pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O desespero do PT no maior colégio eleitoral do país.
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segunda-feira, 31 de março de 2025

Editorial: O desespero do PT no maior colégio eleitoral do país.


Diante da circunstância de uma eventual condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro, a direita trabalha com a possibilidade de construir um consenso em torno da candidatura do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, à Presidência da República. Outros nomes deste campo, a exemplo de Ratinho Júnior, Ronaldo Caiado e Romeu Zema  já se movimentam como alternativa, mas nada que não seja contornado. Michelle Bolsonaro aparece bem nas pesquisas de intenção de voto - até melhor do que Tarcísio de Freitas, registre-se - mas conta com a resistência incontornável da própria família Bolsonaro, que deseja sua candidatura ao Senado Federal pelo Distrito Federal. 

Tarcísio que, em princípio mostrava-se reticente ao projeto, hoje estuda com carinho essa possibilidade. Três fatores são decisivos neste equacionamento político conservador: A posição do PSD e do MDB - com seus arranjos naquela quadra e em Brasília - e, claro, a fidelidade do governador às ordens do capitão, que ainda alimenta algumas expectativas em relação à uma solução política de sua situação. Ele já disse que só indica um outro nome para a disputa de 2026 quanto morrer. Caso Tarcísio de Freitas decida realmente candidatar-se ao Palácio do Planalto, a disputa por sua cadeira no Palácio Bandeirantes será acirradíssima. PSD e MDB desejam o cargo e o arranjo passa por definições nacionais. 

O governo já trabalha com a hipótese concreta de enfrentar o governador Tarcísio de Freitas em 2026. A situação do PT hoje é bastante complicada, mas há esperança de que a situação se reverta até outubro de 2026. A esperança é a última que morre também em política. Maior colégio eleitoral do país, São Paulo é determinante para a definição de uma eleição presidencial. Com Lula ostentando hoje apenas 26,8% de aprovação, o PT enfrenta problemas em todas as regiões do país, inclusive no Nordeste. Mesmo quando a situação era absolutamente confortável na região, era preciso equilibrar o jogo em São Paulo. 

O PT, no entanto, não tem alternativas competitivas naquela quadra. Ontem líamos uma notícia curiosa sobre um arranjo inusitado, ou seja, uma chapa com o ex-governador Geraldo Alckmin e Fernando Haddad , atual Ministro da Fazenda, para o Senado Federal. Alckmin até se entende, uma vez que, possivelmente, diante das adversidades tamanha, Lula precisará controlar inúmeras variáveis para indicar seu nome a vice. Até Ratinho Junior, segundo dizem, estaria no radar do Planalto. Quanto a Fernando Haddad, seria jogá-lo numa fogueira.  

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