"Há nessas reformas - a trabalhista e a previdenciária - uma inequívoca intenção de corroer ainda mais o Estado de bem-estar social. Apesar das alterações cosméticas, em essência, o batom das más intenções continua o mesmo. Foi retirado do mesmo estojo de maquiagem de orientação neoliberal. De cara, ficam de fora de qualquer proteção os 40 milhões de trabalhadores do mercado informal. Isso num momento de crescimento do desemprego, o que indica o incremento desse contingente, alijados que serão da "formalidade parcial", como já é possível observar através da ocupação das ruas ou do exército de vendedores de água mineral e cremosinhos de todos os sabores. São vendedores de todas as idades e ambos os sexos, o que talvez tenha levado o estudioso sociólogo alemão Ulrich Beck a concluir que vivemos numa espécie de "democracia da economia informal" no país, quiçá, um verdadeiro "exemplo" para a Europa. Entendam como quiserem."
(José Luiz Gomes, cientista político, em editorial publicado aqui no blog)
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