pub-5238575981085443 CONTEXTO POLÍTICO. : Editorial: O equilíbrio instável do governador Tarcísio de Freitas.
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quarta-feira, 19 de março de 2025

Editorial: O equilíbrio instável do governador Tarcísio de Freitas.



Não há dúvidas de que o mainstream conservador vem dando suporte às pretensões políticas do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas. Antes relutante, ele hoje se parece mais identificado com este projeto, talvez antecipando-o para as eleições de 2026, quando era o seu objetivo, em princípio, renovar o contrato de locação com o Palácio Bandeirantes. A revista Veja, na semana passada, trouxe uma longa matéria tratando deste assunto, com o sugestivo título de chamada: O Plano 'T". Vamos ser francos por aqui. Sugere-se que a situação do ex-presidente Jair Bolsonaro é bastante complicada, talvez mesmo inviabilizando uma nova candidatura presidencial para 2026. Aliás, sua inelegibilidade vai até 2030, quando teremos novas eleições e, se mantidas tais condições, ele ainda não poderia habilitar-se. 

O Estadão, num dos seus polêmicos editorias, discute a posição desconfortável e missão quase impossível do governador em relação a sua cria, Jair Bolsonaro, de quem foi ministro. O articulista cita o ex-governador Leonel de Moura Brizola para lembrar que, em política, como preconizava o caudilho, ama-se a traição, mas abomina-se o traidor. O governador Tarcísio de Freitas vive este dilema. O discurso dele na Paulista estava eivado de ponderações críticas ao Governo Lula 3, focado, por exemplo, em questões como carestia e segurança pública. Sua defesa do ex-chefe e do projeto de anistia teria sido sublimada diante das questões que o colocaria, num eventual futuro político, em contraposição ao Governo do PT. Até mesmo a camisa que ele suava foi lembrada. Embora da seleção brasileira, conforme padrão do bolsonarismo, era do uniforme reserva, na cor azul.

Sugere-se que o andar da carruagem neste momento não dependa apenas de suas convicções pessoais. Ninguém tem dúvida de que ele foi sempre muito leal ao ex-presidente Bolsonaro, a quem trata ainda hoje com grande reverência e admiração. Mas política é um pouco essa coisa. A traição faz parte do jogo. Alguém da crônica política nacional estava observando hoje que o próprio PL anda assumindo posições e estratégias que desvincula a agremiação política do extremismo.   

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