pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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quarta-feira, 5 de junho de 2024

Editorial: O efeito "Pablo Marçal" nas eleições paulista deste ano.


Crédito: Pablo Marçal\Instagram

Em matéria no site da revista Veja, a jornalista Marcela Hahal, observa que o ex-presiente Jair Bolsonaro teria sido procurado pelo candidato à prefeitura de São Paulo, Ricardo Nunes, no sentido de checar a informação de que ele poderia não apoiá-lo em seu projeto de reeleição. A informação teria sido divulgada pelo coach Pablo Marçal, que recenemente lançou sua candidatura à prefeitura pelo PRTB, uma liderança que também tem lá suas afinidades com o bolsonarismo. 

O ex-presidente, no entanto, reafirmou sua disposição de continuar apoiando o projeto de reeleição do prefeito Ricardo Nunes, tranquilizando-o neste sentido. Ricardo Nunes mantém uma postura de equidistância do ex-presidente Bolsonaro. Nem tão próxima que possa identificá-lo com o bolsonarismo mais radical, nem tão distante que possa perder o seu apoio. Ao fim e ao cabo, com o andamento da campanha, será inevitável que essa aproximação se consolide de uma vez. As circunstâncias da campanha determinará esse padrão de relação entre ambos.  

É neste aspecto que a entrada do coach no pleito, de alguma forma, pelo menos nessa linha de raciocínio, favorece o candidato Guilherme Boulos. O eleitorado mais identificado com Boulos jamais faria uma transisão tão drástica, votando em Pablo Marçal. A questão aqui é aquela faixa do eleitorado suscetível, ainda indecisa, não necessariamente orientada ideologicamente, que pode decidir uma eleição. Se parte desse eleitorado, por alguma razão, manifestar simpatia pela candidatura de Pablo Marçal, isso poderia ser suficiente para "embolar" o jogo da disputa pelo Edifício Matarazzo.  

Editorial: Os perigos da tese do "Menos PT" na articulação política do Governo Lula.



Curioso como políticos e formadores de opinião de perfil mais ao centro do espectro político passaram a defender a tese de que seria providencial o Governo Lula escalar interlocutores menos ligados ao PT para fazer o trabalho de meio de campo da articulação política. Há várias aspectos a serem analisados aqui, incluive os de caráter ideológico: Os atores que estão propondo isso de fato estariam interessados em que o Governo pudesse reunir as condições ideais de governabilidade. Por ideais aqui se entenda as razoáveis ou minimamente possível diante da falência anunciada do presidencialismo de coalizão. 

Que o Governo Lula anda levando surras homéricas nessas articulações isso é notório. Segundo dizem, até recenemente teria havido uma reunião entre o morubixaba petista e seus interlocutores junto ao Poder Legislativo. Mais uma vez teria sobrado para o Padilha. É preciso cercar-se de todos os cuidados com essas raposas políticas e seus cantos da sereia. O PT, incluive, não faz muiro tempo, enfrentou uma situação inusitada de ter sua presidente traída por seu articulador político, que tinha fama de uma excelente articulador, só que se articulou com os seus companheiros de parlamento, na realidade, para derrubar a preisdente. 

O campo está tão minado como naqueles tempos. Não se enganem. O PT não pode errar neste cálculo político. A articulação políticoa não vai bem. É um fato. Mas diante das mudanças que se impõem, se essas não forem bem conduzidas, podem tornar  o cenário ainda mais nebuloso. A charge que ilusta este editorial é do jornalista e chargista J. Bosco, do Jornal O Liberal, do Pará.   

Editorial: O cerco se fecha sobre Bolsonaro?



Segundo informações que circulam pelas redes sociais, a Polícia Federal já teria concluído o inquérito sobre as joias sauditas e a suposta fraude do cartão de vacinação envolvendo o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro. O inquérito está sendo encaminhado à PGR, que pode pedir o indiciamento do ex-presidente ao STF. Especula-se que a Polícia Federal encaminhe o inquérito até sexta-feira, o que significa dizer que teremos novidades na próxima semana. Falas e rumores de algumas autoridades republicanos já indicavam tais movmentações. 

Coincidência ou não, no próximo dia 09\06 os bolsonatistas estão programando uma grande mobilização na Av. Paulista, onde estarão pedindo o impeachment de Lula e de um Ministro do Supremo Tribunal Federal. Os inquéritos formulados pela Polícia Federal possuem um alto conceito de credibilidade e profissionalismo. Nesta caso específico, além de elemenntos materiais colhidos, há, como embasamento, os depoimentos do ex-ajudante de ordens da Presidência da República, o Tenente-Coronel Mauro Cid.

Não se pode dizer que os bolsonaristas não sejam otimistas ou perderam a fé. É impressionante como eles trabalham com a possibilidade concreta de o ex-presidente se habilitar a disputar as próximas eleições presidenciais, mesmo diante de tantos impasses e encrencas jurídicas. Afinal, a fé remove montanhas, como diria os evangélicos. O pastor Silas Malafaia, por exemplo, passou a desconfiar das movimentações do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, considerando que ele trabalha com a hipótese de inelegibilidade do ex-presidente Bolsonaro.   

