Fernando Henrique Cardoso e a presidente Dilma Rousseff já
foram mais gentis um com o outro. Numa demonstração de grande civilidade, FHC
foi convidado por Dilma ao Planalto, onde trocaram uns selinhos que
estremeceram os alicerces petistas. Fernando Henrique também fez declarações
afirmando que Dilma o teria surpreendido positivamente na condução do país.
Dilma nunca pediu satisfações ao partido quando precisou reconhecer os méritos
dos dois governos do tucano, mesmo que isso causasse urticárias nos petistas
mais enrustidos. Com o lançamento das candidaturas presidenciais, porém, as
farpas vieram de ambos os lados. Durante seminário tucano em Minas Gerais,
Fernando Henrique tascou o adjetivo de “ingrata” na presidente, afirmando que
ela havia “cuspido no prato que comeu”, numa alusão às pré-condições econômicas
obtidas no seu governo, que viabilizaram os amplos programas sociais da
coalizão petista. Também acusou o PT de ter usurpado os projetos sociais do seu
governo. É bom que se diga que a propalada “pavimentação econômica” tucano não
teria como objetivo minimizar os graves problemas sociais enfrentados pela
nação, mas preparar o país para a Alca. Se o Governo Lula tivesse embarcado
nessa canoa furada nós não apenas não teríamos realizado uma gigantesco
programa de segurança social, como, possivelmente, teríamos ido à bancarrota, a
exemplo dos países que seguiram o receituário de corte neoliberal à risca. Lula saiu em defesa de Dilma, afirmando que o ex-presidente precisava ficar calado. O PSDB continua mais enrascado do que nunca. Não consegue formular um discurso de contraposição ao PT, sobretudo em razão do enorme alcance social das políticas públicas de caráter inclusivo e de erradicação da pobreza dos petistas. Vão ficar remoendo em torno de si mesmos em 2014. Péssima largada.O PSDB especializou-se na demofobia.
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