A revista Veja da semana anterior trouxe uma longa matéria sobre o que os editores denominam de plano "T", numa referência às articulações em torno de uma eventual candidatura presidencial do governador Tarcísio de Freitas à Presidência da República, ainda em 2026. Fiel escudeiro do bolsonarismo, reiteradas vezes, o governador tem afirmado que só entra no páreo com o apoio do capitão. Jair Bolsonaro, mesmo diante dos enroscos jurídicos e políticos, tem afirmado que só indica um outro nome para a disputa depois de morto. A questão é que, diante da irrevogabilidade da inelegibilidade e diante de uma condenação iminente, as forças do campo conservador se aglutinam em torno de uma alternativa e esta alternativa, no momento, atende pelo nome de Tarcísio de Freitas.
No dia de ontem ficamos sabendo que o PT está inquieto diante do avanço da proposta de anistia aos implicados na tentativa de golpe de Estado do 08 de janeiro de 2023. A vaselina política está funcionando e a oposição ganha musculatura expressiva, inclusive no escopo de partidos que integram a base de sustentação de Lula. No plano jurídico, como já se previa, o ex-presidente amarga derrota uma após a outra. A defesa apresentada a PGR não convenceu Paulo Gonet, que encaminhou a denúncia envolvendo os implicados ao STF, algo que será apreciado em breve, no dia 25 de março, conforme previsão do Ministro Cristiano Zanin. A partir de então, os envolvidos tornam-se réus, salvo algum equívoco jurídico cometido por este editor, que sabe apenas pouca coisa de política.
Gente do núcleo duro da tentativa de golpe. O alto escalão, envolvendo ex-ministros, generais, assim como comandantes de órgãos estratégicos no Governo Bolsonaro. No próximo domingo, 16, outra manifestação pública dos bolsonaristas, programada para todo o país, com maior ênfase para a praia de Copacabana, onde as estrelas devem se concentrar. Eles não param por aí. Em abril, nova manifestação, desta vez na Avenida Paulista. O bolsonarismo tornou-se um nó-górdio que o sistema político brasileiro terá que desatar. Não está sendo fácil se entendermos as fragilidades do campo democrático e progressista neste momento, na mesma proporção do céu de brigadeiro dos conservadores.
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