pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO.
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terça-feira, 27 de agosto de 2024

Drops Político: O PT abandonou João Campos?

Crédito da Foto: Mariana Leal


 A senadora Tereza Leitão alegou que estava se recuperando de uma cirurgia. O senador Humberto Costa, por sua vez, argumentou que estava em viagem oficial naquele momento. Em todo caso, a ausência da cúpula do PT no Estado, por ocasião da inauguração do comitê de campanha do prefeito João Campos(PSB-PE), que concorre à reeleição com o apoio do partido, produziu uma espécie de estranhamento em alguns órgãos de comunicação. As conversas que surgiram depois não contribuíram para minimizar os danos da ausência. Um deputado estadual da legenda, integrante de um PT Lilás - em razão de sua afinidade com a governadora Raquel Lyra - observou que isso era reflexo das rusgas pela não indicação do nome que concorrerá a vice na chapa de reeleição de Campos, um pleito de longas datas da legenda petista. Sabe-se que João foi irredutível no tocante a este assunto. 

Por outro lado, determinadas alas da legenda poderão não acompanhar o projeto de reeleição de João. Setores de base, ligados aos movimentos sociais, tendências mais orgânicas do partido. Por sua vez, ainda é cedo para concluirmos algo sobre a burocracia ou cúpula da legenda neste sentido. Dirigente do partido no município já informou que o PT  está no projeto de reeleição do prefeito. A tendência é que ocorra com João o mesmo que ocorreu com o seu pai, Eduardo Campos. Sobretudo quando ele começa a sobrepor a eficiência gerencial às questões políticas. Quanto mais ele se aproxima dessa tese e ela alicerça sua carreira, maior a tendência a minimizar as questões de natureza ideológicas, vale dizer políticas. 

O jornal O Globo publicou uma matéria tratando deste assunto. 

Drops Político: Crime organizado pode está envolvido com os incêndios em São Paulo.



O crime organizado está tão organizado, que suas ações passam a ser de domínio público rapidamente, como em relação a esses últimos incêndios ocorridos em São Paulo. Os incêndios criminosos já estão dando prejuízos de milhões aos cofres públicos do Estado, através de liberações de créditos emergenciais para sanar a perda de lavouras. Os leitores vão nos perdoar o pessimismo, mas estamos em maus lençóis. Transformaram a política numa zorra na maior metrópoles do país; economia acumulando rombos de déficits que, em algum momento cobrará seus juros; entra governo e sai governo e permanecem os problemas com os povos originários e com o meio ambiente; saúde pública perdendo a guerra para os mosquitos; ausências de consensos no tocante à segurança pública. Difícil apontar onde estamos bem. 

Segundo a defesa civil, 99,9% dos incêndios em São Paulo podem ser atribuídos às ações humanas, possivelmente criminosas. Um cidadão preso em Goiás, no outro quadrante, admite que agiu por motivação política. No dia de ontem, circulou a informação de que o Governo de São Paulo instaurou um gabinete de crise para o enfrentamento do problema. Presume-se que as ações são criminosas, patrocinadas pelo crime organizado, em retaliação pelo combate ostensivo do aparelho policial do Estado aos seus pontos de comércio de entorpecentes, como o Porto de Santos. Momento difícil.  

Drops Político: Marçal dobra a aposta. Suas redes "reservas" já atingiram dois milhões de seguidores.



Recentemente, atendendo a uma ação do PSB, a Justiça Eleitoral derrubou as redes sociais do empresário Pablo Marçal, sob o argumento de que, eventualmente, pudesse está ocorrendo uma espécie de abuso do poder econômico, uma vez que o empresário estaria remunerando seus seguidores através dos cortes de vídeos. O juiz fez questão de deixar claro na sentença que a proibição seria apenas neste sentido, não se tratando, portanto, de nenhuma censura ao candidato. Antecipamos por aqui que a medida, embora acertada, pouco altera o quadro, posto que o candidato já teria um arsenal de manobras para se contrapor às medidas restritivas. 

O empresário utilizou-se de contas de reservas e hoje já possui dois milhões de seguidores. Ontem, durante a sabatina da Globo News, Marçal mudou a narrativa acerca de uma condenação na justiça. Não haveria mais como manter a bravata de que renunciaria à candidatura caso isso ficasse provado. Segundo matéria do Jornal Folha de São Paulo, o coach foi condenado, teve prisão decretada e depois relaxada em razão de sua colaboração com a Justiça. Marçal, segundo a Polícia Federal, teria informado nomes da quadrilha que operava com os chamados fishing, que consiste em pescar senhas bancárias através de e-mails falsos. Não dava mais para continuar negando. 

segunda-feira, 26 de agosto de 2024

Drops Político: Incêndios criminosos.


O presidente do IBAMA, Rodrigo Agostinho, acionou a Polícia Federal para investigar eventuais incêndios criminosos que estão ocorrendo no país. Se havia alguma suspeita no início, agora essas suspeitas estão confirmada. Dois homens já foram presos, acusados de cometerem esses incêndios. Um deles afirmou que cumpria ordens do crime organizado. O país está virando de ponta cabeça. As pessoas perderam completamente a noção de respeito, civilidade,  convivência ou tolerância com quem pensa diferente. Esse misto de fascismo cristão - sabe-se lá o que significa isso - está produzindo essas idiossincrasias, traduzidas nos ataques às religiões de matriz africana, cruzada contra grupos LGBTQIA+, petistas e afins. 

