Crédito da foto: The New York Times. |
Os leitores mais atentos já devem ter percebido que passamos a evitar tratar de determinados assuntos por aqui. A julgar como procedentes o que anda sendo revelado pelos nossos gargantas profundas tupiniquins, todo o cuidado ainda é pouco. Tempos bicudos esses que o país atravessa. São fake news, factoides, denunciações caluniosas, insegurança jurídica, tudo junto e misturado. O desregramento jurídico tornou-se a regra. Não espanta que até ator pornô tenha sido inserido nesses enredos nebulosos. É tudo por fora, ao arrepio do Estado Democrático de Direito.
Na década de 70, nos Estados Unidos, uma desavença em torno da indicação do diretor do FBI, derrubou o presidente Richard Nixon. O garganta profunda Mark Felt, então preterido por Nixon para assumir a chefia do órgão, expôs a dois repórteres do The Washington Post, o enredo das ilegalidades do comitê de reeleição de Nixon, que usava agentes públicos para realizarem atividades ilegais de escuta no Partido Democrata, o que ficaria conhecido como o Escândalo Watergate.
No Brasil estão à procura do nosso "Garganta Profunda". Algo sugere, no entanto, que nós não temos um, mas vários gargantas profundas. No curso da Operação Lava Jato, por exemplo, há um cidadão que já admitiu ter sido usado com tal finalidade, ou seja, colher informações ilegais dos implicados que estavam sendo investigados. Fala-se até numa festa da cueca. Mais informações sobre os escaninhos da política nacional, assine o nosso perfil por aqui.
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