pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Oficialmente, União Brasil e PP decidem desembarcar do Governo Lula.
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quarta-feira, 3 de setembro de 2025

Editorial: Oficialmente, União Brasil e PP decidem desembarcar do Governo Lula.



A rigor, eles já não se empenhavam mesmo na estabilidade da governabilidade do Governo Lula 3. Portanto, o desembarque é apenas um ato de mera formalidade. O União Brasil, por exemplo, com dois ministros na Esplanada dos Ministérios, é o partido mais infiel da base de sustentação do Governo, de acordo com um levantamento realizado pelo jornal Folha de São Paulo. O problema, conforme já enfatizamos por aqui numa outra ocasião, são as benesses, a capilaridade, os proventos dos DAS's. Não há consenso sobre o assunto. Outro dia ouvimos um dos ministros desses partidos no Governo afirmar que não estaria descartada completamente a eventualidade do apoio ao projeto de reeleição de Lula. 

Um dia depois do "desembarque", nos bastidores se confirmam as eventuais dificuldades em largar a boquinha. O mais grave é que o Planalto não reúne as condições ideais de oferecer uma resposta objetiva que se contraponha a esta postura, ou seja, demitir os titulares e apaniguados indicados em todos os cargos no Governo. Vamos fazer a gráfica do DO funcionar a todo vapor. Infelizmente, Lula tem feito este jogo do apaziguamento desde o início, possivelmente em razão dessas dificuldades orgânicas de governabilidade. Em determinados projetos, até o PT vota contra o interesses do Governo. Agora, por ocasião, da perda de controle sobre o comando e relatoria da CPMI do INSS, a base mostrou corpo mole, segundo dizem, de forma deliberada. É num ambiente assim que líderes partidários costuram espaços na máquina, em acordos de coxias, que fogem às narrativas e bravatas públicas. 

Principalmente o PP, um dos partidos mais identificados com o chamado Centrão, se aproxima cada vez mais de uma candidatura de oposição ao Planalto, hoje capitaneada principalmente pelo governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, que, segundo dizem, pode mudar de partido a qualquer momento. E, por falar em Tarcísio, o Planalto acompanha com atenção seus movimentos em torno do projeto de anistia ao ex-presidente Jair Bolsonaro. A leitura é que seus movimentos estão contribuindo para emprestar ao projeto de anistia uma celeridade que não seria nada interessante neste momento. Recentemente ele afirmou - talvez se arrependa depois - que o seu primeiro ato como eventual Presidente da República seria assinar o indulto do ex-presidente. Dependente do humor dos brasileiros, tal confissão, inclusive, pode prejudicar seus projetos. 

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