Charge! Leandro Assis e Triscila Oliveira via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 4 de junho de 2024

Editorial: Luciano Duque afirma ter sido vítima de uma violência política.

 


O ex-prefeito de Serra Talhada, Luciano Duque, hoje Deputado Estadual, afirma ter sido vítima de um ato de violência política por parte de Marília Arraes, que negou a legenda Solidariedade para que o ex-aliado se candidatasse à prefeitura da cidade mais uma vez, como eram seus planos. Realmente estamos tratando aqui de uma história que envolve algumas escaramuças políticas bem explícitas. Quando Marília Arraes, Presidente do Solidariedade no Estado, foi candidata ao Governo do Estado, em 2022, contou com o apoio efetivo de Luciano Duque, que chegou a afastar-se do PT para apoiá-la. 

Política é muita dinâmica. O cenário hoje é bastante distinto do cenário de 2022, embora algumas atitudes possam ser questionadas e até adjetivadas. Luciano Duque, em matéria do Jornal do Commércio no dia de hoje, 04, se diz vítima de uma violência política, motivada, sobretudo, pelo fato de o parlamentar ter votado favorável em alguns projetos do Governo do Estado,governado por Raquel Lyra(PSDB), com a qual Marília disputou as últimas eleições majoritárias. 

Outro dado apresentado pelo parlamentar é que a ex-aliada agora se junta ao projeto de Márcia Conrado(PT), de quem sofreu duras críticas quando foi candidata ao Governo do Estado. Alguns parlamentares se solidarizaram com o parlamentar na Assembléia Legislativa do Estado. Mesmo tendo acusado o tranco, o parlamentar assegura que não ficará de fora da disputa pela prefeitura da cidade, possivelmente indicando alguém do seu grupo político para o pleito.   

Editorial: Bolsonaristas convocam nova mobilização para a Paulista.



As hordas bolsonaristas estão ocupando as redes sociais para convocarem uma nova mobilização para o dia 09\06, na Av. Paulista, com concentração no MASP. Desta vez estão sendo solicitados doações de alimentos para os desabrigados do Rio Grande do Sul, assim como  liberaram os cartazes pedindo o impeachment do presidente Lula e do Ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes. As últimas grandes concentrações organizadas pelos bolsonaristas mais recentemente haviam se pautado por uma conduta que se poderia configurar como não tendo extrapolado o figurino de uma mobilização dentro do escopo democrático, o que são muito bem-vindas. Democracia é isso mesmo. 

Não é porque é do adversário que necessariamente não prestam ou não são bem-vindas, como advogam alguns. O ranço da dificuldade de convivência com o oposto ou  com o contrário, quase sempre, descamba para regimes autoritários, seja de extrema-direita, seja de esquerda. No próximo dia 06 de outubro teremos o primeiro turno das eleições municipais de 2024. Estamos relativamente próximos ao pleito. Convinha, portanto, manter esse alinhamameto de  prudência, dentro do escopo democrático. 

Quando se abre espaço para a exibição de cartazes, pode se esperar de tudo. Certamente, a realização do evento dentro do ordenamento democrático será quebrado, uma vez que teremos por aqui xingamentos, ofensas, ilações, os surrados pedidos de intervenção, que, em alguns casos, se contrapõem à legalidade. Curioso que, desta vez, existe alguns atores bolsonaistas envolvidos na convocação mais entusiasmados do que o próprio ex-presidente Jair Bolsonaro.     

Editorial: O festival de besteiras que assola o país.



Dizem que o cronista Sérgio Marcus Rangel Porto, que ficaria mais conhecido entre os brasileiros como Stanislaw Ponte Preta, era bastante disciplinado no ato de escrever. Nem mesmo quando ia à praia, se divertir com a família, costumava se descuidar de ler os jornais diários, sempre à procura de alguma notícia ou fato que pudesse servir de inspiração para as suas crônicas diárias, regiamente publicadas, mesmo naqueles dias sombrios que o país enfrentava durante a Ditadura Militar instaurada no país depois do golpe Civil-Militar de 1964. 

Nos dias atuais, o cronista talvez não precisasse empreender tantos esforços assim para encontrar as motivações para escrever suas crônicas no antigo Tribuna da Imprensa, onde elas eram publicadas. Principalmente se ele se concentrasse nas propostas ou ilações inusitadas proferidas por integrantes da oposição ao Governo Lula. No dia ontem, 03, publicamos por aqui uma postagem sobre as especulações descabidas em relação à recente decisão do Governo Lula em importar arroz, depois dos problemas enfrentados no Rio Grande do Sul. Na realidade, a decisçao de Lula foi bem anterior àquela tragédia, movida pelo aumento do produto nas prateleiras dos supermercados. 

A oposição dá vazão a uma narrativa de vingança do presidente contra os produtores rurais, assim como suspeição de eventuais favorecimentos indevidos de agentes públicos em tais transações comerciais. Três denúncias já foram encaminhadas ao TCU. Se isso ainda não fosse suficiente, temos também a PEC das Praias, uma PEC polêmica que propõe privatizar áreas da União no entorno do litoral, o que seria suficiente para produzir efeitos ambientais e sociais danosos à população. A PEC, naturalmente, está gerando discussões acaloradas pelas redes sociais e tremulando o túmulo do falecido cronista, que hoje encontraria motivos de sobra para inspirar-se na redação do jornal.

