com a rapaziada as suas propostas. O candidato João Campos deixou de comparecer recentemente ao debate promovido pela ADUFEPE, a associação que congrega os professores da UFPE. Todos os demais aspirantes ao Palácio Capibaribe compareçam ao evento, inclusive o bolsonarista Gilson Machado.
Não tivemos a oportunidade de acompanhar, mas, a rigor, o que se comenta é que o debate foi morno, sem grandes entusiasmos. A própria universidade passa por um momento difícil, mesmo diante de um governo de perfil progressista, que sempre se identificou com a comunidade acadêmica. Preocupa bastante algumas sinalizações emitidas pelo Governo Lula 3, mas não é este o momento para discuti-las. O conglomerado de comunicação do Sistema Jornal do Commércio está anunciando para o próximo dia primeiro o seu debate com os candidatos que concorrem à Prefeitura da Cidade do Recife.
O socialista já informou que irá aos debates. Há alguns deles programados até o dia 06. Recife, pelo andar da carruagem política, não terá segundo turno. João Campos estabeleceu uma vantagem tão expressiva em relação aos seus concorrentes que não teria nada a perder em comparecer aos debates. É um compromisso com a democracia, que ele precisa honrar, dando um bom exemplo de respeito aos seus diletos eleitores.