A política na principal metrópoles do pais virou um picadeiro de baixarias e ataques vis, encetados por um representante da antipolítica. Deixou um cenário tão turvo que ninguém sabe como enfrentá-lo. Nem os candidatos que também disputam o leito, tampouco os analistas políticos. A princípio, sugerimos não ausentar-se dos debates, mas discutir política à exaustão. Seria uma forma de o eleitorado, se acordado desse sono político, chegar à conclusão de que ele não tem propostas e, portanto, não se pode entregar as chaves de uma cidade como São Paulo a uma aventureiro. O grande problema é que a economia da atenção já desviou o eleitorado do seu foco há algum tempo. O que estamos presenciando já é reflexo disso. 

Drops Político: Quem confirmou presença o debate da Gazeta no próximo domingo?



Depois do que ocorreu com o debate organizado pela Revista Veja, não dá mais para confiar nas assinaturas de alguns candidatos que concorrem ao pleito da maior metrópoles brasileira. Todos assumiram que participariam do debate, mas alguns se recusaram a comparecer. Há quem assegure que teria sido algo articulado em conjunto, mas as informações sobre o assunto são dispersivas. As redes sociais estão anunciando que a TV Gazeta realiza seu debate no próximo domingo. Nesta segunda-feira é a vez da Globo News iniciar uma série de entrevistas com os candidatos que concorrem ao Edifício Matarazzo. 

O primeiro deles é o polêmico Pablo Marçal. Uma pena que, por um capricho do candidato, o eleitor seja privado de conhecer as suas propostas para a pólis. Fugir aos debates não é a melhor forma de enfrentar a antipolítica representada pelo candidato Pablo Marçal. Ao contrário. Até a virilidade dos fujões foi questionada durante a fala do Marçal.  Marçal não deseja discutir São Paulo porque ele não tem propostas para a cidade. É a primeira vez que eu vejo um candidato ser questionado sobre determinado tema e não responder absolutamente nada. Ausência nos debates reforça sua estratégia de antipolítica. Quando menos debate, melhor para ele. Assinem nosso perfil da Privacy. 

Drops Político: Não importa a cor do gato.



Desde que ele cace o rato, como diria o líder chinês Deng Xiaoping, quando a China percebeu que a economia socialista era ineficiente. A esfera política vem sendo perigosamente diluída no país nos últimos anos. O rolo compressor neoliberal, aliado à extrema direita - aqui delimitados apenas simbolicamente - podem explicar este fenômeno. As pautas dos candidatos, em sua maioria, já não se preocupam em estabelecer essas diferenças entre esquerda e direita. Até o radical Partido da Causa Operária já decidiu entrar no jogo da antes abominada democracia burguesa. Há alguns nomes da legenda disputando prefeituras municipais. Inclusive no Recife. 

O PCdoB, aquele mesmo da Guerrilha do Araguaia, está alinhado ao bolsonarismo aqui em Olinda. Não estranha, portanto, que, em entrevista recente, o candidato do PSB à Prefeitura do Recife, João Campos, quando perguntado se seria de esquerda ou de direita, teria respondido que é eficiente. De fato, resta pouca coisa de esquerda no palanque do candidato à reeleição no Recife. A estratégia, inclusive, diz respeito aos cuidados de não afugentar o eleitorado conservador do seu palanque. Um eleitorado, quem sabe até de matriz bolsonarista, que se identifica com a sua candidatura, a julgar pelo sua primeira eleição.  Assinem o nosso perfil na Plataforma Privacy e deixem seus comentários.  

Drops Político: A extrema direita está tocando fogo no país.



Há alguns anos atrás, numa universidade pernambucana, alguns estudantes foram agredidos por grupos de extrema direita durante a exibição de um filme. Logo em seguida, foi divulgada uma lista apócrifa, com o nome de diversos docentes que deveriam ser banidos da universidade, consoante os critérios ideológicos estabelecidos por esses grupos. Alguns professores sequer sabiam porque seus nomes constavam daquela lista. Não eram comunistas, não tinham como horizonte teórico o filósofo alemão Karl Marx, também não eram vinculados a algum partido de esquerda. 

O que mais causou indignação e estranhamento em alguns docentes é que nenhuma providência foi tomada no sentido de repelir atitudes do gênero, o que significa concluir por uma espécie de degenerescência legal, republicana de algumas instituições brasileiras durante aquele período. Desde então, os grupos nazistas e fascistas apenas cresceram no país. Aliás, o Brasil se tornou o país onde essas células mais crescem. O sociólogo Boaventura de Sousa Santos costumava advertir que, a despeito da derrota do bolsonarismo em 2020, não ficássemos acomodados porque a estrema direita internacional já havia escolhido o Brasil como um laboratório para as suas experiências macabras. Diante dos fatos, alguém tem dúvida sobre isso? Eles estão tocando fogo no país. Dizem que até literalmente.  Assine nosso perfil na Privacy e deixem os seus comentários. 

