José Luiz Gomes da Silva
Cientista Político
Desde o início de sua gestão no Ministério da Educação, o ministro Mendonça Filho(DEM) atiça as expectativas em torno de uma disputa majoritária nas eleições de 2018, em Pernambuco. O cargo que ele disputará ainda se constitui numa incógnita, sobretudo em relação aos arranjos políticos da quadra estadual. Desde as últimas eleições municipais - onde o partido disputou a prefeitura do Recife com a vereadora Priscila Krause(DEM) - fica evidente uma estratégia partidária de "reinvenção" crescimento e consolidação da agremiação política. No plano nacional, está estratégia também parece nítida, se considerarmos as movimentações dos seus atores políticos de projeção nacional, inclusive o atual Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM-RJ), cujos objetivos políticos, por algum tempo, estiveram muito além de cumprir um possível mandato de transição num eventual impedimento do presidente Michel Temer(PMDB).
Cientista Político
Desde o início de sua gestão no Ministério da Educação, o ministro Mendonça Filho(DEM) atiça as expectativas em torno de uma disputa majoritária nas eleições de 2018, em Pernambuco. O cargo que ele disputará ainda se constitui numa incógnita, sobretudo em relação aos arranjos políticos da quadra estadual. Desde as últimas eleições municipais - onde o partido disputou a prefeitura do Recife com a vereadora Priscila Krause(DEM) - fica evidente uma estratégia partidária de "reinvenção" crescimento e consolidação da agremiação política. No plano nacional, está estratégia também parece nítida, se considerarmos as movimentações dos seus atores políticos de projeção nacional, inclusive o atual Presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia(DEM-RJ), cujos objetivos políticos, por algum tempo, estiveram muito além de cumprir um possível mandato de transição num eventual impedimento do presidente Michel Temer(PMDB).
Diante de um cenário político como o atual - de desgaste de lideranças políticas tradicionais - os Democratas não escondem de ninguém que desejam disputar o espaço do "novo", ou seja, apresentar ao eleitorado uma alternativa política que se enquadre neste perfil. As informações de que o partido já teria oferecido a legenda para uma disputa presidencial ao prefeito de São Paulo, João Dória(PSDB), coincide com declarações do presidente nacional da legenda, Agripino Maia, à imprensa. Numa espécie de coletiva, o presidente do grêmio político dos Democratas acena com a possibilidade de uma "reestruturação" da legenda, abrindo espaço, inclusive, para uma disputa presidencial com um nome "novo", assim como ocorreu na Argentina, onde a direita voltou ao poder através do voto, ao eleger Maurício Macri presidente da República.
Nesta proposta dos Democratas, o nome do Ministro da Educação, Mendonça Filho, teria sido cogitado para assumir a condição de vice, numa suposta chapa com o prefeito de São Paulo. A despeito de uma gestão complicada e posições políticas ainda mais delicadas, o empresário vem assumindo contornos de um potencial candidato presidencial, o que explica o assédio que vem sofrendo por parte de algumas legendas. A condição de "novato" lhes rede muitos dividendos, num momento de profunda "ressaca" do eleitorado com os políticos tradicionais, em meio a uma crise institucional sem precedentes. Dos "velhos", somente o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva(PT) ainda aparece bem na fita, mas se encontra profundamente encrencado nos rolos da Lava Jato.
Aqui na província pernambucana, depois de uma roda de diálogo do ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, com políticos locais, chegou a ser ventilada a possibilidade de o PT abdicar de uma candidatura própria ao Governo do Estado, em favor do nome do Deputado Sílvio Costa a uma das vagas ao Senado Federal na chapa oposicionista encabeçada pelo senador Armando Monteiro(PTB). O quadro aqui ainda encontra-se confuso, uma vez que a possibilidade de um diálogo petista com o Palácio do Campo das Princesas ainda não ter sido completamente descartada, apesar das dificuldades da travessia da ponte, notadamente depois das duras críticas do programa da agremiação à gestão do governador Paulo Câmara. Nossa opinião sobre o assunto já foi externada por aqui, mas em política tudo é possível.
Neste realinhamento de forças políticas conservadoras, o Estado de Pernambuco corre uma sério risco de não apresentar ao eleitorado um nome de perfil mais progressista, identificado com as lutas populares. O comportamento do PTB - e em particular do senador Armando Monteiro(PTB) - na votação da Reforma Trabalhista, por exemplo, deixa claro sobre qual DNA é movido o trabalhista pernambucano: o capital. É neste contexto que uma candidatura própria do PT seria estrategicamente ainda mais importante.
Os movimentos políticos indicam que o DEM, em Pernambuco, tem projeto majoritário. Um passarinho nos contou que o atual Ministro da Educação, Mendonça Filho, ocuparia uma das vagas em disputa para o Senado Federal. Se pela chapa governista ou pela chapa "oposicionista", ainda uma incógnita, mas é conhecido seu aconchego na Conspiração Macambirense. O próprio ministro, em encontro recente da legenda no Estado, teria admitido as dificuldades de uma retomada do diálogo com o Palácio do Campo das Princesas. Hoje ele está mais para os churrascos na Fazenda Macambira do que propriamente para os canapés oferecido pelo cerimonial do Campo das Princesas.
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