pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO: Editorial: O massacre do PIG contra Lula
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sábado, 22 de abril de 2017

Editorial: O massacre do PIG contra Lula


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Sinceramente, diante dessas delações premiadas dos herdeiros, executivos e ex-executivos da empreiteira Odebrecht, fica muito difícil separar o joio do trigo nesse cenário de terra arrasada. Creio ser este o sentimento de todo o cidadão brasileiro, aqueles que acordam cedo, trabalham, pagam seus impostos e andam dentro da lei. Como afirmamos num editorial recente, ocorre aqui uma espécie de "banalização" da corrupção. Não sei se vocês prestaram atenção nisso, mas não percebi o menor constrangimento por parte dos delatores da Construtora Odebrecht ao revelarem os detalhes nas maracutaias das quais participavam, envolvendo agentes públicos. Assim como Adolf Eichmann, o nazista encarregado de transportar para a morte milhares de judeus durante a segunda guerra mundial. Questionado a esse respeito, ele afirmou que realizava apenas um "trabalho", da melhor maneira possível, sem qualquer clivagem de ordem ética. Desejava apenas o reconhecimento do chefe pela realização de um bom "trabalho". 

Um observador minimamente informado já percebeu que o circo já foi todo montado no sentido de uma condenação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A "movimentação" do PIG é absolutamente previsível, no sentido de criar o "clima" necessário para o despacho de um determinado juiz, que deverá ouvir o ex-presidente no próximo dia 03 de maio. Tudo muito bem concatenado, tudo muito bem orquestrado, obedecendo um cronograma previamente acordado. Independentemente dos leitores que estão lendo este texto - entre aqueles que consideram Lula culpado e aqueles que acreditam em sua inocência - creio não haver alguma dúvida sobre essa "ação integrada", envolvendo os "grandes jornais" da mídia impressa, os telejornais da emissora do plim plim e, naturalmente, aquela revista que possui a maior circulação semanal, que estampa na sua capa desta semana uma espécie de antecipação do veredicto. Quer dizer, culpado ou inocente, Lula será condenado. O editorial do jornal da família Marinho o trata como chefe de quadrilha. 

A rigor, o cerco se fecha contra o ex-presidente Lula. Se já havia uma "predisposição" no sentido de condená-lo, as circunstâncias se agravaram depois das declarações comprometedoras do dono da Construtora OAS, Léo Pinheiro. Léo era um espécie de amigo do peito do ex-presidente Lula. Encrencado no curso dos trabalhos da Operação Lava jato, segundo dizem, teria feito uma  declaração "sob medida" para incriminar o ex-presidente, inclusive dando munição ao tal juiz até mesmo para pedir uma prisão preventiva do ex-presidente, por obstrução da justiça, entendida como verdadeiras as declarações de Léo Pinheiro, que assegura que o ex-presidente teria pedido para que provas comprometedoras fossem destruídas. Assim como os advogados do ex-presidente, não acreditamos que o Léo tenha como "provar" as suas afirmações, mas, um clima de tanta insegurança institucional e jurídica, tudo torna-se possível. 

Este não é um momento nada bom para o ex-presidente Lula. O dano psicológico dessa perseguição sistemática é inevitável. Há quem informe que ele passou a ter um cuidado exagerado com a sua segurança, por ter a certeza de ser rastreado por seus algozes. Telefones celulares nem pensar. São terminantemente proibidos em suas conversas com amigos e interlocutores. As pesquisas de intenção de voto o aponta como o candidato que a aparece melhor posicionado, ma sua taxa de rejeição também é alta, acima dos 50% do eleitorado. Como ele mesmo informou, em razão dessa enrascada toda, "se deixarem" ele poderá ser candidato em 2018. Numa corrida maluca de candidatos que nunca foram testados nas urnas de uma eleição presidencial - como é o caso de Bolsonaro, Dória, Luciano Hulk - a imprevisibilidade do pleito é evidente, sobretudo neste momento de ascendência de candidatos com um perfil conservador. 

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