Você precisa ler também: 

A polêmica do Arroz de Lula.      

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 3 de junho de 2024

Editorial: A polêmica em torno do "Arroz de Lula".

 



São muitas as crises que o país enfrenta neste momento. Algumas delas cruciais, como as crises institucional e de segurança pública, onde os entes federados vêem, a cada dia, o aumento dos índices de violência em ascendência nas estatísticas. Tragédias ambientais, como a do Rio Grande do Sul, professores universitários e técnicos de universidades em greve, sem que se vislumbre uma negociação favorável entre grevistas e o Governo. Em meio a este turbilhão de problemas, deram agora para implicar com o "Arroz de Lula", que está se tornando uma questão que pode respingar numa discussão parlamentar, que já conta com três denúncias junto ao Tribunal de Contas da União. Só falta agora alguém propor uma CPI do Arroz.  

Antes de eclodir essa tragédia que se abate sobre o Rio Grande do Sul Lula já havia manifestado o interesse em adquirir o produto, uma vez que os preços estavam aumentando nas prateleiras dos supermercados e as sondagens indicavam que o fenômeno poderia estar contribuindo para aumentar sua impopularidade junto à opinião pública. Chegamos a discutir este assunto por aqui. As poderosas associações de produtores de arroz se anteciparam em anunciar que não haveria necessidade de importar o produto. Inclusive no Rio Grande do Sul, onde a safra já havia sido colhida antes das enchentes. 

Até aqui tudo bem. O Governo, inclusive, pode ter se equivocado, embora imbuído das melhores intenções humanitárias. O que é curioso é a narrativa que está sendo disseminada em torno do assunto, afirmando que o presidente Lula, com a medida, estaria tentando se vingar dos produtotes rurais, identificados com o bolsonarismo, ampliando ainda mais as zonas de cizânia entre o presidente Lula e os partidários do ex-presidente, inclusive entre aqueles que o representam no parlamento.  

Editorial: Duas notícias sobre segurança pública em Pernambuco.


Crédito da Foto: Miva Filho\divulgação


É curioso como as grandes inovações tecnológicas em termos de câmaras de segurança são testadas aqui na cidade do Recife. As razões para isso devem ser um segredo de Estado,  apenas facultado às comunidades de inteligência. Essa informação nos foi repassada por um professor da Universidade Federal de Pernambuco, durante uma palestra, sem que o mesmo também soubesse as razões. Pois bem. Hoje ficamos sabendo que as licitações para a aquisição de novas câmaras de monitoramento estão em atraso relativo, num momento em que o Estado clama por providências urgentes no tocante às condições efetivas de reversão de um quadro de violência assustador. 

Por ocasião da abertura das comemorações do São João de Caruaru, a governadora Raquel Lyra teria comemorado o fato de o mês de maio registrar um índice menor de mortes violentas intencionais no Estado, quando comparado ao mesmo mês do ano anterior. A queda teria sido de 12%. A gente até entende a apreensão da governadora em reverter este drama, com um potencial de arrastar a avaliação de um gestor até o limbo, mas ainda não há motivos para comemorações. Isso não significa absolutamente concluir por alguma tendência de queda nesses índices. Seria necessário aguardar um pouco mais. 

O país como um todo enfrenta um grave problema de segurança pública e as perspectivas de reversão desse quadro não são otimistas, sobretudo porque estamos tratando aqui de uma questão de agendas distintas entre o Governo Lula e a Oposição, sobretudo a de perfil bolsonarista, cuja agenda é diametralmente oposta a do Governo. É quase impossível construir algum consenso por aqui enquanto a Bancada da Bala não depuser suas armas. As consequências são as piores possíveis. Para a oposição bolsonarista a solução é derrubar o Governo Lula e fazer o que aquele rapaz está fazendo em El Salvador, violando os mais elementares direitos humanos.    

Editorial: Professores da UFPB entram em greve.


A greve dos professores universitários se constituem num grande problema não apenas para a categoria, mas para o país. Soma-se a este fato, a adesão dos servidores administrativos daquelas instituições de ensino, além das queixas dos reitores sobre as verbas de manutenção dessas instituições, o que também entrou na pauta de discussão do movimento grevista. Esse quadro, definitivamente, não condiz com um governo de corte popular e progressista como o Governo do PT, onde as questões relativas à educação deveriam ser prioritárias. 

Ontem este editor leu algumas artigos sobre o assunto, onde articulistas começam a desconfiar sobre o que, de fato, estaria ocorrendo com os rumos que o Governo Lula está tomando. Há um estranhamento, por exemplo, num acordo fechado entre o Ministério da Gestão e Inovação com uma entidade que, a rigor, alijou do processo de discussão outras tantas entidades que, de fato, são bem as mais representativas da categoria de professores universitários. 

Outra questão que passou incomodar bastante, até do ponto de vista político, foram as concessões de aumentos salariais às polícias federais, onde o reajuste, em alguns casos, chega a 77%, um índice muito superior ao que está sendo negociado pela categoria de professores e técnicos. Não está em discussão aqui a necessidade de reajuste dessas categorias, mas a inabilidade política e a completa inversão de prioridades. O impasse continua e agora é a vez da Universidade Federal da Paraíba entrar em greve, acompanhando o conjunto das universidades federais que, pelos cálculos, já são mais de 60 instituições, entre IFES e Institutos Técnicos Federais. 