Editorial: Tabata parte para cima de Marçal.




Curioso como não é o candidato Guilherme Boulos, do antes radical PSOL, que resolveu partir para cima do candidato Pablo Marçal. Esta missão está sendo cumprida pela candidata Tabata Amaral, do PSB, que, a rigor, não seria aquela esquerda dos sonhos, a julgar pelo conjunto dos seus apoiadores. Boulos, por sua vez, está se tornando light, cumprindo um script previamente acordado com o Planalto, tentando desconstruir alguns estigmas da sua trajetória política do passado. O PSOl, com raras e honrosas exceções pelo Brasil - a candidata Dani Portela, do Recife, é uma delas - entrou de sola na chamada bacia semântica de Gilbert Durand.  

No Rio de Janeiro, o combativo Marcelo Freixo resolveu apoiar o nome de Eduardo Paes(PSD-RJ), hoje um candidato de centro-direita. Ele celebrou alianças tão radicais, que impediu, até este momento, a ascendência do bolsonarista delegado Ramagem. É a política cedendo espaço para o gerenciamento. Aqui no Recife, o candidato João Campos(PSB-PE) desconversou quando perguntado sobre se era de esquerda ou de direita. As supostas "contradições" do Governo Lula 3 com os chamados grupos históricos de apoio, como os professores universitários, já não podem mais serem consideradas apenas contradições, mas deliberações sobre os contornos políticos que o seu governo está assumindo. 

Tabata vem cumprindo bem este papel. Seja nos debates, seja nas redes sociais, seja através de sua assessoria jurídica, que conseguiu, por meio de uma decisão da Justiça Eleitoral, derrubar as redes sociais do empresário. Se ficar comprovado que ele pagava aos seguidores que faziam os chamados cortes dos seus vídeos, ele pode até perder a candidatura. Segundo comenta-se, o empresário teria retomado os seus perfis, de maneira célere, com a abertura de novas contas. Suspeita-se que de forma irregular. Vamos ampliar essas discussões? Assine o nosso perfil na Privacy e deixem seus comentários. 

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 25 de agosto de 2024

Editorial: A política brasileira em maus lençóis.



O ator francês, Alain Delon, morto recentemente, deixou uma declaração polêmica sobre seus últimos momentos neste plano. Falas assim sempre causam um forte impacto, geralmente negativo. Não foi diferente em relação ao ator francês, bastante criticado por suas declarações, onde ele observava que, passar mais tempo por aqui, talvez não valesse a pena. No dia ontem, tivemos o prazer de acompanhar uma palestra com um professor que admiro bastante, que sempre esteve ocupando um espaço privilegiado em nosso apreço, uma espécie de bússola teórica. Ali ele apontava para uma aliança perniciosa entre determinados segmentos sociais, com o potencial de destruir a política brasileira. 

Já imaginávamos que isso estivesse ocorrendo, a julgar pelos recorrentes processos explícitos de assédios morais dentro das repartições públicas brasileiras nos últimos anos. As chefias, que deveriam proibir esses abusos, integravam, na realidade, uma rede de conivência, permitindo tais licenciosidades. Bastava o indivíduo ser identificado contra a engrenagem do bolsonarismo para tornar-se vítima de perseguições, de inquéritos administrativos e expedientes congêneres. Várias instituições públicas enfrentaram esses problemas, principalmente aquelas onde era necessário cercear suas ações para a boiada passar. Ocorreu uma espécie de banalização dessas práticas. O mais espantoso é que a máquina continuou moendo, mesmo sobre a égide de um novo governo, de onde se conclui que a semente do mal não foi abolida. A erva daninha viceja. Ou o governo anterior não reuniu condições de extirpá-la ou tornou-se conivente com esses abusos, o que é mais grave. Instituições "aparelhadas" durante o bolsonarismo permanecem aparelhadas. 

Há uma aliança perniciosa entre grupos religiosos pentecostais e  neopentecostais, a extrema ou ultradireita, facções do crime organizado, grupos milicianos e pseudos agentes de Estado  ligados aos aparelho repressor. O amálgama de tudo isso é este fenômeno da economia da atenção, sob a égide da ideologia da prosperidade. Uma prosperidade até por caminhos tortuosos, como já se percebeu na engrenagem que une grupos evangélicos e facções, ou seja, a lavagem de dinheiro. O circuito do mal está completamente fechado, mesmo com alguns evangélicos achando que ainda vão para o céu, diante de tantos pecados. Os danos produzidos pelos quatro anos do bolsonarismo não mudaram em nada este cenário. A engrenagem continua moendo. Como disse Steve Bannon recentemente, nós ainda vamos sentir saudade de Donald Trump. Alguém consegue imaginar isso? Abriram as portas do inferno para fazermos o "M". 

Editorial: A difícil missão do PT em Belo Horizonte.

 


Alguém nos chamou a atenção para a situação complicada do PT em Belo Horizonte, cidade das mais importantes, capital de um estado com o poder de decidir uma eleição presidencial. O candidato do PT naquela  cidade, o deputado federal Rogério Correia, não aparece bem nas pesquisas de intenção de voto até aqui realizadas. Está embolado, num segundo pelotão, distante do apresentador Mauro Tramonte, que lidera até este momento. Tramonte é filiado ao Progressistas, partido que, em tese, é da base aliada do governo. Só me tese, como se sabe. pois, a princípio, a Executiva Nacional da legenda endossa o nome de Rogério Correia, que espera que o apoio de Lula possa alavancar sua candidatura. 

