Aguardava-se, com grande expectativa, uma decisão do STF sobre o foro privilegiado. Finalmente esta decisão saiu e o novo entendimento agora é que, mesmo depois de renúncia, cassação ou qualquer outro motivo de afastamento do cargo, o indivíduo continuará com os seus processos sendo julgados no Supremo Tribunal Federal, desde que os crimes tenham sido cometidos no exercício de sua função pública. Salvo melhor juízo, até mesmo alguns envolvidos na tentativa de golpe do 08 de janeiro estavam reivindicando que os seus processos fossem apreciados pela primeira instância, uma vez que já não exercem a função pública.
Por inúmeros motivos, a Suprema Corte tornou-se alça de mira da oposição. Algumas decisões tomadas pelo STF desagradaram profundamente os projetos nada republicanos do bolsonarismo. A indisposição, portanto, não é recente. Já tramita no Senado Federal pedidos de impeachment contra membros da Suprema Corte, cuja apreciação já teria sido descartada pelo atual presidente da Casa, Davi Alcolumbre. A alça de mira está tão afiada que eles pretendem apostar todas as fichas na eleição para o Senado Federal em 2026. O projeto é constituir maioria na Casa e eleger alguém que, desta vez, esteja num nível de alinhamento absoluto, incapaz de recusar os pedidos encaminhados por eles.
E, por falar em impeachment, esta pauta está fora da agenda dos protestos da oposição programados para o próximo domingo, dia 16. Eles vão centrar esforços num pedido de anistia aos implicados no 08 de janeiro e, naturalmente, nas agruras do Governo Lula 3, como a carestia. E, por falar em carestia, interessante a charge do João Montanaro, reproduzida aqui no blog, onde a famosa kombi do ovo foi substituída por um carro forte. O talento dessa turma é algo fora da curva.
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