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo.

 


domingo, 2 de junho de 2024

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Os lances audaciosos e as movimentações políticas do prefeito João Campos.



Crédito da Foto: Rodolfo Loepart\Veja


Quando o seu projeto político passou a vislumbrar a possibilidade de concorrer à Presidência da República, o ex-governador Eduardo Campos estabeleceu duas estratégias bem nítidas, consoante suas aspirações políticas: consolidou uma espécie de "eduardismo" aqui na província, integrando-se aos mais amplos espectros políticos do Estado, inclusive com ex-desafetos de seu clã-familiar; e, na outra ponta, estabeleceu alianças com correntes políticas de centro e centro-direita da política nacional, agregando em torno de si um conjunto de forças que poderiam viabilizar, na prática, o seu projeto político. 

Neste momento, o ex-governador passou a receber e acatar conselhos de que seria fundamentalmente importante construir uma narrativa anti ou pós petista. É emblemática uma expressão utilizada pelo ex-governador Jarbas Vasconcelos, depois de um daqueles cozidos na praia do Janga, afirmando que Eduardo estava se distanciando do PT, antes mesmo de que o próprio Eduardo Campos assumisse tal condição.  Como se sabe, Eduardo morreu de forma prematura, num acidente aéreo, antes de concretizar o seu mais ambicioso projeto político, alimentado desde os tempos de estudante de economia na Universidade Federal de Pernambuco. 

Nesta semana, o seu herdeiro político, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), pratagonizou alguns lances e movimentações políticas dignas de análises e especulações. Em encontro no Palácio do Planalto, na presença do Ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, comunicou ao morubixaba petista, Luiz Inácio Lula da Silva, que não pretende ceder a vaga de vice em sua chapa de reeleição ao PT. Segundo informações de bastidores, matreiramente, o líder petista desconversou e teria sugerido adiar essa discussão para mais tarde, procurando ganhar tempo. Será inútil. Mais tarde, João continuará reafirmando sua posição, em razão de inúmeros aspectos que estão em jogo nessa tomada de posicionamento do prefeito.  

O principal deles é que os olhos de João se voltam para as eleições de 2026, embora afirme, como uma das lições deixadas pelo pai, a qual confessou em entrevista a revista Veja, que pensa num dia de cada vez. Na semana anterior a esse diálogo com o presidente Lula, João Campos havia mantido um encontro com o Presidente Estadual do União Brasil aqui no Estado, o Deputado Federal Mendonça Filho, com o propósito de integrar o Uniao Brasil ao seu projeto de reeleição. Coerente, Mendonça Filho teria dito ao prefeito que não se sentiria bem numa aliança onde o PT participava. 

Curiosamente, não sabemos se Mendonça Filho voltou atrás, mas a aliança foi fechada no plano nacional, onde envolve o apoio dos socialistas à eleição de Elmar Nascimento(UB-BA) à Presidência da Câmara dos Deputados. Trata-se de um agrupamento político que deverá seguir, naturalmente, uma direção diametralmente oposta aos interesses do PT, conforme sugere o Deputado Estadual João Paulo(PT-PE) em entrevista recente ao Jornal do Commércio

O União Brasil certamente flertará com uma eventual federação encabeçada pelo ex-Ministro da Casa Civil do Governo Jair Bolsonaro, Ciro Nogueira, que envolveria o PP, os Republicanos. Esta federação, aliada ao PL, com a simpatia do União Brasil, que pretende fazer os presidentes das duas Casas congressuais, fechariam o circuito de uma oposição que pode trazer grandes embaraços governamentais ao Governo do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva. 

Aqui na província, lideranças políticas ligadas a essas agremiações, exceção apenas para o União Brasil, já se movimentam no sentido de adubar as bases para as eleições de 2026, onde deverão perfilar ao lado do atual gestor da cidade. É o caso do Ministro dos Portos e Aeroportos, Sílvio Costa Filho, do Republicanos, de Eduardo da Fonte, do Progressistas, e Marília Arraes - por que não?- do Solidariedade. A rigor, nem podemos isolar o União Brasil deste conjunto de forças, uma vez a família Coelho já está fechada com o Palácio Capibaribe, trazendo a colheita de votos do Sertão do São Francisco para o projeto de João Campos em 2026. 

O grupo Coelho ofereceu apoio ostensivo à governadora Raquel Lyra(PSDB-PE) no segundo turno das eleições passadas, mas não teve espaço no Governo. Seguindo os conselhos do avô, que não abandonava os seus redutos eleitorais no interior, João se movimenta com pragmatismo nessas horas, menos inviesado ou solto das amarras ideológicas, apoiando alianças petistas em Jaboatão dos Guarapares, assim como José Queiroz em Caruaru, onde bate chapa com a governadora Raquel Lyra. Bem avaliado, estrela que brilha na constelação política do Estado, principalmente nesses redutos interioranos, não se surpreendam com as filiações dos candidatos que gostariam de contar com o prefeito em seu palanque. Alguns deles já estão vindo em caravanas conhecer o trabalho do gestor na capital.     