Os murmurinho dos bastidores advertem, no entanto, sobre a possibilidade de o partido rever esta situação, preocupado, sobretudo, com o projeto de Lula 2026. A renovação do contrato de locação do Palácio do Planalto passa, necessariamente, pelas Alterosas. Outra possibilidade seria trabalhar a desistência de alguns nomes aliados que estão na disputa, a exemplo da deputada federal Duda Salabert, do PDT.  A noticia menos ruim é que a disputa está embolada, indicando a possibilidade concreta de um segundo turno. Mauro Tramonte aparece com 27% das intenções de voto, mas, logo em seguida, aparece um segundo pelotão pontuando em média com 10% das intenções de voto. 

Duda Salabert pontua com 12% das intenções de voto, embora conte com uma taxa de rejeição expressiva, 27%. Rogério Correia aparece no Datafolha com 7% das intenções de voto. O mais sensato, neste caso, seria o PT encampar o projeto de fazer da deputada a prefeita de Belo Horizonte. Rogério, no entanto sempre esteve com o prestígio em alta na legenda. É um fiel escudeiro do lulismo

Charge! Jean Galvão via Folha de São Paulo

 


sábado, 24 de agosto de 2024

Editorial: Justiça determina suspensão das redes sociais do candidato Pablo Marçal.



A incrível ascensão do candidato Pablo Marçal nas pesquisas de intenção de voto realizadas nos últimos dias está produzindo um desnorteamento entre os seus adversários. O objetivo deles, neste momento, se traduz no uso de determinadas estratégias para impedir o seu crescimento como postulante à Prefeitura de São Paulo. Os recursos jurídicos ou denúncias sobre os seus métodos integram esse arsenal contra o coach. Segundo o Datafolha e o Paraná Pesquisas, o empresário conseguiu embolar o jogo da disputa, ficando num empate técnico entre Ricardo Nunes(MDB-SP) e Guilherme Boulos(PSOL-SP), assim como consegue bloquear as expectativas de crescimento de nomes como de Tabata Amaral(PSB-SP)e do apresentador José Luiz Datena(PSDB-SP). 

No momento, são todos contra Marçal. A exceção aqui é para a candidata do Novo, Marina Helena, sempre poupada pelo empresário no uso de sua metralhadora giratória. Marina Helena também disputa o voto bolsonarista, mas sem chance se substituir o empresário entre os eleitores bolsonaristas, o que, possivelmente, o leva a concluir que um eventual crescimento da candidata do Novo seria mais prejudicial aos seus concorrentes e não a ele. Hoje, dia 24, atendendo a uma solicitação do PSB, a Justiça Eleitoral determinou a suspensão de todas as redes sociais do candidato. A decisão ainda cabe recurso. 

Nossa impressão é que isso não altera significativamente o cenário. Fica evidente que os adversários não sabem ainda como enfrentar o empresário. O que está em jogo é a colonização da politica pela economia da atenção. E na economia da atenção, o empresário é hegemônico. É quase certo que ele já teria alternativas para enfrentar tal proibição. Marçal é reflexo desses tempos sombrios que o país experimentou com a ascensão da extrema-direita ao poder. Nossa única chance é a tomada de consciência do eleitorado no momento de sufragar o seu voto na urna eletrônica. Sonos políticos costumam produzirem os seus monstros. 

Charge! Marília Marz via Folha de São Paulo

 


sexta-feira, 23 de agosto de 2024

Editorial: Paraná Pesquisas confirma Datafolha. Cenário embolado em São Paulo.


Crédito da Foto: Bruno Santos\FolhaPress. 


Hoje, 23, foi divulgada mais uma pesquisa sobre a disputa eleitoral em São Paulo. Havia uma grande expectativa em torno do assunto, uma vez que a pesquisa do Instituto Datafolha produziu um rebuliço na disputa. Rebuliço em todos os sentidos. No que concerne aos resultados apresentados, que mostram mudanças substantivas na dinâmica da disputa, assim como no que concerne às analises acerca dos motivos pelos quais se verificou uma ascendência vertiginosa do influencer Pablo Marçal nas intenções de voto. 

Hoje foi iniciada uma verdadeira batalha campal pelas redes sociais no sentido de desconstruir a imagem de Pablo Marçal. Não sei se os seus adversários terão algum êxito por aqui. Os "cortes" também estão vindo do outro lado, na mesma capacidade de artilharia, com miras específicas e certeiras. É a mesma estratégia utilizada por Trump, nos Estados Unidos. Mal o adversário consegue se explicar sobre uma fake news e já existe uma outra delas circulando. No final, atinge-se o objetivo, uma vez que o caboclo acaba não se recuperando do trampo. Quando a justiça vem julgar todas as demandas, a eleição já tem terminado. 

