pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: Uma demonstração de força de Raquel Lyra.
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terça-feira, 11 de março de 2025

Editorial: Uma demonstração de força de Raquel Lyra.



Bastante concorrido o ato de filiação da governadora Raquel Lyra ao PSD, realizado no dia de ontem aqui no Recife. Foi um ato de demonstração de força política da governadora. Ladeada pelo presidente nacional da legenda, Gilberto Kassab, Raquel Lyra conseguiu reunir várias tribos políticas do estado em torno do evento, além de lideranças nacionais do futuro partido, principalmente mulheres, há poucos dias da comemoração do seu dia. Kassab não perdeu a oportunidade de já vislumbrar um futuro político brilhante para a nova filiada, quem sabe uma candidatura presidencial em 2030. Se a presença de lideranças nacionais podem ser entendida como atos civilizados de boas-vindas à nova filiada à legenda, por outro lado o que talvez não tivesse no radar de alguns observadores foi a presença de lideranças políticas estaduais ao evento, quando se sabe que a governadora não moveu uma palha no sentido de envolver seus apoiadores no projeto de filiação ao novo partido. Não ainda. Dizem que é coisa daqui para a frente. Tudo a seu tempo. 

Pelas movimentações políticas, em princípio, ela não terá dificuldades de contar com o apoio dos prefeitos hoje ainda filiados ao PSDB. Um outro indicador interessante é que a sua vice, Priscila Krause, filiou-se à legenda assegurando que não se filiaria a um partido de fizesse oposição a governadora, mesmo em se sabendo dos flertes de algumas lideranças do partido ao Palácio Capibaribe. Chegamos até a imaginar que o movimento da governadora no tabuleiro do xadrez político do estado poderia até mesmo favorecer o prefeito João Campos, sem que ele movesse um peão. Ou seja, se já havia algum flerte, a tendência natural da legenda seria apoiá-lo em 2026. Pode não ser bem assim. 

Durante sua fala, uma expressão usada pela governadora foi interpretada como uma indireta ao seu provável adversário político nas eleições estaduais de 2026. Ela afirmou que não estava disposta a esquentar cadeira para quem imagina que é dono do poder. Gestos em política são emblemáticos, principalmente em ocasiões dessa natureza. Até mesmo as cortesias do ex-Ministro da Educação, Mendonça Filho, foi interpretada uma eventual insatisfação nas hostes do União Brasil estadual, interpretação logo refutada pelo ex-ministro. A jogada de maior risco de Raquel será seu posicionamento em relação às eleições presidenciais de 2026. Tida como aliada do Planalto, numa legenda que compõe a base de apoio ao Governo Lula 3, mas que alimenta expectativas de candidatura ao Planalto e tem sido sondada sobre um eventual desembarque do governo. 

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