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 1 de junho de 2024

Editorial: A entrevista de João Paulo ao Sistema Jornal do Commércio.



O Deputado Estadual João Paulo é o primeiro integrante do PT a se pronunciar sobre o posicionamento do prefeito João Campos, em conversa recente com o presidente Lula, no sentido de ratificar a sua decisão de não aceitar a indicação de um membro da legenda petista para compor a sua chapa de reeleição nas próximas eleições municipais, programadas para outubro. João Paulo considera deselegante a atitude tomada pelo gestor municipal, argumentando que a cúpula do partido pode até endossar o projeto de reeleição do prefeito, mas a militância, possivelmente, talvez acompanhe uma candidatura de esquerda, de perfil mais autêntico, como o de Dani Portela, da Federação PSOl\Rede. 

No âmbito nacional, o ex-prefeito do Recife por dois mandatos, observa com preocupação as movimentações do prefeito João Campos com o União Brasil, principalmente quando se está em discussão o apoio do partido ao nome de Elmar Nascimento, do União Brasil, para a sucessão na Câmara dos Deputados. Elmar, como se sabe, também é o nome do atual presidente da Casa, Arthur Lira. A entrevista é longa, concedida a uma rádio do sistema, mas reproduzida pela edição impressa do Jornal. João Campos já asseumiu que os socialistas devem endossar o nome de Elmar Nasicmento para a presidência da Casa. Nesta aliança, João Paulo enxerga indícios de tessituras aliancistas desfavoráveis ao presidente Lula. Isso é verdade.   

Durante a entrevista, João faz referência àquele mecânico que socorreu o motorista com o seu carro quebrado na estrada e depois voltou à sua casa para cobrar pelos serviços prestados. A interpretação é livre. Consideramos curioso que ele tenha manifestado a opinião de que o PT possa apresentar uma candidatura própria ao pleito. É sempre bom ouvir alguém do Partido dos Trabalhadores com a espertise, a sensibilidade e a sinceridade do João. 

Editorial: Um exército de milicianos armados atuando no Rio de Janeiro.

 


Os números relativos a influência ou atuação das milícias no Rio de Janeiro são cada vez mais preocupantes. 60% do território já está sob o controle de grupos milicianos na capital e segundo o Mapa Histórico dos Grupos Armados isso representa uma população de 4,4 milhões de pessoas que residem em território sob a hegemonia desses grupos. Anda circulando na internet um vídeo com um dado ainda mais preocupante. Neste vídeo existe a informação de que, segundo avaliação da Inteligência da Polícia Civil, um exército de 56.600 homens armados defendem os interesses desses grupos milicianos com a atuação na cidade. 

Quando se fala em grupos armados, neste caso, entenda-se pessoas portando armamentos pesados como os fuzis que aparecem na foto acima. É este verdadeiro exército que as políciais militar e Civil do Estado precisam enfrentar para garantir o ordenamento institucional da segurança pública. O número de homens armados a serviço dos traficantes e milicianos chega a ser próximo ao mantido por exércitos regulares, a exemplo do Exército de Portugal. 

Sabe-se que esses grupos atuam como holding, com ramificações internacionais, o que talvez explique a facilidade com que tem acesso a esses armamentos pesados, que entram no país por diversos meios, inclusive sob a conivência de agentes públicos cooptados, que desviam armas regulares das unidades onde atuam. Curioso que parte desses agentes públicos, quando afastados de suas funções, acabam se integrando a esses grupos, com os quais já estabeleciam tais cumplicidades. 

Pelo menos no caso do Rio, já chegamos muito perto de uma mexicanização, onde até agentes públicos formados nas forças especiais, depois de cooptados por atrativas remunerações, acabam prestando serviços aos traficantes locais. Quando se analisa a quadra política, o problema torna-se ainda mais complicado porque ali crime organizado e política se tornaram irmães siamesas. Já iríamos infocar aqui a questão dos grupos evangélicos, mas vamos deixar isso para uma outra oportunidade. É bronca demais para o sábado dos nossos leitores.  

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 31 de maio de 2024

Editorial: PT sob nova direção em 2025. Edinho Silva é o mais cotado para assumir a presidência da legenda.

Quando Lula foi eleito presidente em 2022, especulou-se bastante sobre a possibilidade de Gleisi Hoffmann, Deputada Federal e Presidente Nacional do PT, ser indicada para ocupar um ministério no Governo. Lula tratou logo de dissuadí-la, afirmando que a desejava no comando da legenda. Agora, em 2025, o partido terá eleição para definir quem subtituirá a petista no comando da legenda. Natural que as movimentações em torno dessa eleição já estejam a todo o vapor. 

O Deputado Federal José Guimarães, do PT do Ceará, líder do Governo na Câmara dos Deputados, é um dos que desejam dirigir os rumos da legenda. Há, no entanto, uma articulação muito forte nos bastidores em torno do nome do prefeito de Araraquara, Edinho Silva, apadrinhado por figuras importantes do partido, a exemplo do próprio Lula, do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad e da eminência parda, José Dirceu, que pretende retomar sua carreira política. 

