pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: Em vídeo, Marilena Chauí afirma que Moro foi treinado pelo FBI
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terça-feira, 5 de julho de 2016

Editorial: Em vídeo, Marilena Chauí afirma que Moro foi treinado pelo FBI





Uma das notícias que mais repercutem no dia de hoje é a divulgação de um vídeo da filósofa Marilena Chauí, que denuncia uma espécie de complô, onde um dos principais atores envolvido é o juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Neste vídeo, Marilena afirma que Moro recebeu um treinamento que é característico do que o FBI fez no Macarthismo ( política de perseguição anticomunista adotada pelos EUA nos anos 50), centrado na intimidação e delação, com o propósito de desestabilizar politicamente o país, para obter a hegemonia americana sobre o pré-sal. A Lava Jato é o prelúdio da destruição da soberania brasileira para o século 21 e 22. Antes de mais nada, se os leitores nos permitem a divagação, depois da morte misteriosa do 5º elemento da Operação Turbulência, aqui no Recife, juntamente com as observações da filósofa, roteiros para bons filmes ou romances policiais no Brasil é o que não faltam.

Primeiro, gostaria de informar que sempre levei muito a sério a professora Marilena Chauí e jamais embarcaríamos nessa onda orquestrada pela direita coxinha no sentido de "desacreditá-la", tratando suas declarações como fantasiosas, inconsequentes, movidas pelo entusiasmo de militante petista, sem qualquer fundamentação na realidade. Quem desejar saber mais sobre o que andam afirmando sobre ela é só dá uma olhadinha no trend do Microblog Twitter onde ela ocupa um lugar de destaque, em franca ascendência. Não fosse por uma juventude que ocupa aquele espaço para extravasar suas emoções diversas, a filósofa, certamente, ocuparia o topo da lista. 

O que os seus críticas afirmam é que Marilena Chauí estaria delirando, fazendo afirmações descabidas e fantasiosas. Não creio. Primeiro pela responsabilidade intelectual da professora de filosofia da USP, uma persona que ocupa talvez o maior capital simbólico no campo da filosofia no Brasil. Ela não colocaria esse capital simbólico em jogo apenas para, como ocorre com alguns Olavos e Vilas, ocupar um espaço na mídia, que ela teria como obtê-lo de outra forma. Suas ligações com o PT também são conhecidas, mas isso também não a levaria a turvar seu pensamento, movida pela ideologia ou identificação partidária. E, por outro lado, mesmo correndo o risco de também ser tratado aqui como louco, devo dizer a vocês que concordo com ela.  

Na década de 50, o escritor americano Ernest Hemingway, depois de uma passagem por Cuba, passou a ser vigiado constantemente pelo aparelho de segurança dos Estados Unidos, embora, nesse período, tenha abastecido os americanos com informações importantes. Mesmo assim, os americanos não confiavam muito nele, em razão de suas confessáveis simpatias pelo comunismo. Quando comentava a esse respeito, as pessoas diziam que ele estava com alguma paranoia, típica de pessoas com distúrbios mentais. Ernest morreu, os anos se passaram e, logo depois, através de fontes do próprio serviço secreto, veio a confirmação de que, de fato, Ernest foi alvo das investigações do macarthismo, pelas razões expostas acima. Paranoicos mesmos eram os partidários do senador Joseph McCarthy, que perseguiram e puniram pessoas inocentes pela simples razão de pensarem diferente. Muitas atrocidades foram cometidas no período. Bastava eles desconfiarem de alguém e este alguém estava com a imagem destruída e os canais de trabalho obstruídos, como ocorreu com muitos atores e atrizes americanos.  

O que Marilena destrincha são alguns aspectos bem conhecidos da engrenagem golpistas em curso no Brasil, apontando alguns dos seus agentes e possíveis interesses em jogo. Alguém tem alguma dúvida sobre seus "patrocinadores"? Que a "banca internacional" está por trás disso? Sobre a identidade dos seus cumpinchas ou operadores locais? Seu propósito de privatizar o patrimônio e a soberania nacional? Essa engrenagem golpista mói de uma maneira muito bem urdida. A "cruzada contra a corrupção" constitui-se apenas num "apelo popular", além de ser descaradamente "seletiva" - bem ao estilo do macartismo, como afirma a filósofa - atingindo atores políticos notadamente do Partido dos Trabalhadores. 

A questão é de natureza política. Nem mesmo com a perícia de técnicos do Senado Federal confirmando que Dilma Rousseff não poderia ser responsabilizada pelas decantadas "pedaladas fiscais", o ânimo dos operadores não diminuiu nenhum pouco. A cabeça da presidente Dilma Rousseff, muito provavelmente, será entregue pelo Câmara Alta. Quem afirma que Marilena está louca ou é inconsequente ou deveria reavaliar suas posições. 


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