Bem azeitado nas redes sociais, não faltará munição ao empresário. Isso é qualquer coisa, menos politica, mas, até o eleitorado tomar consciência sobre os fatos, o estrago já foi feito. Como afirmamos na última postagem, os danos institucionais, democráticos, civilizatórios, ambientais e de saúde pública produzidos pelo bolsonarismo ainda não foram suficientes. Se Marx estivesse vivo, certamente diria que a economia da atenção tornou-se o novo ópio do povo. 

O xadrez político das eleições municipais de 2024 no Recife: Nem sob o aquecimento do início da campanha, João derrete.



No dia de ontem, 22, foram divulgados os números das pesquisas realizadas pelo Instituto Datafolha, em todo o Brasil, procurando inferir sobre as intenções de voto em relação às próximas eleições municipais de outubro. Este editor gosta muito de simbolismos. Mantendo uma situação bastante confortável em relação à avaliação de sua gestão, o prefeito do Recife, João Campos(PSB-PE), levou um repórter a se perguntar se ele seria uma neve que não derrete. A referência do repórter dizia respeito ao fato de, durante o carnaval que passou, o prefeito ter "nevado" ou seja, pintado a cabeleira de louro, algo que alcançou grandes repercussões nas redes sociais. 

Pelo andar da carruagem politica, agora concorrendo à reeleição, sugere-se que, de fato, a neve não derrete. Nem sob o aquecimento dos adversários no início da campanha. A pesquisa do Datafolha traz o socialista ostentando uma folgada dianteira em seu projeto de continuar como inquilino do Palácio Capibaribe. João aparece ali com 76% das intenções de voto, possivelmente a melhor performance entre os candidatos que disputam a gestão de capitais no país, com possibilidades reais de liquidar a fatura ainda no primeiro turno. É tudo o que os seus adversários presentes e futuros não desejariam, mas está difícil derreter esta neve.

Mais de 60% da população recifense aprova a sua gestão. Sua taxa de rejeição é de apenas 7%, o que significa dizer que o gestor encontra-se em céu de brigadeiro. O Recife tem problemas? Sim. Muitos, mas a população parece ter dado um crédito a quem, de fato, mostrando serviços a pólis. Um outro dado que precisa ser melhor investigada depois dessas eleições é o papel da economia da atenção numa eleição. O prefeito mantém os melhores escores nas redes sociais. No nosso perfil na plataforma Privacy publicamos um texto onde tratamos deste assunto. Pode ser acessado por aqui. 

Editorial: Um tsunami antipolítica chamado Marçal.



Em entrevista recente, o guru da extrema-direita,  Steve Bannon, afirmou que o que vem por aí nos levará a sentir saudades de um Donald Trump. A ascensão do candidato Pablo Marçal na disputa pela prefeitura de São Paulo, fato verificado nesta última pesquisa do Instituto Datafolha, publicada no dia de ontem, 22, sugere que o ex-assessor da Casa Branca é um homem de extrema clarividência, independentemente de outros julgamentos. Sugere que o brasileiro não aprendeu nada com a experiência traumática produzida pelos quatro anos do bolsonarismo, onde descemos alguns degraus na escala civilizatória. 

Não vamos entrar aqui na biografia do candidato Pablo Marçal, mas vale a advertência sobre o cidadão que pretende sentar na cadeira do Edifício Matarazzo. Estamos tratando aqui com algo mais radical do que o bolsonarismo. Os escores levantados pelos institutos Atlas\Intel e Datafolha, de alguma forma, já haviam sido antecipados por este editor, que sempre enfatizou que teríamos mudanças substantivas na dinâmica competitiva do pleito paulista, depois do debate promovido pela Rede Bandeirantes. Marçal já aparece tecnicamente empatado com Nunes e Guilherme Boulos. 

Hoje, um dia depois da publicação da pesquisa, as redes sociais ligadas ao candidatos Guilherme Boulos tentam informar à população sobre com quem estamos lidando. Isso só ajuda o candidato a continuar ocupando o primeiro lugar no Trending Topics do Twitter. A contraposição dos bolsonaristas também é inócua e não ajuda muito , porque Pablo Marçal é aquele bolsonarista dos sonhos dos bolsonaristas. Entramos numa enrascada política dos diabos, uma vez que, quem deveria realizar essa clivagem, o eleitorado, mostra-se entorpecido, seduzido e fascinado pelo canto da sereia. Num ensaio intitulado O fascinante fascismo, a escritora americana Susan Sontag, discute os mecanismos utilizados por este agrupamento político para seduzir as massas. A economia da atenção faz hoje o que Leni Riefenstahl fazia no passado.  Para aprofundar um pouco mais essas discussões, sugerimos o nosso perfil na Privacy. 

Charge! Jaguar via Folha de São Paulo

 


quinta-feira, 22 de agosto de 2024

Editorial: Bolsonaristas contra bolsonaristas.



Nos últimos dias passaram a circular na imprensa posicionamentos de notórios bolsonaristas contra o empresário Pablo Marçal. Esta cizânia entre bolsonaristas é apontada por um consultor do Instituto AtlasIntel como um dos motivos que podem explicar a ascensão do coach na última pesquisa realizada sobre as intenções de voto para a Prefeitura de São Paulo, onde ele pontua com 16,3%, conforme levantamento do próprio Instituto. Vamos fazer uma afirmação por aqui. Os métodos utilizados na campanha pelo coach o aproximam irremediavelmente do bolsonarismo. Mais ainda: Se o prefeito Ricardo Nunes depender do voto bolsonarista para renovar o contrato de locação com o Edifício Matarazzo, estará encrencado, conforme sugerem o momento difícil que ele experimenta nas últimas pesquisas. 