Diante do perfil assumido pelo partido na atualidade e com o apoio desses padrinhos, não enxergamos a menor chance para o José Guimarães, embora o seu pleito seja legítimo, conforme sugere a própria Gleisi Hoffmann. Gleisi, aliás, entrou em rota de colisão com Zeca Dirceu, depois de assumir que o partido apoirá a candidatura do socialista Luciano Ducci para concorrer à Prefeitura de Curitiba, quando Zeca Dirceu defende um candidato próprio da legenda.  

Editorial: João Campos comunica a Lula que o PT não indicará o vice em sua chapa de reeleição.


Até recentemente, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), encontrou-se, em audiência no Planalto, com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em meio às turbulências políticas que já rodam aquele ambiente de trabalho, o morubixaba petista recebeu mais uma notícia ruim. João Campos teria comunicado ao presidente, segundo um jornal paulista, aquilo que todos já sabiam, ou seja, o partido não indicará o vice em sua chapa de reeleição. 

O PT encontra dificuldades em algumas praças do país. Em João Pessoa, por exemplo, tais dificuldades poderiam ser contornadas se a Executiva Nacional da legenda ratificasse uma deliberação das instâncias deliberativas do PT local no sentido de realização das prévias para a definição de um dos candidatos. Como se observa, em algumas situações, essas dificuldades foram criadas por falta de habilidade ou mesmo para atender aos caprichos de alguns caciques da legenda.

Numa eleição praticamente casada com a de 2026, dificilmente o socialista se sentiria à vontade em entregar as chaves do Palácio Capibaribe a um petista antes de desincompatibilizasse do cargo para disputar o Governo do Estado, que é o seu grande projeto político. Cantamos essa pedra em inúmeras ocasiões por aqui.    

Charge! Junião via "X".

 


Editorial: Bancada BBB pode determinar o destino do Governo Lula 3


O Governo Lula 3 não enfrenta um bom momento. As turbulências políticas se tornaram recorrentes nos últimos dias, como as duas derrotas sofridas recentemente no Congresso. Temos um Governo acuado, na defensiva, tentando se proteger das investidas da oposição, principalmente aquela oposição que abraçou uma agenda tóxica, mas que se consolidou, na disputa de narrativas, junto a setores expressivos da opinião pública do país. 

É curioso como até o arroz que o Governo resolveu importar, diante da tragédia que ocorreu no Rio Grande do Sul, do ponto de vista das narrativas, está sendo trabalhado pela oposição bolsonarista como uma vingança contra os produtores, em razão do conhecido apoio e identificação desses produtores rurais ao ex-presidente Jair Bolsonaro. O danado é que essas narrativas grudam como nódoa de caju em amplos segmentos sociais, produzindo seus efeitos danosos na avaliação do Governo, sempre que os pesquisadores dos institutos de pesquisa saem a campo para colherem seus dados.  

Há uma manobra explícita de desgaste do Governo Lula, atuando em várias frentes. Se o tercerio Governo Lula não chegar ao seu final, boa parte dos créditoss devem ser dados a essa bancada BBB - Bala, Bíblia e Boi. O Planalto está amortecendo a pelota para saber qual o rumo que tocará a bola daqui para a frente. Como já expusemos por aquiaqui, algumas coisas podem ser feitas. Outras, simplementes, serão inúteis. Quando o Governo da ex-presidente Dilma Rousseff foi literalmente torniqueteado, em 2016, à época tivemos o apoio decisivo de uma bancada dos grilhões, formada por parlamentares que se identificavam ou defendiam os interesses de produdores rurais que mantinham em suas propriedades trabalhadores em condições análogas à escravidão. 

Principalmente aqui na Região Nordeste. O governo que sucedeu Dilma reteve o quanto pôde a divulgação da lista negra do trabalho escravo, que serve como indicador para a sociedade civil boicotar seus produtos, assim como os órgãos de fiscalização tomarem as medidas legais atinentes. À época, criamos até um termo para se referir a essa bancada, sempre seguindo a sequência da letra "B". Seria a bancada do Berço de Judas. 

Você precisa ler também: 

Crise no Governo Lula.  

Charge! Jaguar via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 30 de maio de 2024

Editorial: Governo Lula diante de um grande impasse de governabilidade.



Até recentemente, aqui em Pernambuco, a governadora Raquel Lyra(PSDB), através de uma portaria publicada no Diário Oficial do Estado, assinou a demissão de uma penca de servidores de cargos de confiança, todos eles indicados pelo PL. Comenta-se nos escaninhos da política local que nem os motoristas escaparam da degola. Embora os flertes da governadora ao Governo Lula tenham se consolidado nos últimos meses, neste caso em particular, esta não teria sido a motivação maior para ela se afastar do PL,de forma tão radical, um partido que, inclusive, contribuiu para a sua eleição ao Governo do Estado. 

Como se sabe, a orientação nacional do partido é no sentido de que os tucanos permanecerão em cima do muro, com projeto de se tornarem uma terceira-via, como opção ao eleitorado antipetista e antibolsonarista. No caso dessas demissões, no entanto, pesou uma atitude concreta. A governadora não estava contando com os votos desse partido durante votações importantes na Assembléia Legislativa. Recordamos desse eposódio diante do impasse que atravessa o Governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sob uma crise de governabilidade, diante das refregas das ruas e do Legislativo, onde sofreu duas derrotas fragorosas recentemente. 

