Eduardo tem que ser
candidato em 2014
É difícil construir uma candidatura “do lado de cá”. Lula, Dilma e o PT fecharam a porta.
Saiu no Globo, o 12º voto no Supremo:
Campos dirá a Lula que será candidato em 2014
BRASÍLIA Figura mais presente nas polêmicas da política nacional nas últimas semanas, desde que deu o sinal verde para aliados entrarem em campo, o governador de Pernambuco e presidente do PSB, Eduardo Campos, só aguarda agora que o ex-presidente Lula marque a data do encontro pedido para depois do carnaval — quando deverá comunicar-lhe, pessoalmente, que não está disponível para vice na chapa de Dilma Rousseff e que é irreversível o desejo do partido de lançá-lo presidente já em 2014. Mesmo com encontros previstos com Lula e no palanque ao lado de Dilma dia 18, em Pernambuco, Eduardo Campos já tem uma extensa agenda para seu projeto pessoal de tornar-se conhecido nacionalmente.
Antes da eleição de 2010, o Oráculo de Delfos
disse a este ansioso blogueiro que Aécio Never tinha que sair candidato a
Presidente, ainda como Governador de Minas.
Pelo PSDB ou pelo PSB.Pelo PSDB, se tivesse gana de enfrentar a grana e o PiG (*) do Cerra.
Pelo PSB, para montar uma candidatura levemente de oposição a Lula e a Dilma – saía candidato contra o PT, mas permanecia do “lado de cá”, como costuma dizer o Oráculo.
“Lado de cá” é o dos pobres.
Como se sabe, Aécio preferiu um mandato de Senador, de irrelevante desempenho – terá ele votado no Renan?
(Sem contar, é claro, com o apoio do Farol de Alexandria, que não erra: se o Farol apoiou, não se elege…)
(A eleição de Aloysio 300 mil a senador por São Paulo se deve não ao fato de ter levado FHC para a campanha, mas porque a Folha (**) “matou” Romeu Tuma no … Sírio !)
O PSB sempre teve candidatos contra o PT, ainda quando Arraes estava vivo.
Garotinho, Ciro …
Um dia, na campanha que o Oráculo acompanhou de perto, Tancredo disse “o meu MDB não é o de Arraes”- como lembrou Mauricio Dias.
O PSB de Eduardo não é o de Lula e Dilma.
As divergências sobre a prefeitura de Recife deixaram, desde ali, muito claro que o PSB e o PT não eram caroço do mesmo angu.
De volta ao sempre sábio Oráculo de Delfos e à analogia com Aécio.
Eduardo Campos tem que ser candidato a Presidente em 2014, nem que seja para perder.
Em 2018, sentado no Senado, pode acontecer de tudo.
Lula voltar.
Haddad subir.
E ele no Senado, sem ministros, irrelevante.
Daqui pra frente será interessante descobrir qual o tema da campanha de Eduardo ?
O xoque de jestão ?
É do Aécio.
A defesa da moralidade e dos costumes, com pau no PMDB ?
Ciro Gomes tentou e não bastou.
(E o mensalão não cola nas costas da Dilma – nem do PT.)
A defesa do Gurgel ?
Não dá um voto no Morro do Alemão.
Como o Cerra, se não for o candidato tucano, fará de tudo para enterrar Aécio em sua insignificância, é bem provável que Eduardo vá para a disputa no papamóvel do Cerra e Bento XVI.
É muito difícil alguém conseguir construir uma candidatura a presidente “do lado de cá”.
Lula, Dilma e o PT fecharam essa porta.
Terá que ser uma candidatura “levemente do lado de lá”.
Quem a “oposição não-partidária”, como diz o Rui Falcão, o PiG (*), apoiará ?
Eduardo, Bláblárina, Aécio ou Cerra ?
Quem o Globope determinar.
Ou seja, quem a Globo quiser.
Em tempo: o texto de Maria Lima no Globo comete uma imprecisão. É mais fácil um burro voar do que o Lula romper a aliança com o PMDB. Que é o que significaria levar Eduardo para vice de Dilma, contra Temer.
Em tempo2: antes de lançar a candidatura, Eduardo tem que ter uma conversinha com Cid Gomes, de seu partido, no Ceará. Cid está com Dilma.
Paulo Henrique Amorim, Conversa Afiada.
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