Como diria Steve Bannon, em entrevista recente,  num exercício de futurologia, quando faz referência ao fato de que sentiríamos saudades de Donald Trump,  o coach pode ser algo mais radical do que o bolsonarismo tradicional. Ele é a incorporação da negação da política em última instância. Uma espécie de pós-bolsonarismo. Segundo alguns analistas observam, não sem alguma razão, os planos do rapaz vão muito além do Edifício Matarazzo. Marçal passou a ser um bolsonarista que incomoda o bolsonarismo, mas será inútil os bolsonaristas lançarem uma cruzada contra ele.

Recentemente, o ex-presidente Jair Bolsonaro chegou a afirmar que ele estava mentindo. Eduardo Bolsonaro, no dia de ontem, criticou a sua ausência num programa de um canal de um notório bolsonarista. A estratégia do coach, segundo se presume, seria eximir-se das perguntas embaraçosas sobre os corredores da capital federal. Nem ele se arriscaria a tanto. Para mais análise sobre as eleições em São Paulo, assinem o nosso perfil da Privacy por aqui.   

Editorial: Afinal, quem são os nossos "Gargantas Profundas".

Crédito da foto: The New York Times. 


Os leitores mais atentos já devem ter percebido que passamos a evitar tratar de determinados assuntos por aqui. A julgar como procedentes o que anda sendo revelado pelos nossos gargantas profundas tupiniquins, todo o cuidado ainda é pouco. Tempos bicudos esses que o país atravessa. São fake news, factoides, denunciações caluniosas, insegurança jurídica, tudo junto e misturado. O desregramento jurídico tornou-se a regra. Não espanta que até ator pornô tenha sido inserido nesses enredos nebulosos. É tudo por fora, ao arrepio do Estado Democrático de Direito. 

Na década de 70, nos Estados Unidos, uma desavença em torno da indicação do diretor do FBI, derrubou o presidente Richard Nixon. O garganta profunda Mark Felt, então preterido por Nixon para assumir a chefia do órgão, expôs a dois repórteres do The Washington Post, o enredo das ilegalidades do comitê de reeleição de Nixon, que usava agentes públicos para realizarem atividades ilegais de escuta no Partido Democrata, o que ficaria conhecido como o Escândalo Watergate. 

No Brasil estão à procura do nosso "Garganta Profunda". Algo sugere, no entanto, que nós não temos um, mas vários gargantas profundas. No curso da Operação Lava Jato, por exemplo, há um cidadão que já admitiu ter sido usado com tal finalidade, ou seja, colher informações ilegais dos implicados que estavam sendo investigados. Fala-se até numa festa da cueca. Mais informações sobre os escaninhos da política nacional, assine o nosso perfil por aqui.   

Charge! Laerte via Folha de São Paulo

 


quarta-feira, 21 de agosto de 2024

Editorial: Atlas\Intel divulga primeira pesquisa após o debate da Band.



Finalmente, a primeira pesquisa após o tumultuado debate organizado pela Rede Bandeirantes entre os candidatos que concorrem à Prefeitura da Cidade de São Paulo. Para este editor, nenhuma surpresa com os números apresentados, uma vez que, por mais de um momento, antecipamos por aqui que teríamos mudanças na dinâmica competitiva entre os concorrentes à cadeira do Edifício Matarazzo. Guilherme Boulos(PSOL-SP)segue na liderança, mas Marçal (PRTB-SP) encostou em Ricardo Nunes(MDB-SP), sendo o candidato que mais avançou desde a última pesquisa realizada pelo Instituto. 

Evidente que o estilo Marçal de fazer a antipolítica produziria seus efeitos danosos no processo eleitoral paulista, impondo a necessidade de os candidatos que realmente disputam o apoio do eleitorado, atendendo os requisitos de melhor condição ou preparo, conduta ilibada e o melhor programa para gerir a maior metrópoles do país repensem imediatamente as suas estratégias de campanha concedia no escopo da política. Com a entrada de Pablo Marçal na disputa, infelizmente, não é apenas isso que está em jogo. 

É isso ou a economia da atenção irá colonizar a política. Ninguém com um perfil melhor do que Pablo Marçal para fazer este serviço. Já temos um exemplo bem pertinho, aqui na Argentina. O Instituto Atlas\Intel ouviu 1.803 pessoas, entre os dias 15 e 20 de agosto, e a pesquisa está registrada no TSE\SP sob o protocolo SP-02504\2024. A margem de erro é de dois pontos percentuais para mais ou para menos. Para uma análise mais detalhada deste pesquisa, recomendamos aos leitores de assessores assinarem o nosso perfil da Plataforma Privacy por aqui. Eis os números. 

Guilherme Boulos(PSOL) - 28,05%

Ricardo Nunes( MDB) - 21,8%

Pablo Marçal (PRTB) - 16,3%

Tabata Amaral(PSB) - 12%

José Luiz Datena(PSDB) - 9,5%

Marina Helena (Novo) - 4, 3%


Editorial: A antipolítica de Pablo Marçal.