Na realidade, a derrota não foi do Governo Lula, mas da sociedade brasileira, conforme enfatizamos por aqui. A nefasta experiência de um governo de corte protofacista mergulhou o país numa espiral de instabilidade institucional sem precedentes e consolidou uma agenda que se contrapõe ao respeito aos direitos humanos, assim como ao ordenamento constitucional. Isso é muito complicado. Outro dia o Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski afirmou que o Estado de São Paulo teria autonomia, mas seria aconselhável que seguisse as normas federais que estão sendo definidas sobre o uso de câmaras nos uniformes dos policiais. 

O danado é que o Estado mais importante da Federação está se configurando como uma trincheira de enfrentamento a essas políticas, esgarçando o emprego de uma agenda ultraliberal, com o apoio explícito de setores conservadores da sociedade, dos meios de comunicação e do empresariado da Faria Lima. Bordões como bandido bom é bandido morto ou privatizações a qualquer custo, pelo andar da carruagem política, nesses tempos bicudos, tem animado muita gente. 

Para além dessas conjectutas, em termos práticos, hoje, o Governo Lula não reuniria as mesmas condições do Governo Raquel Lyra no uso da caneta para responder aos seus auxiliares que não seguem a orientação do Governo. Tornou-se refém, na medida em que existe uma autonomia para a movimemtação das emendas parlamentares sem a rubrica do Palácio do Planalto. Mesmo quando o Governo assina essas rubricas, as respostas são insatisfatórias, como se viu nessas últimas votações sobre as Fake News e a PEC da Saidinha. Sugere-se que os partidos que ocupam ministérios na Esplanada foram aqueles mais infiéis nessas últimas votações. 

Ainda em termos práticos, instaurou-se uma crise no Governo Lula 3. O Governo tem três problemas imediatos a enfrentar. Em relação a dois deles haveria algum arranjo possível: Corrigir os equívocos na condução da articulação política e dotar a gestão de projetos e políticas públicas de alcance social efetivo, atingindo os diversos estratos sociais, o que talvez possa reverter a tendência renitente de desaprovação do Governo. Parece até um descalabro, mas há quem esteja sugerindo por aqui talvez um nome do Centrão para fezer essas articulações.  A outra questão, sobre a guerra de narrativas acerca de uma agenda civilitória para o país, essa, infelizmente, não há muito o que se possa fazer.O momento é realmente muito difícil.  

Os evangélicos, por exemplo, que vão aos presídios com suas pregações de vida eterna, de conversão de detentos, engrossaram as fileiras daqueles que impediram a aprovação de direitos humanitários para a população carcerária do país, a terceira população carcerária do mundo, mantida em verdadeiras masmorras, sem as condições mínimas de cumprirem suas penas em condições minimamente razoáveis. Tempos confusos, meus caros leitores.

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Editorial: Datafolha confirma equilíbrio na disputa paulista.



Nesta semana, três pesquisas de intenção de votos foram divulgadas sobre a disputa pela capital paulista. Realizadas por institutos destintos, em dois dos casos, o resultado encontrado são inegavelmente discrepantes, como foi o caso dos institutos Atlas\Intel e do Paraná Pesquisas. A gangorra aqui ficou bem evidente, mostrando ora o candidato Guilherme Boulo na dianteira, caso do Atlas\Intel, ora o candidato Ricardo Nunes, que concorre à reeleição, disparado na frente, bem acima da margem de erro, como foi o caso do Paraná Pesquisas

Agora foi a vez de o Instittuo Datafolha, no dia de ontem, 29, divulgar seus números sobre aquela disputa, apresentando escores de absoluto equilíbrio, com os dois candidatos rigorosamente empatados. Na série histórica dessas pesquisas, os números indicam, até este momento, uma tendência natural de equilíbrio de forças naquale praça, indicando uma eventual polarização entre Ricardo Nunes(MDB-SP), que representa setores conservadores e bolsonaristas, e o candidato do PSOL, Guilherme Boulos, representante do campo progressitas, com o apoio ostensivo do Palácio do Planalto. 

Chegamos até a produzir um texto, logo após a divulgação dos dados do Paraná Pesquisas, sugerindo um desarranjo nesse equilíbrio, talvez produzido pela entrada do empresário Pablo Marçal na disputa. De perfil igualmente conservador e antipetista, Marçal poderia mexer nesse equilíbrio, quem sabe penetrando em redutos eleitorais identificados com a candidatura de Ricardo Nunes. O nome do apresentador José Luiz Datena, cuja candidatura ainda não foi confirmada pelos tucanos, em tese, seria outro nome com potencial para mexer nas peças desse tabuleiro eleitoral.

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Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 29 de maio de 2024

Editorial: PT terá candidatura própria em João Pessoa.



A Executiva Nacional do Partido dos Trabalhadores, reunida no último dia 27, decidiu que o partido lançará uma candidatura própria para o pleito de 2024 na capital paraibana. Sabe aquelas situações confusas, onde você toma uma decisão equivocada e não tem mais como voltar atrás? É exatamente esta a situação do PT naquele Estado. Abdicaram das prévias, que seria um processo orgânico,com o engajamento da militância, soberano, legitimador, para resolverem contratar um instituto com o objetivo de realizar uma pesquisa para se saber quem teria maiores chances na disputa, entre os Deputados Estaduais Luciano Cartaxo e Cida Ramos. 

