A primeira turma do Supremo Tribunal Federal decide hoje, dia 26, se torna réu o núcleo crucial da tentativa de golpe de Estado de 2023 no país. Como a própria denominação indica, este grupo, segundo investigações conduzidas pela Polícia Federal, era uma espécie de núcleo duro, sou seja, o cérebro da organização criminosa, como se refere a eles o procurador Paulo Gonet. Acompanhamos a sessão do dia de ontem, 25, transmitida ao vivo pela TV Câmara, e hoje, 26, a tendência é que os membros do grupo se tornem réus, a julgar pelo andar da carruagem jurídica. Num desses atos falhos, durante a condução dos trabalhos, um dos magistrados já se dirigiu a eles como réus.
O grupo não pode se queixar do trabalho realizada pelos seus advogados de defesa, cujo desemprenho foi bastante elogiado pala ministra Cármen Lúcia, que refutou o fato de eles não terem encontrado as melhores condições para preparar a defesa dos seus constituídos. Ao final, se não estivessem assim bem inteirados da acusação, não teriam preparado uma peça de defesa tão bem elaborada. A tarde de ontem foi praticamente utilizada pelo ministro Alexandre de Moraes para se contrapor aos argumentos da defesa, refutando, uma a uma, as alegações dos advogados de defesa. Como as redes sociais estão sempre presentes nessas discussões - afinal, onde elas estão ausentes? - o ministro fez críticas às narrativas que correm por ali, inclusive disseminando que o STF estaria condenando velhinhas com a Bíblia na mão passeando, inocentemente, num domingo a tarde nas praça dos Três Poderes, em Brasília.
Com os dados sobre os condenados até o momento, o magistrado mostrou que a fake news não se sustenta. A esmagadora maioria dos condenados pelos atos golpistas do 08 de janeiro são pessoas abaixo de 50 anos de idade. Com o ex-presidente pressentindo o patíbulo, as forças de direita se movimentam para ocupar o seu espaço, pois não existe vácuo de poder. O capitão ainda é referenciado, tem apoio popular, mas os movimentos existem.
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