A postura do empresário Pablo Marçal no primeiro debate programado pela Rede Bandeirantes de Televisão levou três dos principais concorrentes à Prefeitura de São Paulo a desistirem de participar do debate seguinte, desta vez organizado pela revista Veja. Salvo melhor juízo, por quatro vezes a Justiça Eleitoral concedeu direito de respostas nas redes sociais do empresário, depois das acusações contra o deputado federal Guilherme Boulos, do PSOL. Nada mudou deste então na estratégia adotada por Pablo Marçal, conforme havíamos previsto por aqui. Inclusive durante o debate da Veja o empresário chegou a insinuar que teria novas revelações a fazer sobre o candidato Guilherme Boulos. 

De imediato, Marçal produz um estrago tremendo na política, ao afugentar os concorrentes de um dos principais fóruns de discussões e propostas para o enfrentamento dos problemas da pólis. Marçal faz uma espécie de antipolítica e os candidatos que ainda fazem politica terão que se desdobrarem em estratégias para não permitirem esse tipo de comportamento caracterizado pela fuga do confronto, o que só ampliam as possibilidades de êxito do empresário, uma vez que ainda não temos um eleitorado suficientemente esclarecidos para repelir esses tipos de antipolíticos. A ausência não deixou de ser explorada por Pablo Marçal.  

Veja-se o caso da Argentina, por exemplo, veja-se o caso dos Estados Unidos. E, por falar nos Estados Unidos, numa entrevista recente,  o guru Steve Bannon observou que ainda vamos sentir saudades do Donald Trump, ou seja, o que vem por aí é muito pior no contexto das tessituras engendradas pela extrema-direita, alicerçada na economia da atenção, algo que está destruindo completamente a política. Um espectro perigoso ronda a pólis. Em Santa Catarina já existe até caricatura de Javier Milei disputando vaga na câmara de vereadores. No último debate da Veja, Pablo insinuou que os candidatos ausentes teriam participado de um jantar num restaurante, com o propósito de ajustarem a não participação no debate. Não houve o jantar. Datena, inclusive, confirmou que deixou de comparecer por orientação do seu marqueteiro. Pensando bem, está na hora de ocorrer esse jantar.  O cardápio? Como salvar a política. 

Para um maior aprofundamento sobre os rumos das próximas eleições municipais, assinem o nosso perfil da Plataforma Privacy, que pode ser acessado por aqui. Neste semana iniciamos uma série sobre o que se espera de um prefeito. 

Charge! Pedro Vinicio via Folha de São Paulo

 


terça-feira, 20 de agosto de 2024

Editorial: Ausências de Boulos, Nunes e Datena prejudicam debate da Veja.



A princípio, as ausências dos candidatos Ricardo Nunes(MDB-SP), José Luiz Datena(PSDB-SP) e Guilherme Boulos(PSOL-SP) foi apresentada como algo articulado em conjunto, ou seja, um acerto entre as assessorias desses postulantes à Prefeitura de São Paulo, motivada, sobretudo, em razão dos contratempos ocorridos durante o debate promovido pela Rede Bandeirantes. Os candidatos acima, apesar de terem assinado um documento informando que estariam presentes, deixaram de comparecer ao debate promovido pela revista Veja, a Escola de Superior de Propaganda e Marketing e o Instituto Paraná Pesquisas. O debate foi realizado assim mesmo, com as presenças de Tabata Amaral(PSB-SP), Pablo Marçal(PRTB-SP) e Marina Helena(Novo). 

A ausência de Datena, Boulos e Nunes prejudicaram sensivelmente um debate tão bem-organizado por aquele tradicional veículo de comunicação e, mais importante, impediu que o eleitor pudesse aprofundar suas análises sobre os candidatos que concorrem à cadeira do Edifício Matarazzo. Um desrespeito com o eleitorado, algo a ser muito bem repensado pelas assessorias dos candidatos. Não é porque um candidato não se comporta de forma civilizada durante esses encontros que os demais devem desistir participar dos mesmos. Há coisas bem mais sérias em jogo.  

Numa entrevista, logo após o debate da Veja, o apresentador José Luiz Datena informou que deixou de comparecer não por uma combinação com os demais candidatos, mas por recomendação do seu marqueteiro de campanha, que deverá indicar agora aqueles debates aos quais ele pode comparecer. Uma pena que as eleições para a principal metrópoles do país tenha chegado a este ponto. Pelo andar da carruagem política, vamos ter um eleição marcada por um nível que não seria o ideal. 

Charge! Benett via Folha de São Paulo

 


segunda-feira, 19 de agosto de 2024

Editorial: Vamos ter os próximos debates apenas com Marçal?



Situação bastante complicada, se entendermos como verídicas as informações que estão circulando pelas redes sociais. O que se especula é que candidatos como Ricardo Nunes(MDB-SP), José Luiz Datena(PSTU-SP) e Guilherme Boulos(PSOL-SP) analisam a possibilidade de não mais comparecerem aos próximos debates, em razão do comportamento beligerante do candidato Pablo Marçal, do PRTB. Antes, já tínhamos a informação relativa ao candidato Guilherme Boulos, massacrado no primeiro desses debates, organizado pela Band, depois que o empresário andou exibindo em seu rosto uma carteira de trabalho, atitude que alcançou ampla repercussão nas redes sociais. 