Existe, na realidade, uma ala de perfil oligárquico\burocrata que move moinhos, procura artifícios para referendar sua preferência por um dos candidatos. Não irão sacramentar tal processo sem deixar sequelas incuráveis em amplos setores da agremiação. Tudo seria mais simples se tal decisão sobre a escolha de um dos nomes fosse tomada a partir das prévias, anteriormente previstas. O candidato derrotado assumiria o compromisso de baixar as armas e apoiar o vencedor. Simples assim. Em tal processo ora proposto, não há hipótese de o partido caminhar unificado em torno do candidato escolhido.

Haveria, inclusive, no escopo da federação PT\PV\PCdoB quem optaria pelo apoio à candidatura do atual gestor do município, Cícero Lucena, do Progressistas. Cícero tem trânsito junto a um eleitorado de perfil conservador, mas abre espaço para a esquerda em seu Governo. Enquanto os setores progressistas não se decidem, o outro lado, os bolsonaristas, comemoram a formação da chapa Quero\Quero. Queiroga(PL) e Queiroz(NOVO). 

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O impasse do PT em João Pessoa. 

Editorial: Segundo o Paraná Pesquisas, Nunes abre ligeira vantagem sobre Boulos em São Paulo.

Crédito da Foto: Marcelo Pereira - Secom\Prefeitura de São Paulo. 

Foi divulgada no dia de hoje, 29, a mais recente pesquisa de intenção de voto para a Prefeiuta de São Paulo, num levantamento realizado pelo Instituto Paraná Pesquisas, entre os dias 24 e 28 de maio. No dia de ontem, 28, O Instituto Atlas\Intel também divulgou uma pesquisa sobre a disputa pela Prefeitura de São Paulo, apresentando números incrivelmente discrepantes dos resultados obtidos pelo Paraná Pesquisas, mas vamos deixar para comentar sobre este assunto numa outra oportunidade. 

Pelo resultado obtido pelo Paraná Pesquisas, Ricardo Nunes aparece com 33,1% das intenções de voto, enquanto o psolista Guilherme Boulos desponta com 26,9%. O dado a ser comemorado pelo staff político de Ricardo Nunes é o de que o candidato, pela primeira vez, pontua à frente de Guilherme Boulos, acima da margem de erro do instituto, que é 2,6% para mais ou para menos. Num eventual segundo turno, tal diferença é ainda mais signigicativa. 

O fato novo nesse levantamento é a inclusão do empresário Pablo Marçal na lista dos candidatos, uma vez que o seu nome foi referendado pelo PRTB. Ele aparece bem nos dois levantamentos, sobretudo para quem entrou na lista de candidatos pela primeira vez. O nome do Deputado Federal Kim Kataguiri(UB-SP) e o do apresentador José Luiz Datena(PSDB-SP) não aparecem porque suas candidaturas ainda estão sob análise dos seus respectivos partidos. Eis os números: 

Ricardo Nunes(MDB-SP)  33,1%

Guilherme Boulos(PSOL-SP)   26,9%

Tabata Amaral (PSB-SP)   11,5%

Pablo Marçal (PRTB)   6,9%

Marina Helena (NOVO)   4,1%

Altino Prazeres(PSTU)  0,9% 

Charge! Triscila Oliveira e Leandro Assis via Folha de São Paulo

 


Editorial: A política brasileira está doente.

Crédito da Foto: Lula Marques\AB


A oposição festeja enormemente as supostas vitórias inflingidas ao Governo Lula, no dia de ontem, durante votações no parlamento. Mantiveram o veto do ex-presidente Jair Bolsonaro relativo a não criminalização de divulgação de fake news, assim como derrubaram o veto mínimo que o presidente Lula propôs à PEC da Saidinha, aprovando o substitutivo como fora apresentado pelo Capitão Derrite, Secretário de Segurança Pública de São Paulo, filiado ao PL. Na realidade, em ambos os casos, estamos tratando aqui de uma derrota da sociedade brasileira, que se encontra bastante enferma. 

A única questão problemática que observamos em relação às fake news, aqui haveremos de concordar em alguma coisa, é sobre a eventualidade de definição de um grupo de pessoas que passarão a estabelecer o que é ou não verdade, bem ao estilo do Ministério da Verdade, descrito no livro 1984, de George Orwell. Embora a verdade hoje, nesses tempos bicudos, tenha se tornado apenas uma questão de "narrativa", ainda assim, o procedimento é perigoso. 

Precisaríamos de alguns ajustes por aqui, mas se conceber que as pessoas andem por aí utilizando seus aparelhos de celulares para dispararem mentiras contra A ou B, destruindo reputações, promovendo linchamentos morais como prática política, vai uma distância enorme. Descemos alguns degraus civilizatórios nos últimos anos e será difícil recuperá-los, diante de uma quadra política como esta na qual estamos operando. Comenta-se que o Presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, quase não conseguia anunciar o resultado da votação, diante do coro dos xingamentos dos parlamentares bolsonaristas contra o presidente Lula.