Situação bastante complicada, se entendermos como verídicas as informações que estão circulando pelas redes sociais. O que se especula é que candidatos como Ricardo Nunes(MDB-SP), José Luiz Datena(PSTU-SP) e Guilherme Boulos(PSOL-SP) analisam a possibilidade de não mais comparecerem aos próximos debates, em razão do comportamento beligerante do candidato Pablo Marçal, do PRTB. Antes, já tínhamos a informação relativa ao candidato Guilherme Boulos, massacrado no primeiro desses debates, organizado pela Band, depois que o empresário andou exibindo em seu rosto uma carteira de trabalho, atitude que alcançou ampla repercussão nas redes sociais.
Quem perde com isso é a nossa democracia. Onde já se viu alguém ser eleito sem discutir suas propostas com a população, ser confrontado, de forma respeitosa e republicana, ou mostrar que tem capacidade e espírito público para ocupar o cargo? Fica realmente complicado. Esses debates já chegaram aos formatos atuais exatamente para permitir que eles ocorram dentro de parâmetros civilizados, evitando, tanto quanto possível, tais descalabros entre os concorrentes. Por outro lado, seria uma missão impossível tentar demover o candidato Marçal desse comportamento. É o estilo dele. Algo que estimula seus séquitos de apoiadores nas redes sociais.
Estamos diante de um impasse. O país enfrentou um retrocesso civilizatório nos últimos anos, algo que nos levam a concluir que as clivagens do eleitorado não vão no sentido de repelir tais atitudes. Marçal ganhou disparado nas redes sociais depois das provocações e presumimos que continue bem nas próximas pesquisas de intenções de voto. Este é o dano dos quatro anos de governo de tendência autoritária, de extrema-direita, que flerta com o fascismo e atiçou a ira contra seus opositores através desses expedientes, que foram simplesmente banalizados.
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