Estávamos fazendo uma leitura das linhas de ações que o Governo Lula 3 deve adotar para reverter a baixa avaliação que ostenta neste momento. Já vamos aqui antecipar um diagnóstico preocupante, embora haja uma narrativa, por parte dos integrantes do Governo, de que a hora da colheita está chegando, externamos aqui o nosso pessimismo em relação ao assunto, embora não esteja na relação daqueles cem empresários ouvidos recentemente por um instituto de pesquisa. Há indícios de que a conta não deve bater. Trata-se de uma equação orientada pela isenção de impostos, como é o caso das pessoas que recebem até cinco mil reais; ampliação de programas como o Minha Casa Minha Vida, com uma linha de crédito para atender às demandas da classe média; incremento de programas como o Pé-de-Meia, que atende aos jovens estudantes do ensino médio de escolas públicas; ampliação do auxílio gás e do farmácia popular; além da aposta na supersafra de alimentos, que pode contribuir para reduzir os preços dos produtos, mantendo sob controle os índices inflacionários.
Não temos muita certeza sobre isso, daí sugerirmos as ponderações necessárias dos leitores, mas as mudanças de rubrica do orçamento, recentemente aprovado, sugerem a fragilização dos programas sociais já existentes - e, portanto, envelhecidos - dando-se prioridade aos novos programas, o que talvez atinja níveis mais efetivos de repercussão junto à sociedade. A conta, no entanto, não bate. Além da inflação, outra dor de cabeça para o governo diz respeito à segurança pública, onde não se vê, exceto por uma PEC da Segurança que teria sido ampliada, uma preocupação maior com esta questão, que deve fustigar as resistência do Governo Lula 3 até as eleições de 2026, constituindo-se numa bandeira de luta da oposição. Só não pode ter contenção de recursos é para as emendas dos parlamentares, eivadas de denúncias de recebimento de propinas por parte dos parlamentares.
Lula encontra-se em viagem pelo Japão, com a presença de Hugo Motta, Presidente da Câmara dos Deputados, e com David Alcolumbre, Presidente do Senado Federal. A imprensa especula que seria um bom momento para as articulações políticas em relação às pautas de interesse do Governo nas duas Casas, a exemplo da aprovação da isenção de imposto de renda para quem ganha até cinco mil reais; assim como em relação à apreciação da proposta de anistia, que o governo abomina a ideia, mas há chance de avançar, em razão dos compromissos assumidos pelos dirigentes das Casas Legislativas com a oposição.
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