pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O país do tapinha nas costas, das conveniências.
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segunda-feira, 1 de setembro de 2025

Editorial: O país do tapinha nas costas, das conveniências.



Assim como ao sociólogo Gilberto Freyre, nada mais nos surpreenderia neste país. Há vários integrantes da máfia dos combustíveis foragidos, o que levanta a suspeita de vazamento da operação Carbono Oculto, desencadeada recentemente pela Polícia Federal em várias praças do país, inclusive no coração financeiro de São Paulo, a Faria Lima. Isso não seria surpresa, principalmente em São Paulo, onde pseudos agentes públicos estão sendo indiciados por conluio com o crime organizado; Suspeita-se de um apartamento avaliado em R$ 5 milhões supostamente adquirido pela bagatela de R$ 125 mil, no papel, por um parlamentar que ocupa espaço de relevo na política nacional; Mas, o mais interessante para tratarmos neste início de semana - depois, claro, do julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro - é o arranjo que está se estabelecendo entre as federações partidárias que estão se formando - em sua maioria no sentido de construir uma alternativa presidencial a Lula - e os acordos para manterem os cargos no Governo Lula 3. 

Soube ontem que um dos principais líderes do PP deseja manter os seus indicados na direção da Caixa Econômica Federal, assim como o senador Davi Alcolumbre, do União Brasil, que permanece com os seus indicados no Governo - não demonstrando nenhum interesse em desembarcar neste momento - quando o partido prepara uma resolução definitiva sobre o assunto, indicando deixar a base de sustentação política do Governo. Até recentemente, de público - porque o que ocorre nos bastidores pode ser diferente - afirmou que seria de bom alvitre que quem estivesse cargos na máquina defendesse o Governo. A reivindicação é justa. É preciso mantermos um mínimo de coerência, embora se saiba que os proventos e as conveniências corroam a ideologia. 

Amanhã, dia 2, inicia-se o tão aguardado julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e outros integrantes do núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado do 08 de janeiro. Escrevemos até um livro tratando deste assunto, porque, pela primeira vez na História deste país as instituições democráticas farão uma ajuste de contas contra aqueles que tentaram solapá-la. Diluir o ímpeto desses sabotadores não é algo muito simples. Isto está muito relacionado à formação, onde se incute determinados valores. Não surpreende que um desses implicados, segundo os áudios que foram divulgados, tenha usado a expressão: democracia uma porra, numa demonstração clara de que não lhes ensinaram nada sobre o assunto. Serenidade e firmeza à Primeira Turma do STF, que conduzirá o julgamento.  

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