pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Bolsonaristas nas ruas pela anistia.
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domingo, 16 de março de 2025

Editorial: Bolsonaristas nas ruas pela anistia.



Logo mais, em Copacabana, os bolsonaristas estarão se concentrando para a primeira de uma série de mobilizações populares em defesa da anistia aos envolvidos e condenados pelos atos golpistas do 08 de janeiro, em Brasília. Segundo dizem patrocinadas pelo pastor Silas Malafaia, o evento contará com a presença de personalidades da política nacional, a exemplo dos governadores Tarcísio de Freitas, de São Paulo, Cláudio Castro, do Rio de Janeiro, o ex-presidente Jair Bolsonaro, os filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro, o senador Magno Malta, os deputados federais Nikolas Ferrreira e Gustavo Gayer. Por algum motivo, a esposa do ex-presidente, Michelle Bolsonaro, que sempre aparece muito bem nas pesquisas de intenção de voto para a Presidência da República, não estará presente ao encontro. 

O evento ocorre um pouco depois de nossa democracia completar 45 anos de existência, quando nomes que participaram dessa reconstrução vem a público para afirmar que as nossas instituições são sólidas ou que a nossa democracia é estável. O cenário que enxergamos não é bem este. Desde 2013 que enfrentamos alguns solavancos políticos, e quase o edifício ruiu em 2023, quando um projeto autoritário chegou a se pensado, articulado e por pouco não executado. A Polícia Federal num trabalho exemplar, desvendou toda essa trama, apontando as responsabilidades dos autores, recomendando seus indiciamentos pelos atos golpistas, algo que já se encontra sob a apreciação da Suprema Corte. Gente graúda, inclusive militares que já se queixam da omissão dos pares.  

O nosso sistema político democrático e republicano precisa, necessariamente, se contrapor aos seus algozes.  Quem ler Gilberto Freyre fica sabendo porque, no Brasil, tudo se resolve com um tapinha nas costas. O Brasil talvez seja um caso único de experiência golpistas onde violadores dos mais elementares direitos humanos passaram para o outro plano sem serem cobrados sobre as atrocidades cometidas durante o período de exceção. Se continuarmos nesse diapasão, o mais provável é que essas iniciativas de caráter golpistas continuem vicejando entre nós.  

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