Há, ainda, grandes indefinições acerca do quadro sucessório no Palácio do Campo das Princesas, que deverá mudar de inquilino nas eleições de 2022. Se, por um lado, o PSB ainda não bateu o martelo no tocante à escolha do candidato que disputará a manutenção da hegemonia de poder socialista - que já cumpriu 04 mandatos - por outro lado, a oposição ainda enfrenta alguns problemas de composição de chapa e arranjos políticos necessários para apresentar os nomes que deverão disputar o Governo do Estado naquelas eleições. A disputa presidencial, que ocorre simultaneamente, longe de ajustar as articulações políticas aqui na província, ao contrário, vem contribuindo para complexificar ainda mais essas definições, que envolvem a montagem dos palanques dos presidenciáveis aqui na província.
Creio que apenas em abril poderemos observar um cenário mais claro, contingenciado, inclusive, pelas performances obtidas pelos possíveis aspitantes aos cargos em disputa, como ocorre com o prefeito de Petrolina, Miguel Coelho(União Brasil), que, com fôlego de coelho, faz um périplo pelo Estado, conversando com forças políticas que poderão apoiá-lo naquele pleito. Salvo melhor juízo, apenas trancou a agenda para receber o novo herdeiro do clã. A candidatura de Miguel Coelho, aliás, parece ser irreversível, independentemente dos avanços ou não das negociações entre os jovens prefeitos oposicionistas que se habilitariam ao cargo, como é o caso da prefeita de Caruaru, Raquel Lyra(PSDB-PE)e Anderson Ferreira(PSC-PE), prefeito de Jaboatão dos Guararapes.
Anderson Ferreira e Raquel Lyra tem conversado bastante sobre o assunto, de onde se conclui que, dessas conversas, possa ser fechado algum acordo entre ambos. Dentre os três nomes acima, Anderson é aquele que mais claro e explicitamente se posiciona sobre o assunto, informando que irá se desligar da prefeitura de Jaboatão dos Guararapes e disputará o senado federal pela oposição. Sai, segundo as suas palavras, para derrotar o PSB. Evidente que Raquel Lyra precisará "metropolitanizar-se" e, para isso, o segundo colégio eleitoral do Estado pode dar a ela a contribuição que ela precisa neste sentido. A aliança com Anderson, portanto, é estratégica. Reune-se dois colégios eleitorais importantes: Agreste e Região Metropolitana. O que não pode se deixar de considerar é o impoderável na política, como sugerem alguns, observando que uma chapa com este perfil poderia ser invencível. Há outras variáveis em jogo.
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