Quem perde com isso é a nossa democracia. Onde já se viu alguém ser eleito sem discutir suas propostas com a população, ser confrontado, de forma respeitosa e republicana, ou mostrar que tem capacidade e espírito público para ocupar o cargo? Fica realmente complicado. Esses debates já chegaram aos formatos atuais exatamente para permitir que eles ocorram dentro de parâmetros civilizados, evitando, tanto quanto possível, tais descalabros entre os concorrentes. Por outro lado, seria uma missão impossível tentar demover o candidato Marçal desse comportamento. É o estilo dele. Algo que estimula seus séquitos de apoiadores nas redes sociais. 

Estamos diante de um impasse. O país enfrentou um retrocesso civilizatório nos últimos anos, algo que nos levam a concluir que as clivagens do eleitorado não vão no sentido de repelir tais atitudes. Marçal ganhou disparado nas redes sociais depois das provocações e presumimos que continue bem nas próximas pesquisas de intenções de voto. Este é o dano dos quatro anos de governo de tendência autoritária, de extrema-direita, que flerta com o fascismo e atiçou a ira contra seus opositores através desses expedientes, que foram simplesmente banalizados. 

Eleições 2024 - O que esperamos de um bom prefeito.



Conforme prometemos aos leitores, a partir de hoje, dia 19, estaremos levantando essas e outras discussões pelo nosso perfil da plataforma Privacy, que pode ser acessado por aqui. Elencamos uma série de pré-requisitos que devem nortear a escolha dos candidatos a prefeito pelos eleitores. Consoante o atendimento desses pré-requisitos, afunilam-se a margem de escolha dos gestores das cidades. Um dos requisitos diz respeito ao cumprimento daquilo que ele promete em campanha, como uma forma de compromisso firmado entre os candidatos e os eleitores. Neste caso, os leitores estarão nos perguntando: e se o candidato não possui experiência na gestão da polis? Ora, ele precisará demonstrar essa sua capacidade fazendo alguns deveres de casa básico, credenciando-se para tal, com o domínio de conhecimento sobre os problemas da cidade, assim como propostas para solucioná-los. 

Esses assuntos serão discutidos sistematicamente pelo nosso perfil na plataforma, de maneira mais densa, permitindo que tratemos pelo blog questões de caráter mais jornalístico. As recomendações que trataremos durante essas discussões se aplicam a todos os candidatos que concorrem à prefeito em todo o país. Aqui em Pernambuco, o Jornal do Commércio tomou uma iniciativa das mais importantes, ao levantar vários problemas da cidade, onde se presume que o próximo gestor possa demonstrar sua capacidade em lidar com tais problemas. O eleitor pode avaliar suas capacidades durante os debates que estarão sendo programados ou pela propaganda gratuita pelo rádio e a televisão. É assim que se exercita a democracia. 

Dando importância às propostas dos programa de governo dos candidatos - e sendo democrático com todos os participantes - um dia antes da campanha, o jornal publicou a proposta de todos os candidatos, inclusive aquela de partidos sem grande representatividade parlamentar, como é o Partido da Causa Operária. da UP, do Novo e do PSTU. Candidatos e assessores, assinem o nosso perfil e vamos discutir essas questões por ali. 

Charge! João Montanaro via Folha de São Paulo

 


domingo, 18 de agosto de 2024

Editorial: A interpretação do "sincericídio" de Jair Bolsonaro.

 


Na semana que passou correram rumores de que o candidato Ricardo Nunes(MDB-SP) estaria preocupado com os elogios proferidos pelo ex-presidente Jair Bolsonaro sobre o seu rival na disputa pela Prefeitura de São Paulo, Pablo Marçal, do PRTB. Na mesma entrevista, o ex-presidente teria dito que Ricardo Nunes não seria o seu candidato dos sonhos, o que levou muita gente a interpretar que ele poderia desembarcar do apoio ao atual gestor da cidade para apoiar o empresário Marçal. Tudo uma questão de interpretação. 

Ricardo Nunes talvez nunca tenha sido, de fato, o candidato dos sonhos do ex-presidente, o que não significa dizer que, diante da frente montada pelo prefeito, que inclui o seu PL, ele deixaria de apoiá-lo. Marçal negou que tivesse mantido uma conversa com o ex-presidente, no que foi cabalmente desmentindo por Bolsonaro, durante a entrevista concedida à CNN. Ainda nesta entrevista, Bolsonaro fez elogios à postura de Marçal como candidato, que também não significa concluir que pretenda apoiá-lo. Mais uma situação onde as narrativas podem ser distorcidas, mediante alguns interesses em jogo. 

Com as barbas ralas de molho, o prefeito Ricardo Nunes, por dúvidas das vias, conversou com o governador Tarcísio de Freitas no sentido de envolver de imediato o ex-presidente em sua campanha, possivelmente antes do previsto. Outro fator que preocupa é a predisposição do eleitorado bolsonarista em fazer o "M".