pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Os apuros de João Dória nas prévias tucanas.
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domingo, 24 de outubro de 2021

Editorial: Os apuros de João Dória nas prévias tucanas.

 


A despeito de todos os problemas, o governador paulista, João Doria Junior(PSDB-SP), construiu um capital político nada desprezível, num importante Estado da Federação, São Paulo, que possui um dos colégios eleitorais mais significaivos do país. Tem boas credenciais, como uma gestão bem avaliada e o cacife de ter tomado as medidas corretas no tocante à vacinação da população, o que o projetou nacionalmente, diante dos atropelos iniciais desse processo.  Junta-se a isso as sua espetise no mundo corporativo, o que o tornou um ator bastante competitivo no campo político. Mesmo com todo esse currículo, Doria enfrenta sérios problemas nas prévias tucanas, onde o governador gaúcho, Eduardo Leite(PSDB-RG), hoje, apresenta-se como um nome com possibilidades concretas de virar o jogo ao seu favor,  vencendo  os embates internos dentro do ninho tucano. 

Um dos motivos é que Doria é uma espécie de trator, capaz de atropelar pela frente qualquer obstáculo que se interponha às suas ambições políticas. As raposas políticas tucanas já perceberam isso claramente e acenam para a possibilidade de referendar um nome que seja mais contido e ponderado, capaz de abrir as negociações políticas em torno da viabilidade de uma "terceira-via' na disputa presidencial de 2022. Caciques das legendas que se aglutinam em torno dessa perspectiva já anteciparam que não haveria negociação com os tucanos se o nome referendado pelas prévias recair sobre o governador João Dória Júnior. 

Na realidade, grosso modo, a ideia das prévias tucanas - embora concebidas com as melhores intenções - parece que não estão dando muito certo. O debate entre Doria e Eduardo Leite foi aguado, morno, circunscrito, sem que acrescentasse, de fato, um plano nacional de governo dos candidatos, algo que pudesse acenar positivamente para um eleitorado maior, para além do ninho tucano. Diante disso, o fato cocreto é que o nome de Eduardo Leite passsou a ser melhor digerido pelo tucanato. Talvez nem tanto por suas qualidades, mas em razão da desconfiança e rejeição ao governador paulista, que costuma deixar desafetos pelo caminho, seja fora, seja dentro do ninho tucano. Até o senador Tasso Jereissati(PSDB-CE), que realizou um trabalho de destaque na CPI da Covid-19 e disputaria as prévias, já declarou seu apoio ao governador gaúcho. 

A este editor surpreendeu o fato de uma revista de circulação nacional ter apontado o Estado de Pernambuco entre os quais o diretório do partido ter declarado apoio ao nome de Edurdo Leite. Pelo andar da carruagem política, quando esteve aqui na província, a recepção ao governador paulista foi bem mais efusisva, tendo ele proferido um discurso já como se fosse, de fato, um candidato presidencial. Vamos aguardar os resultados das prévias, mas Doria, que aparecia no início como um postulante favorito, hoje figura como um azarão.   

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